Gaiola para bebês: a invenção usada pelas mães da década de 1920

15/09/2021 às 02:002 min de leitura

Foi em seu livro The Care and Feeding of Children, publicado em 1884, que o pediatra norte-americano Luther Emmett Holt falou sobre os benefícios de levar os bebês para "tomar um ar", o chamado "arejamento infantil" por ele.

“O ar fresco é necessário para renovar e purificar o sangue, e isso é importante para a saúde e o crescimento da criança, tanto quanto uma alimentação adequada”, escreveu o médico. 

Holt também falou que a importância do arejamento criava uma imunidade mais forte, livre de resfriados e infecções que os locais não arejados podem proporcionar às crianças.

(Fonte: Good Housekeeping/Reprodução)(Fonte: Good Housekeeping/Reprodução)

E ele não estava errado. Um estudo de 2009 publicado no Journal of Environmental Psychology apontou que a exposição regular ao ar fresco é sinônimo de maior vitalidade, principalmente para os bebês, que dormem melhor durante à noite, mantendo regulado o relógio biológico.

Pendurando os bebês

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Mas, na sociedade da década de 1920, como uma mãe da cidade grande conseguiria "arejar" seu filho, sendo que era vítima da falta de espaços arborizados, qualidade do ar adequada e espaços menos exíguos e claustrofóbicos do alto de seus apartamentos?

Ainda que assustadora, a saída para essas mães desesperadas foi colocar os filhos em gaiolas. Criada em 1922 nos Estados Unidos, cuja patente pertencia a uma mulher chamada Emma Read, cidadã de Washington, a invenção foi amplamente usada pelas mães de Nova York e até de Londres.

A invenção de Read consistia em uma gaiola de ferro e arame com teto inclinado para proteger as crianças de elementos agressivos, como chuva e neve, e deveria ser pendurada do lado de fora dos edifícios, como parte da extensão da janela de qualquer cômodo do apartamento.

(Fonte: El Huffpost/Reprodução)(Fonte: El Huffpost/Reprodução)

O interior da engenhoca poderia ou não ser forrado com tecido macio para que o bebê pudesse dormir enquanto suspenso a vários metros do chão, seguro apenas por hastes de ferro e alguns parafusos ao redor da esquadria das janelas.

As gaiolas se mostraram extremamente úteis para as mães, que costumavam jogar alguns brinquedos nelas para manter seus filhos ocupados durante todo o dia. A primeira-dama Eleanor Roosevelt foi uma das mulheres que aderiram e amaram a invenção, principalmente porque era conhecida por não saber nada sobre cuidar ou alimentar um bebê.

No final do século XX, porém, com o aumento das percepções em torno da segurança infantil, as gaiolas para bebês diminuíram em popularidade, também tendo em vista novos métodos de lazer para onde as crianças poderiam ser encaminhadas. Apesar de centenas de perigos que a invenção apresentava, não existem registros de lesões ou fatalidades pelo seu uso.

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