Os bizarros cartões de Natal vitorianos

24/12/2021 às 08:002 min de leitura

Sapos assassinos, gatos antropomórficos e insetos dançando ao luar… não dá para imaginar na tradição de Natal atual receber um cartão — físico ou virtual — com essas bizarrices. 

Mas, se você vivesse na era vitoriana no século XIX, é bem provável que não apenas recebesse, mas também enviasse alguns desses cartões com imagens como um pássaro morto para um familiar ou amigo com as palavras “tenha um feliz Natal”.

A tradição da troca de cartões 

No século XIX, o Natal não era uma tradição amplamente comemorada. No entanto, houve uma evolução gradual da iconografia natalina, seja com os presentes, seja com a participação de São Nicolau ou a neve. Os cartões fizeram parte da evolução que surgiu naquela época.

(Fonte: News Dog Media/ Reprodução)(Fonte: News Dog Media/Reprodução)

Conforme os registros, o primeiro cartão de Natal da Inglaterra foi encomendado por Sir Henry Cole (1808-1882), em 1843. O artista J.C. Horsley (1817-1903) ficou a cargo de criar o item que retratava a família de Cole brindando cercada de pequenas outras cenas.

Cole mandou imprimir 1 mil desses cartões. Na época, eram vendidos por um xelim cada, um preço nada acessível para os vitorianos comuns. 

(Fonte: News Dog Media/ Reprodução)(Fonte: News Dog Media/Reprodução)

Além disso, muitas pessoas não gostaram da ideia. Para alguns incentivava a embriaguez, outros não viram com bons olhos os mendigos e sem-teto na mesma imagem em que uma família comia e bebia abastadamente.

O primeiro cartão de Natal, impresso em 1843. (Fonte: Ripleys/ Reprodução)O primeiro cartão de Natal, impresso em 1843. (Fonte: Ripleys/Reprodução)

Por volta de 1870 o selo postal começou a ser vendido por meio centavo, o que já era algo positivo para quem desejasse enviar um cartão. Além disso, a popularização e as melhorias no processo de impressão cromolitográfica ajudaram a baixar os preços dos cartões, permitindo que qualquer cidadão pudesse comprar um.

(Fonte: News Dog Media/ Reprodução)(Fonte: News Dog Media/Reprodução)

Parte do significado dos desenhos vitorianos se perdeu com o tempo. Mas imagina-se que quem encomendava ou o artista que criava as imagens queria passar uma mensagem. 

(Fonte: News Dog Media/ Reprodução)(Fonte: News Dog Media/Reprodução)

Por exemplo, um pássaro morto pode ser um chamado para a reflexão de que enquanto uns se fartam no Natal, existem aqueles que morrem por não terem nada. 

(Fonte: Raphael Tuck & Sons/ News Dog Media/ Reprodução)(Fonte: Raphael Tuck & Sons/News Dog Media/Reprodução)

As inspirações para cada criação poderia vir de qualquer lugar, visto que até então não se tinha nenhuma referência de figuras natalinas, tal como temos hoje. Por isso, mendigos, sapos assassinos ou pássaros mortos podiam fazer todo sentido no contexto daquela época. 

Claro, nem todos eram assim!

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