Ciência
31/12/2021 às 06:30•2 min de leitura
Aqui no Brasil, a maioria das pessoas se prepara para o Ano-novo vestindo roupas brancas, além de comer uvas e lentilhas — que, supostamente, trazem boa sorte. Quem está na praia, também aproveita para pular sete ondinhas e deixar oferendas para Iemanjá no mar.
Mas saindo daqui e indo para outros países vizinhos, é possível encontrar tradições diferentes das nossas. Conheça cinco entre as mais interessantes!
(Fonte: Travel Mamas/Reprodução)
No Brasil, muita gente escolhe a dedo a cueca ou calcinha para vestir na virada do ano: amarelo para riqueza, vermelho ou rosa para amor e por aí vai… Os mexicanos têm costumes parecidos com os nossos nesse sentido.
No Chile, contudo, só existe espaço para uma cor no Réveillon: amarelo. As lojas de Santiago ficam lotadas de roupas de baixo nesse tom para os chilenos que buscam amor e prosperidade. Isso porque eles acreditam que o amarelo representa os raios de sol, símbolo de abundância. Algumas pessoas, inclusive, presenteiam amigos e familiares com roupas íntimas amarelas.
(Fonte: Freepik)
Em algumas regiões da América do Sul é comum fazer bonecos — os muñecos del año viejo —, que representam tudo de ruim que se quer mandar embora no ano que está começando. Eles são feitos de roupas velhas e recheadas com jornais e objetos sem uso. No Peru e Equador, inclusive, esses bonecos ganham a aparência de pessoas malquistas, como políticos.
(Fonte: Freepik)
Esta é uma tradição que não existe no Brasil, mas poderíamos começar a adotar: sair com uma mala e dar uma volta com ela pelo bairro na noite de Réveillon. Esse ritual atrai mais viagens e aventuras para o ano que chega — e quanto mais longe você passear na noite de 31 de dezembro, maiores serão as aventuras do novo ano.
(Fonte: Turkishisms/Reprodução)
Muitas tradições de Ano-Novo simbolizam a ideia de jogar fora o que passou e começar o novo ciclo “do zero”. Essa tradição uruguaia é quase literal, nesse sentido: as pessoas jogam baldes de água pela janela ou pela porta, para limpar os caminhos do ano que está começando. Há também quem jogue páginas do calendário do ano que terminou.
(Fonte: Freepik)
A batata é bem presente na culinária latino-americana e também faz parte desta tradição de Ano-Novo. As pessoas colocam três batatas debaixo da cadeira: uma descascada, uma meio descascada e outra com casca. Se a pessoa pegar a primeira, terá um ano ruim de grana, a segunda representa um ano “normal” e a terceira indica que terá sucesso financeiro — melhor ficar na dúvida, não é?
As uvas e lentilhas também são tradicionais no Ano-Novo de vários países da América Latina, por influência dos colonizadores espanhóis.
(Fonte: Guia da Cozinha/Reprodução)
As lentilhas, muito calóricas, eram uma forma de se preparar para o inverno europeu — e nós importamos esse costume, mesmo que a virada do ano aqui seja em meio ao verão. Para as uvas, há duas hipóteses: o povo espanhol teria começado a imitar a burguesia francesa, ou comerciantes do país estimularam a tradição para vender o excedente da safra.
Independentemente disso, esses dois alimentos são muito populares no Ano-Novo de vários locais, inclusive no Brasil, de colonização portuguesa. As roupas brancas e as ondas, por outro lado, são costumes apenas nossos: eles são influências das religiões de matriz africana, que acabaram sendo adotadas por todos nós.