Ciência
27/03/2022 às 13:00•2 min de leitura
O escritor inglês George Orwell (1903-1950) é até hoje muito cultuado pela sua obra. Dentre seus livros mais famosos, estão 1984 (distopia sobre um regime totalitário marcado pela vigilância a todos os cidadãos) e A Revolução dos Bichos (uma sátira com bichos de uma fazenda que faz uma crítica ácida ao socialismo de Stalin).
Sua obra, no entanto, é apenas uma parte da vida deste talentoso artista. Se você é um dos seus incontáveis fãs, então confira esta lista que preparamos com seis curiosidades sobre Orwell.
(Fonte: ullstein bild Dtl./Getty Images)
Nem todo mundo sabe, mas George Orwell não era seu nome de fato. Seu verdadeiro nome era Eric Arthur Blair. Esse pseudônimo teria surgido por conta de uma grande reviravolta na vida do escritor, após ter passado por alguns conflitos armados enquanto servia ao exército. Ele tirou seu sobrenome do Rio Orwell, que percorre o sudeste da Inglaterra.
O texto crítico de George Orwell gera novos admiradores até hoje. Mas ele também teve fãs emblemáticos — que, inclusive, homenagearam seus livros em suas obras. O escritor Anthony Burgess, autor de Laranja Mecânica, disse que seu romance (também um clássico) foi influenciado por 1984, obra que considera uma das cinco maiores distopias da ficção científica.
David Bowie foi outro fã célebre. Ele sonhava em transformar 1984 em um musical, mas isto nunca aconteceu. Entretanto, Bowie homenageou o livro em seu disco Diamond Dogs, de 1974, que contém as músicas "1984" e "Big Brother".
(Fonte: Flickr)
Por mais que ele tenha vindo de uma classe abastada, Orwell ralou durante toda a sua vida, e trabalhou em vários bicos enquanto escrevia seus livros. Ele foi policial na Birmânia, professor de ensino médio, balconista de livraria, propagandista da BBC, editor e correspondente de guerra.
Orwell também teve trabalhos mais "simples", como lavador de pratos em Paris e coletor de lúpulo para cervejarias na Inglaterra. Ele usaria depois essas experiências para escrever o livro Na pior em Paris e Londres (1933).
(Fonte: Reprodução)
Enquanto trabalhava como policial na Birmânia, George Orwell tatuou os dedos. Um homem que o conheceu disse ao biógrafo Gordon Bowker que as tatuagens eram pequenas manchas azuis e ficavam nas juntas dos dedos.
A inspiração teria saído das tribos birmanesas, que acreditavam que as tatuagens os protegiam. As tatuagens de Orwell são certamente mais um detalhe que se associa à rebeldia ao status quo que o escritor sempre manifestou em sua obra.
(Fonte: GZH)
Segundo Jeff Meyers, biógrafo e autor de Orwell: Wintry Conscience of a Generation, Orwell teria conhecido a gaúcha Mabel Lilian Sinclair Fierz, filha de um casal inglês, que se mudou para Londres aos 17 anos.
Eles se envolveram emocionalmente, mas Mabel também teve grande importância na sua vida profissional. Isto porque foi ela que convenceu o editor Leonard Moore a publicar, em 1933, o primeiro livro do escritor, Na pior em Paris e Londres. Mabel morreu em 1990, aos 100 anos.
(Fonte: Reprodução)
Em 1944, a casa de George Orwell em Londres foi atingida por uma bomba alemã. Por sorte, Orwell, sua esposa e seu filho estavam fora no momento. O escritor trabalhava no jornal britânico Tribune e, ao voltar para casa, ficou horas e horas revirando os escombros procurando o manuscrito do seu livro A Revolução dos Bichos. Para nossa sorte, ele o encontrou.