Devorador de pecados: 6 fatos ingratos sobre essa profissão

13/06/2022 às 04:002 min de leitura

Trabalhar como devorador de pecados provavelmente era um dos cargos mais ingratos e macabros já existentes na história da humanidade, algo que existiu principalmente na Era Vitoriana. Essas pessoas deveriam assumir o fardo da morte de outro indivíduo para que ele pudesse descansar em paz.

Embora o intuito fosse positivo, a realidade era muito mais bruta do que se pode imaginar. Contratados por famílias de pessoas recém-falecidas, os devoradores de pecados participavam de um ritual bizarro cujo fato de absorver os pecados de outra pessoa não era a pior parte. Veja só seis fatos horrendos sobre essa profissão!

1. Demanda alta

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Na fé cristã, a única forca de uma pessoa ser perdoada de seus pecados era se confessar a um padre em troca do perdão de Deus. Entretanto, essa prática não poderia ser feita se a pessoa morresse repentinamente. Logo, era preciso que alguém absorvesse os erros do pecador para que ele não fosse barrado do céu.

Como o cristianismo estava em alta, também existia uma grande demanda para os devoradores de pecados — existindo pelo menos um por aldeia. O auge dessa profissão aconteceu entre os anos 1600 e os primeiros anos do século XX. 

2. Refeição ingrata

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Quando um pecador morria sem se confessar, seus familiares preparavam uma refeição simples porém tenebrosa para o devorador: um pedaço de pão, sal e o desejo de perdão. A fatia do pão era colocada no peito do cadáver, tal qual uma tigela com sal, e esse alimento deveria absorver todos os pecados.

Então, o pão era servido para que o profissional pudesse comê-lo na hora. Uma vez que o devorador fosse embora, a tigela e o prato utilizado para a refeição eram queimados prontamente. 

3. Desvalorização da profissão

(Fonte: Internet/Reprodução)(Fonte: Internet/Reprodução)

Durante anos, a profissão de devorador de pecados era vista como um mal necessário para a sociedade. Afinal, muitos acreditavam que esse indivíduo tornava-se mais maligno após o ritual. Por esse motivo, somente as pessoas mais desesperadas de uma cidade é quem topavam esse papel.

Inclusive, o grande motivo por aceitarem era receber comida e bebida de graça — mesmo que isso significasse nunca entrar no céu pela quantidade de pecados carregados. A posição consistia tipicamente dos muito pobres, mendigos ou bêbados, que eram logo expulsos das casas em que trabalhavam pelo fato das famílias temerem ser "contaminadas pela sua presença".

4. Isolados da sociedade

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Se os devoradores de pecados faziam o bem maior para a comunidade em que viviam, eles não eram nem um pouco reconhecidos por seus compatriotas. Na verdade, eles eram realmente odiados pela maioria dos cidadãos por terem "penhorado suas almas". 

Embora a profissão fosse relevante, muitos viam o ato de comer o pecado alheio como bruxaria, magia negra ou obra do próprio Diabo. Até  mesmo olhar nos olhos de um devorador poderia ser sinal de má sorte para sua vida.

5. Repúdio da Igreja

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Comer pecados não era algo apoiado nem mesmo sancionado pela Igreja Católica, uma vez que o ato substituía os ritos funerários conduzidos por um padre. Em decorrência, a perda de negócios foi vista como uma afronta e esses profissionais passaram a ser perseguidos.

Muitos deles foram torturados e mortos. Qualquer um que empregasse um comedor de pecados era considerado herege, blasfemador ou adorador de Satanás. As comunidades tiveram que ser encobertas por medo de retaliação. 

6. Fim de tudo

(Fonte: BBC/Reprodução)(Fonte: BBC/Reprodução)

A profissão de devorador de pecados morreu principalmente no início do século XX. O último desses profissionais conhecido historicamente foi Richard Munslow, que atuava em uma pequena vila na Inglaterra. Ele faleceu em 1906. Ao contrário de seus colegas de cargo, Richard era um respeitável fazendeiro de família rica.

De acordo com a lenda, ele escolheu essa tarefa "por bondade e amor por seus colegas aldeões". Acredita-se também que a decisão teria sido tomada após perder três filhos repentinamente. Em 2010, os aldeões de Rattlinghope, onde trabalhou, arrecadaram milhares de dólares para reparar seu túmulo e homenageá-lo.

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