Ciência
06/07/2022 às 09:00•3 min de leitura
Guerras fizeram — e ainda fazem — parte da humanidade por gerações e gerações. Seja por disputas territoriais, rixas políticas, confronto de ideologias ou imposição religiosa, os humanos sempre encontraram formas de se atacaram para estabelecer quem seria responsável por deter o poder.
Para cada caso desses, houve muita carnificina envolvida, mesmo que as perdas fossem completamente desequilibradas entre os lados em certas ocasiões. Sendo assim, existe muita coisa para ser contada relacionada a esse tema. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco histórias fascinantes envolvendo conflitos armados. Olha só!
(Fonte: Wikimedia Commons)
No século XIX, o Sultanato de Zanzibar, atual Tanzânia, possuía territórios na costa leste da África e no continente do outro lado da água. Em 1890, no entanto, britânicos e alemães decidiram dividir Zanzibar — que estava sobre protetorado da Grã-Bretanha — em duas partes: Alemanha ficaria com o continente e o Reino Unido com as ilhas.
Em 1893, Zanzibar havia sofrido um golpe por parte de Khalid bin Bargash, suspeito de matar seu tio e governante do país por envenenamento para tomar o poder. Para lidar com a situação e tomar conta do território, os britânicos decidiram enviar uma grande quantidade de soldados para lutar na região. Foi necessário apenas 38 minutos para que os zanzibaris resistentes fossem completamente derrotados e a situação fosse resolvida.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em teoria, a guerra mais demorada de todos os tempos durou 335 anos e opôs forças inglesas nas Ilhas Scilly contra a Holanda. A origem do conflito remonta à Guerra Civil Inglesa, quando parlamentares forçaram a Marinha Real a recuar para o território ultramarino inglês. Aliada dos parlamentares, a Holanda passou a pressionar os monarquistas, declarando guerra em 17 de abril de 1651.
Como a maior parte da Inglaterra estava nas mãos de seus aliados parlamentares, a declaração holandesa foi limitada especificamente às Ilhas Scilly. Os monarquistas se renderam sem que nenhum tiro fosse disparado, mas nenhuma declaração de paz foi realmente emitida. A situação só mudaria em 1986, quando um embaixador holandês visitou Scilly e encerrou o conflito de uma vez por todas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nascida em Moscou em 1914, a princesa Noor Inayat Khan se estabeleceu na história como uma das mulheres mais notáveis da Segunda Guerra Mundial. Descendente da família real da Índia e crescida como pacifista, Khan morava na França quando as forças de Adolf Hitler passaram a se impor pela Europa.
Então, ela decidiu abandonar seu estilo de vida e se juntou ao Executivo de Operações Especiais (SOE) – uma organização secreta montada por Winston Churchill. No início de 1943, ela foi enviada para treinar como operadora clandestina de rádio atrás das linhas inimigas na França. Lá, ela trabalhou sigilosamente coletando informações dos nazistas por quatro meses, até ser capturada por soldados alemães e morta por execução.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante o Cerco de Yorktown, batalha que terminou com a rendição do exército britânico e pôs fim à Guerra da Independência Americana, um curioso acontecimento chamou atenção: um cachorro desconhecido foi responsável por estabelecer uma trégua momentânea entre os dois lados.
Um cão da raça terrier estava escondido entre as tropas norte-americanas, que posteriormente descobriram que o dono do animal era ninguém menos que Sir William Howe, comandante das forças britânicas. Os soldados americanos queriam manter o cachorro ali para provocar o inimigo, mas George Washington — futuro presidente dos Estados Unidos — decidiu estabelecer uma bandeira branca de trégua para que o cão fosse retornado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Império do Japão foi responsável por atacar os Estados Unidos em Pearl Harbor, além de posses britânicas e holandesas na Ásia e no Pacífico. Isso fez com que diversas declarações de guerra fossem emitidas contra os japoneses, incluindo países aliados que lutavam contra a Alemanha.
Porém, uma dessas declarações gerou uma reação estranha: a da Polônia. Na visão do primeiro-ministro japonês Hideki Tojo, os poloneses lutavam pela sua liberdade e só declararam guerra por pressão do Reino Unido. Então, o Império do Japão decidiu não aceitar o anúncio. Nos meses seguintes, os laços nipo-poloneses permaneceram intactos e os japoneses até chegaram ajudar a Polônia contra o próprio aliado do Eixo, a Alemanha, tempos depois.