4 casos de trairagem que entraram nos livros de história

30/01/2023 às 02:003 min de leitura

Os livros, filmes e séries são cheios de traições: amigos que se revelam inimigos, colocando a vida do antigo aliado em perigo ou simplesmente acabando com ela. Mas, como a arte imita a vida, a história também registra muitos casos de trairagem. Verdadeiras facadas pelas costas.

A seguir, a gente lista alguns desses casos — que podem ser bem chocantes.

1. Quando Hitler traiu Stalin

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

Em agosto de 1939, a União Soviética assinou um acordo de não-agressão com a Alemanha Nazista. Conhecido como Pacto Molotov-Ribbentrop, nomes dos Ministros do Exterior dos dois países, ele determinava que um país não entraria em guerra com o outro. Além disso, limitava zonas de influência para cada um, no leste europeu. 

Embora Stalin soubesse que uma guerra contra Hitler seria inevitável, ele acreditava que isso demoraria a acontecer, por conta do pacto. Mas não demorou um mês para que o líder nazista invadisse a Polônia e desse início à Segunda Guerra Mundial

A realidade é que Hitler queria apenas ganhar tempo para não abrir dois fronts de batalha — contra os soviéticos e contra os ingleses e franceses — logo no início da guerra. Mas logo ele iria rasgar o acordo e invadir também a União Soviética. Enquanto isso, Stalin também tentava adiar o início da guerra para armar adequadamente sua fronteira ocidental para se defender dos nazistas.

2. Como Napoleão perdeu a Guerra

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

Você sabia que a derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Leipzig, em 1813, contou com a traição de um antigo aliado? Jean Bernadotte foi promovido a general logo após a Revolução Francesa e, em 1797, se tornou amigo de Bonaparte.

Este, reconhecendo seus talentos, promoveu Bernadotte a marechal assim que declarou seu Império, em 1804. Novos sucessos militares fizeram com que Bonaparte declarasse seu aliado o Príncipe de Ponto-Corvo, uma região na Itália que a França tinha conquistado.

A amizade azedou após uma derrota na Prússia, em 1806, e degringolou depois de mais uma batalha perdida na Áustria. Bernadotte voltou a Paris, mas logo deixaria a França para ser o Rei da Suécia. Pois é: como Carlos XIII não tinha filhos, os nobres suecos resolveram eleger um rei que seus aliados franceses aprovariam. 

A Suécia permaneceu aliada da França nos primeiros anos do governo de Bernadotte — agora o Rei Carlos XIV. Porém o novo monarca queria afirmar sua posição como líder dos suecos. E a oportunidade perfeita surgiu em 1813, quando a Suécia trocou de lado e se uniu aos britânicos contra Bonaparte. A Batalha de Leipzig foi uma das mais importantes nas Guerras Napoleônicas e os descendentes de Bernadotte reinam na Suécia até hoje.

3. O herói que traiu a China

Fonte: Wikimedia CommonsFonte: Wikimedia Commons

A história de Wang Jingwei tem tantas reviravoltas que mais parece uma novela. Ele iniciou sua vida como um dos jovens privilegiados que a dinastia Qing mandou estudar no exterior, indo para o Japão. Jingwei retornou um nacionalista, planejou um atentado contra o imperador e foi preso. Com a Revolução de 1911, ele saiu da prisão como herói.

A partir disso, ele se tornou um membro ativo das alas mais à esquerda no partido nacionalista da China, o Kuomintang. Porém, após uma tentativa frustrada de colaborar com os comunistas, ele mudou radicalmente de lado e se tornou um nacionalista ferrenho. 

Embora vivesse discordando do líder do Kuomintang, Chiang Kai-shek, ele permaneceu nesse partido. Em 1937, quando os japoneses invadiram a China, ele foi enviado para buscar acordos de paz. Até que, em 1940, ele assinou um — mas em benefício próprio, traindo seu país. 

Desse modo, Wang Jingwei formou um estado-fantoche do Japão em Nanquim. Há quem diga que ele fez isso por pensar que o exército japonês era invencível e que colaborar era a melhor forma de servir seu país. De qualquer forma, ele morreu em 1944, mesmo ano que seu governo caiu — e entrou para a história como um grande traidor.

4. Os massacres que inspiraram Game of Thrones

Fonte: Game of Thrones WikiaFonte: Game of Thrones Wikia

Você se lembra do chocante Casamento Vermelho de Game of Thrones? Então, você talvez já tenha ouvido falar que esse episódio foi inspirado em duas traições semelhantes, ocorridas na Escócia dos tempos medievais.

No Massacre de Glencoe, em 1692, o clã Campbell convidou os MacDonalds para se hospedar em sua propriedade. Até que, no meio da noite, o primeiro clã trucidou o segundo.

Já o Jantar Negro aconteceu em 1440, quando a Escócia era governada por três regentes, uma vez que o Rei James tinha só 10 anos. William Crichton, Alexander Livingston e James Douglas odiavam o clã Douglas, do regente anterior a eles. Então, eles armaram uma emboscada para o jovem comandante do clã, de 16 anos. 

Ele foi convidado para um jantar com o Rei James, até que uma cabeça de touro foi colocada à mesa. Este era o símbolo da morte, na época. Depois desse sinal, o conde Douglas e seu irmão mais novo foram acusados de traição sem provas e decapitados.

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: