
Estilo de vida
25/04/2022 às 06:30•3 min de leitura
Repleta de simbologia e considerada um dos estandartes mais importantes do planeta, a bandeira da China carrega consigo o rico legado ideológico do país, estampando a evolução de um império até uma república de forma visualmente marcante e transparente. Após o fim da antiga União Soviética, o selo tornou-se a representação global do socialismo, remetendo à libertação e unificação de um povo onde a cor vermelha e o ícone de estrela revelam suas principais conquistas.
Fundada como um importante império oriental, a China viu sua primeira bandeira nascer entre 1889 e 1912, representada pelo Dragão Amarelo durante a Dinastia Qing. Neste período, inúmeros emblemas triangulares e outros símbolos foram utilizados pelo representante dos "céus", até que as complicações causadas pelas Guerras do Ópio e pelo domínio de potências europeias na região resultaram na queda do último imperador, Pu Yi, e no consequentemente início do período republicano.
Bandeira do Dragão Amarelo (Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Vários exércitos revolucionários no país, nascidos durante a Revolta de Wuchang em 1911 — que decretou a república nacional —, passaram a adotar suas próprias bandeiras, com as províncias de Guangdong, Guangxi, Yunnan e Guizhou revelando o estandarte "Céu Azul com Sol Branco" de Lu Hao-tung, enquanto Wuhan viu um símbolo com 18 estrelas amarelas representar suas divisões administrativas. Já em Shangai, uma bandeira de cinco cores indicou as principais nacionalidades chinesas: Han (vermelho), Manchu (amarelo), Mongol (azul), Hui (branco) e Tibetano (preto).
Bandeira Céu Azul com Sol Branco (Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Bandeira do Exército de Wuhan (Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Bandeira da União das Cinco Raças (Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Com o estabelecimento da República da China, em 1º de janeiro de 1912, a "Bandeira de Cinco Cores" foi escolhida como marco provisório do país, mas viu barreiras impostas pelo então estadista, Sun Yat-sen, impedirem sua adoção completa. Segundo ele, a ordem de linhas horizontais remontava a um sistema hierárquico baseado em classes da dinastia, e era necessário mudar o design da bandeira para um padrão moderno. Foi então que, em 1949, com o fim dos conflitos da Segunda Guerra Sino-Japonesa e da Guerra Civil Chinesa, o vitorioso Partido Comunista Chinês lançou um concurso para selecionar a nova bandeira.
A bandeira definitiva da China, erguida no mastro da Praça Tian'anmen em 1 de outubro de 1949, seguiu orientações históricas do país, incluindo geografia, nacionalidade e poder, com forte influência do grupo liderado pela classe trabalhadora local. Além disso, foi determinado que sua forma fosse padronizada para formato retangular em escala 3:2, revelando uma cor vermelha em seu fundo e fazendo referências à foice e ao martelo, remetendo à simbologia da bandeira soviética.
O design foi criado por Zeng Liansong, um cidadão de Wenzhou, Zhejiang, que trabalhou ininterruptamente para desenhar uma bandeira com clara expressão patriótica. Fontes revelam que sua inspiração teve como base o provérbio "saudade das estrelas, saudade da lua", onde o Partido Comunista Chinês seria a "grande estrela salvadora". Em adição, as quatro estrelas menores fariam referência a um discurso do orador Mao Zedong, que classificou o povo em quatro classes sociais — "Estudiosos, Camponeses, Trabalhadores, Comerciantes".
(Fonte: Wikipedia / Reprodução)
Segundo Zedong, em seu livro Sobre a Nova Democracia, a China não sofreu uma revolução socialista liderada pelo proletariado, mas sim um processo de 'libertação' das antigas ordens imperiais e feudais, guiado por uma união de classes revolucionárias. Esses grupos, então, teriam se unificado para derrotar o Japão na Segunda Grande Guerra, os capitalistas do Partido Nacionalista e latifundiários interessados em extrair recursos do país a fim de cumprirem seus próprios interesses.
Hoje, a bandeira chinesa é formalizada pela Lei da Bandeira Nacional, de acordo com o documento "GB 12983-2004", e segue regulamentos aprovados pela 14ª Reunião do Comitê Permanente da Sétima Assembleia Popular Nacional, apresentados em 28 de junho de 1990 e validados a partir de 1 de outubro de 1990.
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