
Estilo de vida
27/03/2023 às 04:00•2 min de leitura
Uma placa de pedra, encontrada na França há mais de cem anos, pode ser o mapa mais antigo da Europa, até aí nada de mais. Mas ela tem algo especial: revela indícios da Idade do Bronze!
A laje de Saint-Bélec, como é chamada e descoberta em um antigo cemitério, é uma representação tridimensional do vale do rio Odet em Finistère, na ponta noroeste da Bretanha. O mapa mostra uma rede fluvial local e várias linhas elaboradamente esculpidas.
Segundo um estudo recente publicado no Bulletin of the French Prehistoric Society, a precisão do mapa é surpreendente, o que torna fascinante pensar que essa peça de artefato antigo pode fornecer informações valiosas sobre a geografia e as atividades humanas daquela época.
(Fonte: D. GLICKSMAN/ INRAP/ Reprodução)
A laje esculpida de Saint-Bélec que, como apontamos, está sendo considerado o mapa mais antigo já identificado da Europa, de acordo com Clément Nicolas, arqueólogo da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido.
Peter Dockrill, outro pesquisador, diz que a laje não apenas mostra rios e colinas, mas também aspectos que podem representar assentamentos, túmulos e sistemas de campo.
Yvan Pailler, coautor do estudo e arqueólogo da Universidade da Bretanha Ocidental, acredita que o mapa não foi usado para navegação, mas pode ter sido uma forma de expressar poder político. Segundo ele, as marcações da laje apontam que ela foi usada para mostrar a extensão do domínio de um governante local.
Apesar de ter passado décadas escondida em um depósito no Museu Arqueológico Nacional de Saint-Germain-en-Laye, a laje oferece uma visão fascinante da vida e da sociedade na Idade do Bronze.
(Fonte: D. GLICKSMAN/ INRAP/ Reprodução)
A placa de Saint-Bélec, encontrada na França, pode ter sido reaproveitada como a lateral de uma abóbada funerária no final do começo da Idade do Bronze. Para os arqueólogos, isso sugere uma escolha simbólica importante, marcando o fim do poder político de um governante durante um período de grande reorganização social na região.
De acordo com um comunicado à imprensa feito pelos pesquisadores, a laje retrata o território de uma entidade política hierárquica que controlava rigidamente uma região no início da Idade do Bronze.
A laje foi descoberta pelo arqueólogo Paul du Chatellier em 1900 e seus filhos doaram a coleção arqueológica ao Museu Arqueológico Nacional de Saint-Germain-en-Laye após sua morte, onde permaneceu armazenada por décadas.
Vários estudiosos leram os relatórios de du Chatellier sobre suas descobertas e concluíram de forma independente que as marcações da laje poderiam representar um mapa.
Em 2014, Clément Nicolas e Yvan Pailler localizaram a laje no porão do museu e a examinaram usando técnicas de levantamento 3-D, descobrindo que os criadores do mapa modificaram sua superfície para criar uma topografia que combinasse com o local. No sentido histórico, a laje tem uma importância fundamental porque destaca o conhecimento cartográfico das sociedades do passado, segundo Nicolas.
(Fonte: GettyImages/ Reprodução)
A Idade do Bronze foi um período da pré-história e da história da humanidade que abrangeu aproximadamente de 3300 a.C. a 1200 a.C. (datas aproximadas, pois a cronologia exata varia dependendo da região). Foi uma época em que a metalurgia do bronze foi amplamente utilizada na fabricação de armas, ferramentas e utensílios.
Durante a Idade do Bronze, as sociedades humanas evoluíram de grupos de caçadores-coletores para comunidades agrícolas e urbanas, com hierarquias sociais mais complexas e comércio inter-regional. Novas tecnologias, como a roda, a escrita, a cerâmica, a navegação e a metalurgia, foram desenvolvidas e aperfeiçoadas.
A Idade do Bronze é dividida em três períodos: Bronze Antigo, Bronze Médio e Bronze Final. A transição entre esses períodos foi marcada por eventos como invasões, desastres naturais, colapso de impérios e outras mudanças culturais e históricas.
Por fim, esse período é considerado um marco importante na história da humanidade, pois foi uma época de transição entre a pré-história e a história, e representou um avanço significativo na tecnologia, na cultura e na organização social.
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