Artes/cultura
08/05/2023 às 09:00•2 min de leitura
A experiência de se sentir como um rei ou uma rainha pode ser muito prazerosa. E isso é possível quando se prova a culinária de diferentes países, que até hoje nos apresentam pratos especiais cujas origens remetem à realeza histórica. Neste texto, trazemos 4 comidas para agradar, homenagear ou até rir de algum aristocrata.
(Fonte: Hindustan Times)
Se você estiver na Índia por agosto e setembro e quiser comer como um rei, deve cogitar participar o festival Onam, no estado de Kerala. É um festival de colheita que celebra o rei Mahabali, que teria derrotado os deuses hindus para evitar que seu reino fosse banido para o submundo pelo deus Vishnu.
Durante o festival, a população comemora o retorno de Mahabali. E uma das tradições mais deliciosas envolve o banquete servido, o "sadhya". Ele é composto por mais de 26 pratos, que incluem picles, bananas frescas, papadums (uma massinha fresca que é servida frita ou assada), abóbora, feijão em molho de coco e várias outras delícias. Há versões vegetarianas e outras servidas com karimeen pollichathu (camarão ao curry) ou carne frita.
Aproveitar o Onam Sadhya também compreende participar de todo o ritual. Os convidados se sentam no chão e comem usando como "prato" folhas de bananeira. A comida é disposta em lugares específicos, da esquerda para a direita, e a refeição por fim termina com payasam (uma espécie de arroz doce) e paan digestivo.
(Fonte: Party Mojo)
O nome é pomposo, mas esse tradicional doce artesanal da China é basicamente um algodão doce. Diz-se que sua origem remete a um imperador da dinastia Han que, depois de comer açúcar, ficou com fios brancos grudados no rosto, parecendo os bigodes de um dragão.
Os ingredientes para prepará-los são basicamente xarope de milho e amido de milho. Depois de ferver o xarope, ele é resfriado e moldado como se fosse um anel que é "dobrado" várias vezes, dando a impressão de formar cabelos finos. É um processo de preparo que requer muita paciência, já que qualquer errinho pode destruir os fios.
Por fim, os fios são enrolados em torno de um recheio, como amendoim, coco ou sementes de gergelim. Em alguns lugares, os vendedores acrescentam nitrogênio líquido na apresentação do prato, o que cria nuvens de fumaça, como se fossem o "bafo" do dragão. Além de lindo, é delicioso.
(Fonte: The Spruce Eats)
Originário da Rússia, o bolo Napoleão é uma tradição de Ano Novo nas casas de muitas famílias desse país. Ele foi preparado pela primeira em 1912, para homenagear o 100º aniversário da vitória da Rússia sobre Napoleão Bonaparte e suas tropas.
O prato foi inspirado no mil-folhas francês. São pelo menos oito camadas alternadas entre massa e creme, e as fatias são cortadas de maneira triangular, para se assemelhar ao chapéu triangular do estadista da França.
Ao longo dos anos, o bolo Napoleão foi adaptado em vários lugares. Há versões sem ovos e outras que substituem manteiga por margarina. A tradição é pingar um pouco de massa esfarelada por cima, simbolizando a neve que supostamente ajudou os russos a derrotar as tropas francesas.
(Fonte: Atlas Obscura)
Em 1893, a rainha Vitória, da Inglaterra, esteve em uma festa que era dada em homenagem ao casamento do príncipe George, que ocorreria no dia seguinte. Segundo os historiadores, este evento gerou a primeira menção escrita ao doce “Eton Mess aux Fraises”, que até hoje é uma tradição no país.
Esta é uma sobremesa bem fácil de fazer. Basicamente, ela consiste em merengue quebrado, frutas vermelhas frescas (especialmente morango) e creme de leite batido. A graça aqui é que o Eton Mess não remete apenas à realeza, mas à elite intelectual britânica. Ele era servido também na tradicional escola Eton College, onde estudaram escritores como George Orwell e Aldous Huxley.