Divina Comédia: 5 coisas que você não sabia sobre a obra de Dante

29/09/2023 às 08:002 min de leitura

Poucas obras literárias são tão épicas, duradouras e amplamente lidas na história como A Divina Comédia, de Dante Alighieri. O poema escrito no século XIV pelo autor italiano é dividido em três partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. Extremamente complexa e rica em detalhes, a história conta sobre como o próprio Dante — autor, narrador e personagem principal — atravessou os mundos após a morte.

O objetivo principal do protagonista é chegar até o Paraíso, onde a alma de sua amada Beatrice está em busca de salvação. No entanto, como dito anteriormente, o poema é tão rico em detalhes que muitas surpresas acabam passando desapercebidas. Nessa lista, citaremos cinco das mais curiosas!

1. Não se trata de uma comédia

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Embora o nome sugira uma coisa, A Divina Comédia não foi feita para ter humor entre suas prioridades. Quando o texto foi colocado no papel no século XIV, a comédia era simplesmente uma narrativa divertida com final feliz. Foi somente no século XVI que o humor se tornaria central para a definição da palavra.

Porém, é inegável que existam momentos engraçados no poema, que não vêm de piadas deliberadas, mas sim das punições criativas que o protagonista imagina que seus inimigos sofrerão no Inferno.

2. Importância da traição e fraude

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Na obra literária de Dante, descobrimos que o Inferno é composto por nove camadas — cada uma delas mais profunda e punitiva que a anterior. Ao criar esse conceito, o autor basicamente diz aos seus leitores que alguns pecados são mais graves do que outros. Por exemplo, o sétimo círculo de punição é reservado para seres violentos.

Curiosamente, os dois últimos círculos são os espaços para quem comete fraudes e traidores em geral, sendo o último grupo o pior de todos. Logo, o autor acreditava que essas eram as piores ações que um ser humano poderia ter em vida.

3. Inferno congelante

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Embora o conceito geral de Inferno seja de um lugar quente, o espaço imaginado por Dante nem sempre era feito de chamas. Na verdade, o círculo mais profundo punia os traidores numa forma de lago congelado, que é constantemente resfriado pelo vento produzido pelo bater de asas de Lúcifer. 

Quando o protagonista visita essa parte, o Diabo está comendo alguns dos traidores mais famosos da história, como Judas Iscariotes e Brutus.

4. O único e verdadeiro amor

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

A Divina Comédia é um texto onde Dante Alighieri fala sobre o único e verdadeiro amor de sua vida: Beatrice Portinari, uma nobre italiana por quem o autor se apaixonou quando se conheceram numa festa com apenas 9 anos. Porém, Dante foi casado mesmo apenas com Gemma Donati durante sua vida.

Beatrice já havia sido a musa do seu outro poema La Vita Nuova (1293). Naquela época, ela já tinha morrido e Dante já era casado. Posteriormente, ele acabou quebrando a promessa e tornou ela o grande objetivo de sua maior obra.

5. Ausência do cristianismo

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Ao longo do poema, Dante utiliza deuses e figuras pagãs como personagens de sua saga, sobretudo no Inferno. Satanás, por exemplo, é conhecido como Dis, um nome usado para o antigo deus grego do submundo. A Divina Comédia também lida com o enigma de onde vão parar as pessoas virtuosas que não conheciam Cristo, os chamados "pagãos virtuosos".

Este grupo inclui pessoas como o poeta grego Homero e o guia de Dante, o poeta romano Virgílio. Suas almas estavam confinadas ao Limbo, o círculo do Inferno com menos sofrimento, mas do qual não dá acesso ao Céu.

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