Por que Pearl Harbor continua vazando óleo para o oceano?

21/12/2023 às 14:002 min de leitura

Em 7 de dezembro de 1941, as políticas expansionistas do Exército Imperial japonês foram longe demais quando decidiu tentar eliminar efetivamente os Estados Unidos da Ásia. No meio do caminho, eles se depararam com o porto Pearl Harbor, localizado na ilha de Oahu, no arquipélago do Havaí, para onde direcionaram o primeiro ataque, por volta das 7h55 daquele dia.

Até às 9h45, a ação militar surpresa dos japoneses havia causado a morte de 2.400 soldados estadunidenses e deixado cerca de 1.200 feridos. O ataque danificou severamente a frota do Pacífico dos EUA e foi essencial para fazer a potência americana entrar oficialmente para a Segunda Guerra Mundial, bem como por decidir encerrá-la em 1945 lançando duas bombas contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.

Oitenta e dois anos após o ataque, o Pearl Harbor continua vazando óleo para o oceano.

O ataque ao USS Arizona

(Fonte: History/Reprodução)(Fonte: History/Reprodução)

Naquele 7 de dezembro de 1941, além do contingente de soldados americanos mortos e feridos, o ataque dos japoneses danificou ou afundou 18 navios, incluindo o USS Arizona, que transportava quase 1,5 milhão de galões de combustível na época. Até hoje, esse combustível continua vazando nas águas onde está Pearl Harbor, e ninguém pode tocá-lo.

Dos 18 navios bombardeados pelos caças japoneses, apenas 7 afundaram. Desses, apenas dois navios atingiram o status de perda total e foram abandonados: o USS Utah e o USS Arizona. O resto dos navios danificados foram consertados e voltaram ao serviço em 1944, uma vez que os japoneses não atacaram nenhuma instalação de reparo ou docas secas do porto marítimo.

O Arizona se tornou um alvo fácil para os aviões de combate japoneses por algumas atualizações que sofreu em 1930 na forma de novos armamentos e armaduras que chamavam atenção. Não é para menos que uma bomba de cerca de 798 quilos foi a primeira a atravessar a frente do encouraçado, causando uma explosão em cascata dos seus armamentos, instantaneamente matando 1.177 homens a bordo. A embarcação afundou em águas rasas, por isso não se movimentou desde então.

(Fonte: GettyImages/Reprodução)(Fonte: GettyImages/Reprodução)

Em 2018, a Universidade do Nebraska informou que mais de 2.500 toneladas, cerca de 79 mil galões, permanecem no interior do Arizona, e que pouco a pouco são vazados para as águas do Pacífico. Um estudo do Serviço de Parques Nacionais feito na década de 1990 mostrou que há potencial para uma erupção catastrófica de petróleo que inundaria as águas próximas com um dilúvio do óleo restante da embarcação.

Ninguém faz nada a respeito porque tocar ou alterar os destroços do Arizona é considerado ilegal, uma vez que o navio é tecnicamente um túmulo. Não só porque afundou com algumas pessoas a bordo, como os tripulantes sobreviventes optaram por ter suas cinzas espalhadas pelos destroços após a morte.

Além disso, a localização do navio se tornou um ponto turístico, com direito a plataforma de observação acima dos destroços. Todos os dias, um pequeno barco transporta de 3 a 5 mil visitantes para o local, onde é possível ver o casco enferrujado e em decomposição do Arizona, totalmente visível nas águas claras e rasas do Pearl Harbor.

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