Ciência
10/07/2024 às 10:00•3 min de leituraAtualizado em 10/07/2024 às 10:00
O Velho Oeste dos Estados Unidos permeia o imaginário popular graças, especialmente, aos inúmeros filmes e séries criadas a respeito do período. Contudo, a época não era tão violenta quanto esses produtos culturais nos fizeram crer, o que não significa, no entanto, que você não poderia morrer das mais variadas causas.
O longo processo de tomada completa do território perpassa todo o século XIX, trazendo consigo elementos que eram parte da realidade, como doenças para as quais não havia tratamento, a violência dos embates com indígenas e os espanhóis que dominavam o território que pertencia ao México, sem contar as causas mais esquisitas que você possa imaginar.
As infecções sexualmente transmissíveis são uma realidade bastante antiga na história humana. No Velho Oeste, elas poderiam ser a sua ruína, afinal, estamos falando de um tempo em que homens agiam de modo mais primitivo do que hoje. Rodando a região em trabalhos precários, ir a bares e prostíbulos era prática comum, assim como contrair uma IST, especialmente sífilis.
A penicilina era desconhecida ainda e havia poucos médicos que habitavam essas regiões, de modo que as ISTs se espalhavam rapidamente. Isso podia levar desde o desenvolvimento de problemas urinários graves, até a redução da visão – sem contar os piores casos, que resultavam em morte.
Disenteria, difteria e cólera eram doenças que exigiam das pessoas bastante atenção. Quem não se cuidasse no Velho Oeste poderia ter uma sentença de morte decretada caso contraísse uma dessas enfermidades, especialmente a cólera.
Com a falta quase completa de saneamento básico no período, essas doenças se espalhavam com facilidade e velocidade, ceifando a vida de muitas pessoas ao se espalhar por meio de contaminação de alimentos e água.
Sem medicamentos específicos ou hospitais por perto, essas enfermidades eram capazes de matar grupos inteiros – a cólera também é transmissível de pessoa a pessoa. A quarentena era a única solução para preservar o máximo de vidas, mas muitas vezes era tomada tardiamente, ou nem isso.
A prática de matar pessoas enforcadas não surgiu no Velho Oeste, mas ela poderia ser o seu fim. Durante a era da expansão fronteiriça dos Estados Unidos em direção ao Oceano Pacífico, foi um hábito de execução bastante corriqueiro.
Ladrões e encrenqueiros, quando presos pelos xerifes, podiam acabar com uma corda em volta do pescoço, afinal de contas, não havia juízes, tribunais e advogados que pudessem lhes salvar.
Ainda que o método de execução tenha sido pensado para a quebra do pescoço e uma morte rápida, não eram incomuns que o condenado agonizasse até perder completamente o ar e sucumbir.
Outro grave problema do período foi o alcoolismo, que tirou muitas vidas durante o Velho Oeste. Não havia, até então, nenhum entendimento sobre os riscos físicos e psicossociais do consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Logo, o vício em bebidas era relativamente comum.
Além do desenvolvimento de doenças decorrentes do excesso de álcool, como cirrose, havia outras implicações, como morte por engasgamento com vômito, e até agravamento de enfermidades como pneumonia.
Como citamos anteriormente, os bares eram locais muito frequentados durante o período de expansão norte-americano. Grupos de homens e famílias vagavam em direção ao Pacífico e, cansados, corriam para bares e prostíbulos nas pequenas vilas.
Com o excesso frequente no consumo de álcool, era comum que discussões de jogos de cartas ou por mexer com mulheres acompanhadas acabasse em uma briga de bar. Como nem todo local contava com a presença de xerifes, muita gente resolvia seus problemas usando os punhos e as armas – e, ali, você poderia perder sua vida no Velho Oeste.