5 escritores que só se tornaram famosos após os 45 anos

09/04/2024 às 18:003 min de leituraAtualizado em 09/04/2024 às 18:00

Nem sempre um grande escritor começa cedo na carreira. Em muitos casos, eles só conseguem se dedicar integralmente à literatura depois de uma certa idade, mesmo que já estivessem se aventurando pelo mundo da literatura há algum tempo.

Abaixo você pode conferir cinco casos de pessoas que só tiveram o reconhecimento literário, após os 45 anos.

1. Charles Bukowski

(Fonte: IMDb)
Charles Bukowski. (Fonte: IMDb)

Embora seja lembrado como um importante nome da literatura dos EUA, Charles Bukowski nasceu em Andernach, Alemanha, em 1920. Aos três anos ele se mudou com a família para os EUA, onde cresceu no subúrbio de Los Angeles. Bukowski teve uma infância tumultuada, marcada pelos abusos físicos e psicológicos do pai e pela dificuldade financeira durante a Grande Depressão. Após uma juventude conturbada, incluindo anos de trabalho no serviço postal e batalhas contra o alcoolismo, Bukowski começou a escrever em tempo integral apenas aos 49 anos, quando seu primeiro romance, Cartas na rua, foi publicado em 1971. Sua escrita franca e crua sobre a vida nas ruas de Los Angeles e suas experiências pessoais, ganharam notoriedade rapidamente, solidificando seu lugar como um dos mais influentes escritores do movimento literário underground dos EUA.

2. Cora Coralina

(Fonte: Wikimedia Commons)
Cora Coralina. (Fonte: Wikimedia Commons)

Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina, nasceu na cidade de Goiás, em 1889. Durante a maior parte de sua vida, trabalhou como doceira, e somente aos 75 anos publicou seu primeiro livro, Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. Esse trabalho marcou seu início tardio na literatura, revelando uma voz poética que capturava a vida simples e as experiências do povo goiano.

Apesar de começar tarde, sua escrita foi amplamente reconhecida por sua autenticidade e profundidade, abordando temas como amor, dor, e a beleza cotidiana. Cora Coralina continuou a escrever e publicar até sua morte em 1985, deixando um legado como uma das mais importantes poetisas brasileiras do século XX.

3. J.R.R. Tolkien

(Fonte: GettyImages)
J.R.R. Tolkien. (Fonte: GettyImages)

John Ronald Reuel Tolkien nasceu em 1892 em Bloemfontein, África do Sul, mas ainda criança se mudou com a mãe e o irmão mais novo para a Inglaterra, após a morte de seu pai. Desde muito jovem ele já demonstrava interesse em línguas e mitologia, mas por muito tempo isso foi apenas parte de seu tempo livre. Apesar de ter iniciado a criação da Terra-média desde jovem, Tolkien só alcançou a fama literária aos 45 anos, com a publicação de O Hobbit, em 1937.

Ele continuou a desenvolver seu universo fictício com O Senhor dos Anéis, publicado em sua totalidade entre 1954 e 1955. Hoje, Tolkien é lembrado como o maior autor de fantasia do século XX, com uma legião de grandes escritores influenciados por ele.

4. Annie Proulx

(Fonte: GettyImages)
Annie Proulx. (Fonte: GettyImages)

Annie Proulx é a autora de O segredo de Brokeback Mountain, lançado em 1997. O livro não demorou para se tornar mundialmente popular e rendeu à escritora o Prêmio Pulitzer de Ficção. Mas isso só aconteceu quando ela já tinha mais de 60 anos.

Nascida em 1935 em Connecticut, Estados Unidos, Annie Proulx começou com uma carreira diversificada, trabalhando como jornalista, editora e escritora freelance, enquanto criava uma família e vivia em várias partes do país. Apesar de escrever desde jovem, sua estreia oficial na literatura veio em 1993, aos 58 anos, com a publicação de seu aclamado romance Pássaros de Virgínia. Mas foi com O segredo de Brokeback Mountain que ela ganhou a fama.

5. Bram Stoker

(Fonte: Wikimedia Commons)
Bram Stoker. (Fonte: Wikimedia Commons)

Abraham "Bram" Stoker, é lembrado até hoje por ter sido o criador do Drácula, porém, ele só se tornou famoso após os 50 anos. Nascido em 1847 em Dublin, Irlanda, Bram Stoker inicialmente seguiu uma carreira como funcionário público e gerente de teatro, trabalhando para o célebre ator Sir Henry Irving no Lyceum Theatre, em Londres. Antes da publicação de Drácula, em 1987, ele já havia escrito outras histórias e peças de teatro, mas sem chamar muita atenção.

Quando Stoker mostrou para Irving seu livro vampiresco, o ator lhe disse que ele talvez não encontrasse sucesso no teatro ou em qualquer outro lugar no mundo literário com uma história tão ousada e assustadora — felizmente Irving estava errado. Inspirado por lendas folclóricas e viagens pela Europa, Drácula se tornou um dos romances góticos mais influentes da história, estabelecendo o arquétipo do vampiro moderno e moldando o gênero do horror.

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