Artes/cultura
29/09/2024 às 03:00•2 min de leituraAtualizado em 29/09/2024 às 03:00
Júlio César entrou para os anais da história como um dos maiores comandantes militares que já existiram, e uma das figuras mais importantes do final da República romana.
Mas os relatos históricos também guardam espaço para o evento fatídico da morte de Júlio César. O grande líder foi assassinado por um grupo de senadores nos Idos de Março do ano 44 a.C. Isso ocorreu durante uma reunião do Senado na Cúria de Pompeu do Teatro de Pompeu em Roma. Todo o episódio ficou conhecido como cesaricídio.
Júlio César foi um general muito bem-sucedido por ter conquistado o território da Gália, o que desencadeou uma guerra civil, vencida por ele. Com isso, ele ascenderia ao poder político em Roma, tornando-se ditador, o que o fez angariar muitos inimigos.
Na manhã do dia 15 de março de 44 a.C., ele assistiria à concretização de um plano de assassinato que estava sendo orquestrado há muito tempo pelos senadores, que estavam cansados da presença de Júlio César no poder. Ele havia se tornado um ditador que passava por cima das convenções para tomar as decisões que achava melhor, e havia concedido a si mesmo o título de ditador vitalício.
Ou seja, claramente ele constituía para si um poder absoluto. Mesmo sendo combatido por cada vez mais gente, ele também reunia um grupo de bajuladores, como os que criaram um culto religioso em sua homenagem.
Provavelmente, quando o dia de sua morte enfim chegou, Júlio César não estava prevendo que sofreria um ataque. Isso porque ele apareceu na sessão do Senado sem qualquer guarda-costas para protegê-lo. O ditador estaria indo lá reagendar uma sessão, mas não há clareza se fez isso porque estava preocupado com um golpe ou por qualquer outra situação.
O líder da conspiração que assassinou Júlio César foi Décimo Brutus, que era muito próximo do ditador. Décimo e o resto do grupo estavam insatisfeitos com o poder acumulado pelo líder. Há suspeitas também de motivações pessoais: Décimo teria sido menosprezado por um líder durante um desfile militar que ele não foi convidado a participar, além de ter sido preterido em uma promoção em que o sobrinho de Júlio César foi privilegiado.
Mas o acontecimento da morte em si foi brutal. Quando Júlio César entrou na Casa do Senado, ele foi rapidamente cercado dos senadores que caíram sobre ele com suas adagas, de modo com que ele não pudesse fugir. Embora o ditador tenha tentado se defender, logo a morte chegou para ele.
O episódio do cesaricídio ficou também conhecido por conta da suposta frase final dita por ele. Júlio César teria suspirado: "até tu, Brutus?". Contudo, historiadores afirmam que provavelmente a frase é inventada, pois não há qualquer registro dela. Outros dizem que é possível que ele tenha dito algo como "você também, criança?", pela relação próxima que tinha com o conspirador.