Estilo de vida
14/07/2024 às 09:00•3 min de leituraAtualizado em 14/07/2024 às 09:00
Os animais sempre desempenharam papéis fascinantes na história e nos mitos das antigas civilizações. Na Grécia e Roma antigas, eles eram frequentemente vistos como espelhos dos comportamentos humanos e símbolos poderosos nos contos e lendas. Aqui estão seis histórias incríveis de animais do mundo antigo, cada uma mais surpreendente que a outra.
Na Grécia Antiga, os pavões, com suas plumagens esplêndidas, chamavam atenção por serem associados à opulenta Pérsia, rival dos gregos. Quando Pyrilampes, um ateniense, retornou de uma missão diplomática com dois pavões, a cidade ficou em alvoroço.
Mas a posse dessas aves não trazia só glamour. Pyrilampes foi acusado de usá-las para atrair mulheres, já que dá-las de presente ajudava a atrair as damas. Além disso, os atenienses viam os pavões como símbolos da corrupção persa, o que levou à acusação de que Demus, filho de Pyrilampes, estava guardando-os só para si, sem compartilhar com a comunidade, ato que poderia levá-lo a ser enxotado do local.
Calígula, o excêntrico imperador romano, é famoso por sua afeição por seu cavalo Incitatus. Este cavalo não só tinha um estábulo de mármore e uma manjedoura de marfim, mas também era alimentado com flocos de ouro misturados à sua aveia.
Calígula chegou a prometer fazer de Incitatus um cônsul, a mais alta posição no Senado Romano. Alguns historiadores acreditam que essa promessa era uma forma de zombaria ao Senado, enquanto outros a veem como um sinal do estado mental perturbado do imperador.
No século VI d.C., sob o domínio bizantino, uma baleia gigante chamada Porfírio aterrorizava os marinheiros nas águas ao redor de Constantinopla. Por cinquenta anos, Porfírio atacou e afundou diversos tipos de embarcações, tornando-se uma ameaça tão grande que o imperador Justiniano I fez de sua captura uma prioridade.
Finalmente, a baleia encalhou na foz do Mar Negro, onde foi abatida pelos habitantes locais. A morte de Porphyrios foi celebrada como um alívio enorme para os marinheiros que navegavam pela capital imperial.
Polícrates, tirano de Samos, era conhecido por sua sorte contínua, algo que preocupava seu amigo Amasis, rei do Egito. Amasis aconselhou Polícrates a jogar fora seu tesouro mais precioso para equilibrar sua sorte. Polícrates, então, jogou ao mar um anel de esmeralda muito valioso.
Dias depois, um pescador presenteou Polícrates com um grande peixe, que ao ser aberto, revelou o anel perdido. Amasis, ao saber disso, previu que uma sorte tão implacável só poderia terminar em desastre, e rompeu sua amizade com Polícrates, temendo pelo pior.
De fato, Polícrates acabou tendo um fim trágico, confirmando os temores de Amasis sobre a inveja dos deuses.
O general romano Tito Flávio Sabino foi condenado à morte junto com seus escravos, mas seu cão fiel se recusou a deixar seu lado, mesmo após a execução. O animal permaneceu uivando ao lado do corpo de seu dono e, quando o corpo foi jogado no rio Tibre, o cão nadou atrás, tentando resgatá-lo.
Esse ato de fidelidade tocou o coração de muitos romanos, tornando-se um testemunho do profundo vínculo entre humanos e cães.
Em Iasus, uma cidade da Grécia antiga, havia um ginásio perto do mar onde os jovens costumavam nadar após seus exercícios. Um golfinho se apaixonou perdidamente por um jovem de beleza notável. Logo a relação dos dois se tornou uma bela amizade e o afeto mútuo floresceu.
Eles brincavam juntos no mar, com o golfinho até carregando o jovem nas costas como um cavaleiro montado em um cavalo. Infelizmente, essa amizade terminou tragicamente quando o garoto foi acidentalmente perfurado pela barbatana do golfinho, resultando em sua morte.
Desolado, o golfinho também se lançou à costa, morrendo ao lado de seu amado amigo. Os habitantes de Iasus construíram um túmulo para ambos, eternizando essa comovente história de amizade.