Artes/cultura
01/06/2024 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 01/06/2024 às 18:00
O caso Roswell, que aconteceu em julho de 1947, é considerado um marco na história dos relatos de Objetos Voadores não Identificados (OVNIs). Mas, 50 anos antes, também nos Estados Unidos, outra onda de avistamentos de supostas naves alienígenas foi o que deu início ao fenômeno.
Entre 1896 e 1897, o país registrou inúmeros relatos de máquinas voadoras com formato semelhante ao de um dirigível. Embora esse tipo de aeronave já existisse, elas não eram tão grandes e nem possuíam as capacidades de voo citadas pelas testemunhas — o primeiro Zeppelin só surgiria três anos depois.
Segundo a imprensa americana, os avistamentos começaram em novembro de 1896 em Sacramento e na Bay Area, na Califórnia, assustando os moradores. Eles aconteciam principalmente à noite e, em alguns casos, as aeronaves pareciam ter asas, um farol potente e outras pequenas luzes.
A “onda de dirigíveis”, como o incidente ficou conhecido, continuou em 1897 em outras regiões. Nebraska, Missouri, Illinois, Michigan, Iowa e Wisconsin foram alguns dos estados em que os OVNIs foram vistos, porém, o registro mais marcante ocorreu no Texas.
Em abril de 1897, a cidade texana de Aurora teria recebido uma “visita de outro mundo”, segundo os jornais da época. Uma das aeronaves de origem não identificada que sobrevoavam a região caiu após colidir com a torre do moinho de vento instalada na propriedade de um juiz do município.
O dirigível explodiu com o choque e os restos mortais desfigurados do piloto foram recolhidos em meio aos destroços junto de “misteriosos hieróglifos”. Um astrônomo local disse à imprensa que o material tinha origem desconhecida e que o condutor havia nascido em Marte.
Mesmo sem autópsia, o suposto marciano foi enterrado no cemitério de Aurora, onde há uma placa mencionando o misterioso caso. Já os pedaços da nave teriam sido depositados em um poço próximo ao moinho, que foi selado na década de 1950 para evitar a contaminação da água, conforme o novo dono do terreno.
As origens dos dirigíveis avistados em 1896 e 1897 nos EUA permanecem um mistério até hoje. Há quem defenda que as naves eram de outro mundo, porém, a explicação pode estar em protótipos de dirigíveis sendo testados, fenômenos naturais e até mesmo em trotes.
Quanto ao incidente ufológico de Aurora, a historiadora Etta Pegues afirmou, na década de 1970, que tudo não passou de uma jogada publicitária com o objetivo de atrair turistas para a cidade, que enfrentava momentos difíceis. De acordo com ela, não existia nenhum moinho de vento e o suposto astrônomo era um ferreiro.