Imagem de 2 mitos famosos sobre o nazismo que duram até hoje no megacurioso

Uma pesquisa feita em 2020 mostrou que a maioria dos norte-americanos não sabe nada sobre o Holocausto

<head></head><body>Em setembro de 2020, a Claims Conference divulgou uma pesquisa feita nos 50 estados dos EUA sobre o conhecimento a respeito do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/122129-quadrinhos-foram-pioneiros-no-ensino-sobre-o-holocausto-aos-americanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Holocausto</a>. Entre adultos com menos de 40 anos, 1 em cada 10 entrevistados não se lembravam de já ter ouvido a palavra "holocausto" antes, tampouco conhecia sobre fatos básicos do genocídio.Quando <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/115756-o-homem-que-comecou-a-guerra-o-incidente-de-gleiwitz.htm#:~:text=Em%2031%20de%20agosto%20de,esta%C3%A7%C3%A3o%20estava%20em%20m%C3%A3os%20polonesas." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Adolf Hitler invadiu a Polônia em 1939</a>, dando início ao seu Fall Weiss, o Holocausto começava como um plano tático-militar, implementado em larga escala por meio do estabelecimento de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123313-sobibor-a-fuga-historica-e-mais-bem-sucedida-de-um-campo-nazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">campos de concentração</a>. Até 1945, mais de 6 milhões de judeus foram assassinados em 40 mil <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/125042-os-conselhos-judaicos-que-entregavam-seus-semelhantes-ao-nazismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guetos</a> e campos, em um dos maiores genocídios ideológicos da História.&nbsp;Mesmo assim, mais da metade dos entrevistados achava que o número de mortos era inferior a 2 milhões. Ninguém soube citar um campo de concentração, apesar da quantidade de filmes e livros sobre o assunto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083342025007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)“A lição mais importante é que não podemos perder mais tempo”, disse Greg Schneider, vice-presidente executivo da Conferência sobre Reivindicações Materiais Judaicas contra a Alemanha, responsável por encomendar o estudo. “Se deixarmos essa tendência continuar por outra geração, as lições cruciais dessa parte terrível da história podem ser perdidas”.Mas esse não é o único problema. A falta de informação sobre o Holocausto e o nazismo, não impediu que mitos criados em propagandas políticas prevalecessem ao longo do tempo, principalmente nos EUA.&nbsp;Esse são os&nbsp;2&nbsp;mitos mais famosos sobre o nazismo.<h2>1. A falta de armas levou ao Holocausto</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083426345008.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Essa é uma narrativa muito difundida pelos defensores do <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122021-posse-de-armas-um-problema-que-destroi-a-sociedade-nos-eua.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">controle de armas nos EUA</a>, que alegam que o Holocausto não teria acontecido se os judeus estivessem armados. “Acho que a probabilidade de Hitler ser capaz de realizar seus objetivos teria diminuído muito se o povo estivesse armado”, disse Ben Carson, ex-secretário do Departamento de Habilitação e Desenvolvimento Urbano dos EUA, em 2015.É, no mínimo, apavorante que um neurocirurgião, psicólogo e professor como Carson dissemine uma ideia tão equivocada para milhares de pessoas sobre o que foi o genocídio judeu. Para piorar, alguns de seus argumentos supõem que, como a Alemanha tinha um registro de armas, os soldados nazistas sabiam exatamente quem prender.A posse de armas foi proibida logo após a Primeira Guerra Mundial na Alemanha, mas em 1928, o país aprovou a Lei de Armas de Fogo e Munições, que afrouxou os regulamentos sobre as armas. Ainda assim, eram necessárias licenças e todas as novas compras de armas deveriam ser registradas. Contudo, muitos alemães, inclusive os cidadãos judeus, apenas mantiveram suas armas da Primeira Guerra Mundial, que não foram registradas.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083533948009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Quando os nazistas ascenderam ao poder, eles tentaram despojar judeus, comunistas, líderes sindicais e outros que consideraram inimigos de suas armas com a ajuda do registro – que era tão incompleto que muitos mantiveram suas armas até o fim de 1938. Foi então que Hitler desregulamentou ainda mais as armas com a Lei Alemã de Armas, que isentava os membros do Partido Nazista da maioria dos regulamentos e reduzia a idade legal para possuir uma arma.A lei de 1938 privou os cidadãos judeus de suas armas, portanto, mesmo que eles segurassem as empunhassem contra os soldados da SS, alguns rifles não seriam páreos para um exército inteiro apontando armas potentes de volta.Vale ressaltar que, naquela época, havia apenas 214 mil judeus restantes na Alemanha, ou seja, é insano imaginar que um número tão pequeno de judeus poderia ser páreo para os milhares de adeptos ao nazismo.<h2>2. O nazismo foi a única alternativa da Alemanha</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083617668010.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Existe a narrativa de que os nazistas se tornaram populares porque salvaram da lama a economia alemã. Mas a verdade é que a economia de Hitler foi construída sobre mentiras e planejamentos desastrosos a curto prazo.Tudo foi manipulado. A famosa taxa de desemprego de 0,9% em 1939 era impressionante, principalmente porque estava em 34% quando o partido assumiu o poder. Eles só esqueceram de contar alguns grupos, como judeus, socialistas, pacifistas e todos os tipos de minorias apagadas, cujos empregos foram dados a alemães "puros". Além disso, havia também o 1,4 milhão de homens recrutados para o serviço militar.Nem os considerados "desejáveis" escaparam das políticas. O salário dos fazendeiros, por exemplo, aumentou, mas, graças à Lei das Fazendas Hereditárias de 1933, os proprietários foram confinados para sempre em suas terras. Se você nascesse em uma fazenda, os nazistas queriam que morressem nela, sem jamais poder vendê-la.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09083709543011.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Apesar do aumento geral nos salários, os preços dos alimentos subiram junto, causando uma crise nutricional no país. Uma vez que o foco da economia estava no rearmamento, a falta de produtos básicos do consumidor fez os gatos caírem de 71% da economia em 1929 para 59% em 1938. O padrão de vida em 1939 na Alemanha era metade daquele experimentado nos EUA, e um terço menor do que no Reino Unido.A saída de produtos do país sempre foi uma prioridade para os nazistas. Os sindicatos foram forçados a entrar na Frente Trabalhista Alemã, que teve um aumento de 15% nas horas de trabalho, queda nos salários, aumento de acidentes industriais e listas de preteridos para quem questionasse as condições.Grande parte do "milagre econômico nazista" aconteceu graças aos campos de trabalho forçado que existiam bem antes do início da guerra, encobertos pelo Reich sob a desculpa de como ofereciam aos prisioneiros a "dignidade do trabalho".Sendo assim, a economia nazista já estava desmoronando ainda em 1939, quando ascenderam completamente ao poder. Já em 1941, quando eles não conseguiram pilhar aço e petróleo suficientes dos russos, aquele foi o fim.</body>

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2 mitos famosos sobre o nazismo que duram até hoje

Imagem de Por que as freiras cobrem a cabeça? no megacurioso

Inclusive, as freiras e suas características são mais antigas que sua associação ao cristianismo

<head></head><body>Apesar de sua associação histórica ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124756-banquete-das-castanhas-a-noite-de-prostituicao-da-igreja-catolica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cristianismo católico</a>, o conceito de "freira" também foi amplamente usado ao longo dos séculos para se referir a mulheres ascetas e monásticas em diferentes tradições religiosas. Partindo desse princípio, as freiras são consideras um grupo específico de pessoas religiosas que compartilham certas características, culturas e períodos históricos.No cristianismo, a freira é membra de uma ordem religiosa que dedica sua vida a Deus, vivendo sob votos de pobreza, castidade e obediência. No Direito Canônico Católico Romano, formalmente, apenas aquelas que vivem sob os "votos solenes" de fato são freiras em um sentido pleno, enquanto as que vivem sob os "votos simples" são consideradas apenas "irmãs".<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09090829630021.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Contudo, essa distinção foi se desfazendo na cultura até que a imagem da freira fosse cimentada em mulheres cristãs que vivem em conventos fechados, bem como irmãs que se dedicam a serviços de caridade.Em todas as ordens de freiras, das beneditinas às dominicanas, elas precisam seguir uma programação diária que normalmente inclui muita oração, tarefas domésticas, culinária e atividades caridosas. Além disso, a vestimenta — o hábito — é um dos pontos críticos, mais especificamente o véu.&nbsp;Mas por que as freiras cobrem a cabeça?<h2>Santa Clara: a precursora</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09090905572022.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Cobrir a cabeça com véus não é um hábito apenas do catolicismo, tampouco das freiras. Segundo um levantamento do Pew Research Center, 89% das mulheres muçulmanas usam véus, bem como 86% dos sikhs e 59% das mulheres hindus. O mesmo acontece no caso dos homens judeus, em que 84% deles fazem uso do quipá.Em todos os casos, os religiosos cobrem a cabeça porque ela representa um ponto de conexão com o divino, e fazer isso é um símbolo de piedade diante do Todo-Poderoso. No cristianismo, São Paulo fala no Novo Testamento, em sua epístola aos Coríntios, capítulo 11, que uma mulher que profetiza com a cabeça descoberta desonra a cabeça e, automaticamente, a Deus.Nesse texto, ele diz que o hábito de manter a cabeça coberta quando envolvido em práticas religiosas já existia há muito tempo, enquanto historiadores apontam que o véu tem, na verdade, raízes medievais. No século III, cristãos fervorosos adotaram um estilo de vida monástico totalmente voltado a Deus, vivendo separado do resto da sociedade.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/09/09091051725026.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Demorou até o século VI para São Bento fundar a primeira ordem monástica do catolicismo, os beneditinos, na qual as mulheres só foram inclusas no século XIII. Foi em 1212 que São Francisco ordenou que Santa Clara de Assis raspasse sua cabeça em sinal de piedade e a cobrisse com um véu. Com isso, as freiras das ordens católicas seguiram a tradição de cobrir a cabeça.Em todas as religiões que mulheres cobrem a cabeça, o véu não é um acessório que indica subjugação ou status de inferioridade, muito pelo contrário. Os véus significam um nível exaltado, uma proteção para "algo sagrado". A opção por cobrir ou não a cabeça depende de sua conexão pessoal com a fé.</body>

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Por que as freiras cobrem a cabeça?

Imagem de Dormie: o cachorro julgado por matar um gato nos Estados Unidos no megacurioso

Como você culpa um animal por apenas seguir a natureza do seu instinto?

<head></head><body>Antes de as <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100333-a-bizarra-historia-por-tras-das-famosas-bruxas-de-salem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxas</a> serem queimadas em fogueiras, a Europa chegou a condenar animais a morrerem queimados, torturados ou enforcados por “crimes” que haviam supostamente cometido. A convicção de que os bichos eram perigosos e deveriam responder pelas suas infrações partia do princípio que, por vezes, eles machucavam os humanos, de maneira direta ou não. Fosse por meio de uma nuvem de besouros que destruía uma plantação ou porque uma vaca empurrou sua dona, que caiu e morreu. A natureza do culpado era irrelevante.Esse tipo de procedimento considerado padrão foi cimentado com mais força com a ascensão dos sangrentos Tribunais da Inquisição a partir do século XIII. Segundo a historiadora Sara McDougall, professora associada da Faculdade de Justiça Criminal de John Jay, boa parte dessa prática de colocar animais em julgamentos estava relacionada com a necessidade da sociedade em depositar a culpa de seus atos em algo ou alguém a qualquer custo.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/12/12151226123188.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Dessa forma, foi construída uma cultura da culpabilidade, que também era uma maneira que as sociedades daquela época encontraram de manter toda uma hierarquia nos eixos, uma vez que as pessoas acreditavam em uma ordem divina pré-estabelecida, em que humanos estavam no topo, como Deus desejava, e que qualquer ruptura precisava ser restaurada como uma medida formal.Até o século passado, partes desse conceito ainda prevaleciam na sociedade, tanto que um&nbsp;cachorro foi julgado por matar um gato nos Estados Unidos.<h2>A culpa de Dormie</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07081306822008.jpg" alt="(Fonte: Pinterest/Reprodução)">(Fonte: Pinterest/Reprodução)Isso só aconteceu porque estava previsto em lei. Em 1921, em São Francisco, nos EUA, se um cão fosse declarado perigoso ou cruel, seu dono era culpado de uma contravenção e o animal deveria ser condenado à morte. Simples assim.Um terrier chamado Dormie colocou toda essa lei à prova naquele ano quando supostamente matou 14 gatos pela vizinhança onde morava. Ele nunca ofereceu perigo para nenhum outro animal ou ser humano, portanto, só parecia estar seguindo seu instinto em caçar gatos. Foi por isso que seu proprietário Eaton McMilan, um vendedor de carros, fez de tudo para levar seu caso aos tribunais.O homem contratou o advogado James Brennan que, para o choque de todos, solicitou um julgamento com júri. Isso foi o suficiente para que a imprensa noticiasse o caso como uma piada que estava sendo levada muito a sério.Como testemunha do caráter do seu cachorro, McMillan trouxe Rowdy, irmão do Laddie Boy, um cachorro que pertencia ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121841-william-thorton-tentou-ressuscitar-o-presidente-george-washington.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">presidente americano&nbsp;</a>Warren G. Harding. Não se sabe exatamente como um juiz colheu o testemunho dos animais, tampouco o advogado articulou sua defesa.Fora argumentar que Dormie não deveria ser responsabilizado pela morte dos gatos, Brennan também questionou se o cachorro havia realmente matado algum deles. Afinal, a principal reclamação veio de uma vizinha chamada Marjorie Ingalls, cujo gato persa havia morrido. Quando o advogado pediu para que a mulher identificasse o agressor em uma fila de cães, ela não conseguiu apontar Dormie como culpado.<h2>A prática</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07081732297013.jpg" alt="(Fonte: Una Penna Spuntata/Reprodução)">(Fonte: Una Penna Spuntata/Reprodução)Em 28 de dezembro de 1921, mais da metade dos 12 jurados votaram pela absolvição do cachorro. Vale ressaltar que Brennan tentou manter as mulheres fora do júri porque, segundo sua lógica, elas eram mais "propensas" a apoiarem irracionalmente os gatos.Com isso, Brennan pediu ao tribunal que rejeitasse as acusações, e o juiz assim o fez. Dormie foi liberado e mandado de volta para sua casa.Ao longo da história, a condenação de animais em tribunais formais foi muito usada como uma maneira de difamar qualquer um que estivesse relacionado ao caso, e talvez também como uma forma de confundir os registros.Esses tipos de julgamentos foram cimentados na história social como relíquias de um sistema jurídico diferente, que flertava com fronteiras entre o direito religioso e o secular. Eles desapareceram à medida que o procedimento legal se tornou mais definido, bem como as leis.</body>

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Dormie: o cachorro julgado por matar um gato nos Estados Unidos

Imagem de 2 casos de pessoas que morreram pelos próprios protestos no megacurioso

A arte de protestar continua mudando o mundo e é um grande instrumento de transformação social, embora nem sempre usado corretamente

<head></head><body>Em 1215, no século XIII, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120121-como-a-peste-bubonica-ajudou-a-civilizacao-humana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sistema feudal</a> mantinha muitos dos ingleses servos dos senhores feudais. A maioria dos barões, descendentes dos invasores normandos de 1066, ressentiam de serem súditos de uma monarquia tão poderosa. Com isso, em uma tentativa de fazer a paz, a Magna Carta deu a esses barões proteção legal contra o regime monárquico arbitrário.A maioria dos ingleses ficou sem direitos individuais e os barões acabaram lançando uma insurreição contra o rei João I da Inglaterra. Esse foi um dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122018-6-protestos-causados-por-motivos-bizarros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">protestos</a> mais antigos documentados, mostrando que a luta contra os poderosos é uma tradição que remonta gerações, bem como uma grande arma de transformação social.O ato de protestar mudou o mundo e ainda continua, mas nem sempre é pelos motivos certos. Esses são&nbsp;dois casos de pessoas que morreram pelos próprios protestos.<h2>1. Emily Davison (1913)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07170840876338.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)">(Fonte: Wikimedia Commons)Apesar de todas as bandeiras e causas essenciais que as <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/121296-6-marchas-muito-importantes-para-o-movimento-feminista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sufragistas</a> ergueram, sobretudo no início do século XX, muitas delas também foram contaminadas por aspectos extremistas do movimento. Na Inglaterra, elas fizeram campanha usando bombas, causando incêndios criminosos e repetidas tentativas de matar o primeiro-ministro.Em junho de 1913, a sufragista Emily Davison mostrou que estava disposta a fazer tudo em prol de uma causa quando invadiu a pista da famosa corrida de cavalos Epsom Derby para tentar colocar um lenço em um dos animais como forma de protesto. Como resultado, ela foi atingida pelo cavalo do rei George V, chamado Anmer, causando sua morte alguns dias depois.Embora ninguém saiba o exato motivo pelo qual Davison tomou essa atitude, ela já era conhecida por seu comportamento imprevisível. Uma vez, a mulher havia se escondido em um armário na Abadia de Westminster.Saiba mais:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121302-emily-davison-a-mulher-que-se-sacrificou-publicamente-pelo-direito-ao-voto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Emily Davison: a mulher que se sacrificou publicamente pelo direito ao voto</a><h2>2. Philip A. Contos (2011)</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02145157237227.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)De acordo com um levantamento do Centro de Controle de Doenças (CDC), o uso do capacete para motociclistas salva mais de 1.800 vidas a cada ano.Philip A. Contos era um caminhoneiro, motociclista e gostava de atividades ao ar livre, quando decidiu deixar seu capacete em casa para exercer sua "liberdade" em não usá-lo, durante um protesto contra o uso dos capacetes, em 2011.Ele pilotava sua Harley em meio aos manifestantes quando teve que frear muito rápido para evitar uma colisão, acabou caindo da moto e morreu. Durante a autópsia, os médicos legistas informaram à imprensa que o homem teria sobrevivido se estivesse usando o capacete.Philip foi um de 550 motociclistas no 11º encontro da American Bikers Aimed Toward Education (ABATE), que faz o mesmo protesto todo 4 de julho. Diferente do que você pensa, o ABATE não é um grupo formado para se opor aos capacetes, mas à lei de que o não uso deles causa mais acidentes. Segundo um porta-voz do movimento, a lei não impediu a morte de Philip, na verdade, a causou.</body>

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2 casos de pessoas que morreram pelos próprios protestos

Imagem de Dr. Condom: a verdade sobre o "pioneiro" no uso da camisinha no megacurioso

Ele teria sido o médico do rei Charles II que o ajudou a parar de ter filhos ilegítimos

Em 2011, Michael S. Zedalis, vice-presidente s&ecirc;nior encarregado de ci&ecirc;ncia e tecnologia da fabricante de preservativos Ansell Limited, disse que mais de 5 bilh&otilde;es de camisinhas eram vendidas anualmente em todo o mundo.
Apesar de terem se tornado popular no in&iacute;cio do s&eacute;culo XX, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/105483-voce-conhece-a-historia-da-camisinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a hist&oacute;ria dos preservativos</a> come&ccedil;ou bem antes. Por volta de 3.000 a.C., o rei Minos de Creta usava a ves&iacute;cula biliar de uma cabra para proteger sua esposa de seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119636-semen-de-cavalo-o-liquido-mais-caro-do-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">s&ecirc;men</a>, cuja cultura da &eacute;poca dizia ser "infestado de serpentes e escorpi&otilde;es".
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02083638883005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Antes do s&eacute;culo XV, na China e no Jap&atilde;o, eram usados de maneira limitada os preservativos que cobriam apenas a glande do <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124285-a-obsessao-historica-das-pessoas-pelo-penis-de-napoleao-bonaparte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">p&ecirc;nis</a>. A documenta&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica mostra que os chineses o faziam com papel de seda ou intestino de cordeiro; enquanto no Jap&atilde;o, as camisinhas eram feitas de carapa&ccedil;a de tartaruga ou chifre de animal.
Como sempre, a moderniza&ccedil;&atilde;o ficou a cargo dos eg&iacute;pcios antigos, que usavam bainhas de linho tingidas em cores diferentes tanto para distinguir entre classes de pessoas, quanto proteger contra o s&ecirc;men. Os romanos antigos foram mais rudimentares, chegando a usar desde intestino de animais at&eacute; m&uacute;sculos de seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/119901-fluidos-corporais-dos-gladiadores-ja-foram-usados-como-cosmetico.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">combatentes mortos</a> como preservativo.
Reza a lenda que o pioneiro no preservativo foi o m&eacute;dico particular do rei Charles II da Inglaterra, conhecido como Dr. Condom.
<h2>Contendo a alegria do monarca</h2>
<span data-fonte="Wikimedia Commons" data-fonte-url="https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/51/King_Charles_II_by_John_Michael_Wright_or_studio.jpg/803px-King_Charles_II_by_John_Michael_Wright_or_studio.jpg" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/05/wikimedia-commons-05185024619354.jpg" alt="Wikimedia Commons" />Rei Charles II da Inglaterra. (Fonte: Wikimedia Commons)
Charles II era conhecido como o "monarca alegre" devido ao seu comportamento hedonista, e tamb&eacute;m por fazer o poss&iacute;vel para acabar com o <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/123070-4-provas-que-o-sexo-na-era-vitoriana-era-cheio-de-contradicoes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">puritanismo</a> em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; realeza quando ascendeu ao trono. Por isso, foi bastante aberto sobre sua vida pessoal.
O monarca teve pelo menos 12 filhos ileg&iacute;timos que reconheceu, de sete mulheres diferentes, e tamb&eacute;m um n&uacute;mero desconhecido de filhos n&atilde;o reconhecidos. Quase tanto quanto Eduardo II da Inglaterra, despudorado, Charles fazia sexo quase ao vivo com prostitutas e atrizes. Por isso, sua vida era infame, com mulheres apresentando seus filhos diante de todo mundo &ndash; algo que ele encarava com naturalidade.
Sendo assim, Charles teria sido presenteado com preservativos de linho pelo seu m&eacute;dico real para impedi-lo de gerar mais filhos ileg&iacute;timos. Com isso, em plena metade de 1600,&nbsp;o m&eacute;todo de<a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122701-quiverfull-a-doutrina-religiosa-contra-o-controle-de-natalidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">&nbsp;controle de natalidade</a> teria popularizado, a princ&iacute;pio, em meio a membros da corte e da realeza, depois espalhando entre a popula&ccedil;&atilde;o, ainda que de maneira diferente &ndash; ou seja, mais barata.
Foi assim que surgiu a imagem do Dr. Condom ("Dr. Preservativo", no portugu&ecirc;s), um m&eacute;dico da realeza que teria inventado uma maneira de os homens n&atilde;o engravidarem as mulheres. Essa hist&oacute;ria consta no poema de 1667 de John Wilmot, o Conde Rochester, intitulado A Panegyric Upon Cundum. O poema &eacute; uma esp&eacute;cie de ode e homenagem formal ao "inventor" da camisinha.
<h2>A verdade</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02084048575007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Getty Images)
Contudo, como o British Medical Journal salientou, os historiadores que investigaram a hist&oacute;ria, n&atilde;o encontraram evid&ecirc;ncias da exist&ecirc;ncia de um Dr. Condom, apenas men&ccedil;&otilde;es em grafias diferentes, como Dr. Condon ou Dr. Condum.
Devido ao hist&oacute;rico sobre o comportamento jocoso e irreverente de Rochester, &eacute; poss&iacute;vel que o Dr. Condom tenha sido uma inven&ccedil;&atilde;o sua. E, como a hist&oacute;ria tem a mania de "aumentar um ponto a cada conto", acabou sendo associada a vida pessoal muito p&uacute;blica de Charles II.
A verdade &eacute; que a fabrica&ccedil;&atilde;o da camisinha de borracha como conhecemos, ou pelo menos similar, come&ccedil;ou durante a Revolu&ccedil;&atilde;o Industrial, em 1839, quando Charles Goodyear inventou a vulcaniza&ccedil;&atilde;o da borracha. Os primeiros preservativos feitos com esse material foram fabricados em 1855, sendo que demorou mais 5 anos para que uma produ&ccedil;&atilde;o em massa come&ccedil;asse.
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02084151850008.jpg" alt="John Wilmot. (Fonte: National Portrait Gallery/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />John Wilmot. (Fonte: National Portrait Gallery/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Na d&eacute;cada de 1920 surgiu o l&aacute;tex, feito a partir de um processo com borracha e &aacute;gua, o que barateou os preservativos e tamb&eacute;m tornou sua produ&ccedil;&atilde;o mais f&aacute;cil. Rapidamente, os preservativos feitos de borracha foram substitu&iacute;dos em popularidade.
O primeiro preservativo lubrificado s&oacute; surgiu em 1957, pela Durex. Nessa &eacute;poca, o uso aumentou, com 42% das pessoas sexualmente ativas entre 1955 e 1965 contando com os preservativos lubrificados para controle de natalidade e preven&ccedil;&atilde;o contra ISTs.
Dizer que esse tal de Dr. Condom inventou a camisinha, quando ela j&aacute; era usada bem antes, &eacute; algo muito forte. Talvez, o certo seria dizer que ele apenas contribuiu na dissemina&ccedil;&atilde;o dela e do m&eacute;todo de controle de natalidade &ndash; e de maneira despretensiosa, como parte de seu trabalho como m&eacute;dico do rei.

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Dr. Condom: a verdade sobre o 'pioneiro' no uso da camisinha

Imagem de Papa Inocêncio VIII achou que leite materno o salvaria da morte no megacurioso

Esqueça tudo o que você já leu sobre ele ter se alimentado de sangue em seu leito de morte

H&aacute; 10 mil anos, os primeiros humanos passavam a maior parte do tempo ca&ccedil;ando, coletando ou pescando alimentos. E foi o contato constante com animais que nos fizeram absorver v&aacute;rios tipos de h&aacute;bitos, mas, sobretudo, aprendizados.
Acredita-se que os primeiros humanos come&ccedil;aram a <a href="https://www.megacurioso.com.br/mulher/98734-10-mitos-e-verdades-sobre-a-amamentacao.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">amamentar</a> seus filhos como os animais fazem com seus filhotes, ao perceber que o leite &eacute; uma fonte nutricional ideal para os beb&ecirc;s sobreviverem e prosperarem. Afinal, o leite materno &eacute; projetado para sustentar a vida como uma fonte de alimento completa.
Essas civiliza&ccedil;&otilde;es, baseadas na agricultura, foram t&atilde;o bem-sucedidas que se espalharam pela regi&atilde;o do Mediterr&acirc;neo, Europa, &Aacute;sia e Oriente M&eacute;dio nos milhares de anos seguintes. Elas domesticaram esp&eacute;cies de animais para utiliz&aacute;-las como fonte de leite, incluindo camelos, vacas, cabras, ovelhas, burros, cavalos, b&uacute;falos e renas.&nbsp;
Esses povos primitivos perceberam que quem consumia leite tinha uma vantagem competitiva sobre aqueles que n&atilde;o tinham uma fonte est&aacute;vel de alimento. Foi esse fornecimento constante que permitiu que assentamentos e comunidades se desenvolvessem.
O leite se enraizou de tal maneira na dieta b&aacute;sica do ser humano, que o papa Inoc&ecirc;ncio VIII achou que o leite materno o salvaria da morte.
<h2>Um homem infame</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/07/07170238397337.jpg" alt="Papa Inoc&ecirc;ncio VIII. (Fonte: Wikimedia Commons)" />Papa Inoc&ecirc;ncio VIII. (Fonte: Wikimedia Commons)
No s&eacute;culo XV, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124511-sinodo-do-cadaver-o-papa-retirado-de-sua-sepultura-e-julgado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">papa</a> Inoc&ecirc;ncio VIII n&atilde;o s&oacute; foi o respons&aacute;vel por liderar a Igreja Cat&oacute;lica como esteve associado a um passado obscuro. Ele patrocinou a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120209-cruzada-das-criancas-elas-acreditaram-que-reaveriam-jerusalem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cruzada</a> pessoal de um inquisidor contra as <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/100333-a-bizarra-historia-por-tras-das-famosas-bruxas-de-salem.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bruxas</a>, sendo que a pr&oacute;pria Igreja alegava que as bruxas n&atilde;o existiam. E, para piorar, ca&ccedil;ar bruxas era considerado um pecado porque era afirmar que o Diabo concede poderes especiais a pessoas ruins &ndash; o que j&aacute; era considerado um blasf&ecirc;mia.
Mas isso n&atilde;o foi tudo. Inoc&ecirc;ncio tamb&eacute;m criou as pr&oacute;prias cruzadas para lutar contra alguns crist&atilde;os que considerava "desonestos" e estavam foragidos. Al&eacute;m disso, ele teve dois filhos ileg&iacute;timos antes de ascender como autoridade papal &ndash; nada que n&atilde;o fosse comum na &eacute;poca.
No ver&atilde;o de 1492, a jornada de Inoc&ecirc;ncio come&ccedil;ou a chegar ao fim quando ele adoeceu. Foi nesse momento que surgiu a lenda de que um m&eacute;dico sugeriu uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/119055-como-eram-feitas-as-primeiras-transfusoes-de-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">transfus&atilde;o de sangue</a> &ndash; a primeira da hist&oacute;ria &ndash; como cura para seu caso. Por culpa de sua vida infame, por s&eacute;culos acreditaram que Inoc&ecirc;ncio teria bebido sangue humano coletado de tr&ecirc;s meninos de 10 anos que se ofertaram para salvar a sua vida.
<h2>Tentando sobreviver</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02092957565039.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
&Eacute; um consenso entre os historiadores que a ideia de que o papa Inoc&ecirc;ncio se tornou uma esp&eacute;cie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/117663-elizabeth-bathory-a-serial-killer-que-tomava-banho-de-sangue.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Elizabeth B&aacute;thory</a> do seu tempo foi uma grande inven&ccedil;&atilde;o. At&eacute; porque faltam evid&ecirc;ncias de que ele teria bebido sangue na tentativa de sobreviver. Por outro lado, o papa, de fato, bebeu um fluido diferente nos seus &uacute;ltimos dias, mas era leite materno.
A narrativa de que o homem se tornou um vampiro quando adoeceu surgiu devido aos v&aacute;rios registros hist&oacute;ricos de que jovens m&atilde;es foram convocadas aos seus aposentos at&eacute; o dia de sua morte. Uma vez que os beb&ecirc;s digerem o leito humano melhor do que o de vaca, o m&eacute;dico do papa acreditava que era isso que o salvaria. Os adultos, no entanto, t&ecirc;m sistemas digestivos muito diferentes dos beb&ecirc;s, mas isso ainda estava fora do alcance da medicina rudimentar da &eacute;poca.
Sem bombas de leite dispon&iacute;veis naquele tempo, Inoc&ecirc;ncio teve que mamar diretamente do seio das jovens, que acabaram se tornando suas amas de leite. Mas nada disso adiantou, porque em 25 de julho de 1492, o papa faleceu em Roma, na It&aacute;lia.

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Papa Inocêncio VIII achou que leite materno o salvaria da morte

Imagem de 3 músicas consideradas "amaldiçoadas" no megacurioso

Você sabia que a famosa canção 'Without You' é uma delas?

Em 9 de agosto de 1969, <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/104702-morre-charles-manson-saiba-mais-sobre-o-legado-macabro-desse-icone-do-mal.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Charles Manson</a> e integrantes de seu culto invadiram a casa da atriz Sharon Tate, em Los Angeles, e assassinaram todos os residentes. Antes de sair, eles escreveram "helter skelter" nas paredes com o sangue das v&iacute;timas. Na madrugada seguinte, dando continuidade &agrave; matan&ccedil;a, Leno e Rosemary LaBianca tiveram a casa invadida pelos criminosos e foram brutalmente mortos. Mais uma vez, "helter skelter" foi impressa nas paredes do local.
Um ano antes, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120864-conheca-the-fool-a-influencia-da-fase-psicodelica-dos-beatles.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Beatles</a>, no auge do seu sucesso, lan&ccedil;aram seu nono &aacute;lbum de est&uacute;dio, intitulado White Album. Entre m&uacute;sicas que se eternizaram, estavam "Blackbird", "Revolution" e a pol&ecirc;mica e controversa "Helter Skelter". A faixa foi alvo de cr&iacute;ticas dos conservadores, fan&aacute;ticos religiosos e tamb&eacute;m dos cr&iacute;ticos musicais. Em muitos lugares falavam que a m&uacute;sica era um "chamado sat&acirc;nico" para entrar nas mentes dos jovens, apesar de a palavra ser uma refer&ecirc;ncia a um t&iacute;pico brinquedo brit&acirc;nico de parque de divers&otilde;es.
No entanto, nada poderia piorar a reputa&ccedil;&atilde;o da m&uacute;sica que sua associa&ccedil;&atilde;o &agrave; morte, anarquismo e fanatismo que Manson instaurou com sua ideologia e onda de assassinatos. A can&ccedil;&atilde;o dos imortais Beatles adquiriu um aspecto de mau agouro, e assim permanece na hist&oacute;ria e no senso comum.&nbsp;
Mas ela n&atilde;o est&aacute; sozinha, pois essas s&atilde;o as tr&ecirc;s&nbsp;can&ccedil;&otilde;es consideradas amaldi&ccedil;oadas.
<h2>1. "Without You" - Badfinger (1970)</h2>
<span data-fonte="Michael Ochs Archives/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/photo-of-badfinger-photo-by-michael-ochs-archives-foto-jornalistica/74253135" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/05/michael-ochs-archives-getty-05184513824346.jpg" alt="Michael Ochs Archives/Getty" />(Fonte: Michael Ochs Archives/Getty Images)
Foi em 1970 que Peter Ham e Tom Evans, da banda Badfinger, sentaram juntos para despejar suas frustra&ccedil;&otilde;es e ang&uacute;stias sobre seus relacionamentos em uma folha de papel. O resultado foi a memor&aacute;vel can&ccedil;&atilde;o "Without You", falando sobre como era a vida ap&oacute;s a partida de um amor. De um jeito obscuro, parece que os cantores fundiram mais tristeza do que uma m&uacute;sica poderia suportar, causando um sucesso imenso, mas tamb&eacute;m uma onda de horrores.
Contratados pela Apple Records, mesma gravadora dos Beatles, a Badfinger estava prestes a se tornar a pr&oacute;xima maior banda de rock da d&eacute;cada de 1970, mas, em vez disso, tudo desmoronou.
Quando os Beatles, tamb&eacute;m mentores da banda, se separaram, n&atilde;o s&oacute; os deixou &agrave; deriva quanto afundou a Apple Records. Desesperados para fazer o sucesso acontecer, Badfinger acabou assinando contrato com Stan Polley. A banda foi v&iacute;tima da m&aacute; gest&atilde;o criminosa do empres&aacute;rio, que os roubou at&eacute; n&atilde;o aguentar mais, lucrando &agrave;s custas deles mesmo alegando que a banda n&atilde;o estava tendo retorno financeiro algum.
<span data-fonte="Stan Meagher/Daily Express/Hulton Archive/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornalistica/harry-nilsson-at-the-piano-1972-foto-jornalistica/532828927" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/05/hulton-archive-getty-images-05184609814347.jpg" alt="Hulton Archive/Getty Images" />Harry Nilsson. (Fonte: Stan Meagher/Daily Express/Hulton Archive/Getty Images)
Foi em meio a esse caos que o cantor-compositor Harry Nilsson ouviu "Without You" na casa de um amigo e resolveu fazer sua pr&oacute;pria vers&atilde;o. A princ&iacute;pio, Nilsson a amava, mas logo esse sentimento se tornou de puro &oacute;dio quando o produtor musical o fez cantar no limite de sua extens&atilde;o vocal, com um arranjo que n&atilde;o conversava com seu estilo.
O sucesso que a m&uacute;sica fez na voz de Nilsson, em 1971, n&atilde;o s&oacute; despertou um &oacute;dio ainda maior dele por ter que cant&aacute;-la incansavelmente, quanto afundou a vers&atilde;o original.
Desolados em um mar de problemas financeiros e judiciais, Ham e Evans tiraram a pr&oacute;pria vida. Quando a can&ccedil;&atilde;o emplacou as paradas musicais novamente, em 1994 com a vers&atilde;o de Mariah Carey, Nilsson morreu de um ataque card&iacute;aco fulminante.
<h2>2. "Get Up Insha" &ndash; Ali Khan (1974)</h2>
<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02094233812043.jpg" alt="(Fonte: Dawn/Reprodu&ccedil;&atilde;o)" />(Fonte: Dawn/Reprodu&ccedil;&atilde;o)
Originalmente "Insha Ji Utho", a can&ccedil;&atilde;o foi respons&aacute;vel por lan&ccedil;ar o cantor paquistan&ecirc;s Amanat Ali Khan ao estrelato supremo. A m&uacute;sica foi baseada em um poema escrito pelo autor paquistan&ecirc;s Ibne Insha, no in&iacute;cio de 1970, falando de um homem desencantado com sua vida que decide, de repente, deixar sua cidade e esposa para tr&aacute;s &ndash; e para sempre.
Khan foi inspirado pela vis&atilde;o sombria do poema sobre a vida urbana, e pediu permiss&atilde;o a Insha para transform&aacute;-lo em um ghzal, um tipo de can&ccedil;&atilde;o cl&aacute;ssica baseada na poesia &aacute;rabe. Depois que ele cantou a can&ccedil;&atilde;o na televis&atilde;o em 1974, o sucesso foi imediato. No entanto, de forma tr&aacute;gica, poucos meses depois, Khan morreu de apendicite aos 52 anos. Quatro anos mais tarde, na mesma data de lan&ccedil;amento da can&ccedil;&atilde;o, Insha morreu de c&acirc;ncer.
Um dia antes de sua morte, Insha atribuiu a morte de Khan &agrave; can&ccedil;&atilde;o: &ldquo;Quantas vidas mais este poema amaldi&ccedil;oado levar&aacute;?&rdquo;, escreveu ele a um amigo. "Mais tr&ecirc;s" teria sido a resposta, se a m&uacute;sica pudesse falar.&nbsp;
Primeiro, foi o filho de Khan, Amjad, que morreu depois que cantou a m&uacute;sica pela primeira vez. Depois, o produtor da can&ccedil;&atilde;o, Khalil Ahmed; e, finalmente, Asad, o segundo filho de Khan, aos 52 anos, ap&oacute;s um show em 2006. Essa foi a &uacute;ltima vez que a m&uacute;sica foi cantada.
<h2>3. "Dead Man&rsquo;s Curve" - Jan &amp; Dean (1964)</h2>
<span data-fonte="John E. Reed/Hulton Archive/Getty Images" data-fonte-url="https://www.gettyimages.com.br/detail/foto-jornal%C3%ADstica/american-pop-singing-duo-jan-and-dean-circa-1961-foto-jornal%C3%ADstica/93685418" class="img-fc"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/05/hulton-archive-getty-images-05184646184348.jpg" alt="Hulton Archive/Getty Images)" />(Fonte: John E. Reed/Hulton Archive/Getty Images)
Na d&eacute;cada de 1960, a dupla californiana de surf rock Jan &amp; Dean estava no topo das paradas de sucessos com m&uacute;sicas como "Surf City" e "The Little Old Lady from Pasadena". Mas nenhuma dessas ficou t&atilde;o famosa como "Dead Man&rsquo;s Curve", lan&ccedil;ada em 1964, n&atilde;o s&oacute; por falar da vida veloz nas estradas da vida e a sensa&ccedil;&atilde;o de liberdade, como tamb&eacute;m o quanto isso poderia matar.
A m&uacute;sica faz refer&ecirc;ncia a um trecho sinuoso de uma estrada de Los Angeles, perto de Sunset Boulevard e Vine Street, que ficou conhecida como "dead man's curve" ("curva do homem morto" em portugu&ecirc;s) devido ao alto &iacute;ndice de acidentes na &aacute;rea. Nos &uacute;ltimos versos da m&uacute;sica, a dupla canta: &ldquo;Bem, a &uacute;ltima coisa que me lembro, doutor, &eacute; que comecei a desviar/ Eu sei que nunca vou esquecer aquela vis&atilde;o horr&iacute;vel/ Acho que descobri sozinho que todos estavam certos/ N&atilde;o vou voltar da Curva do Homem Morto&rdquo;.
Dois anos ap&oacute;s o lan&ccedil;amento da can&ccedil;&atilde;o, essa parte se tornou tragicamente prof&eacute;tica. Em 12 de abril de 1966, o principal compositor do grupo, Jan Berry, bateu seu Stingray a apenas 6 quil&ocirc;metros da "curva do homem morto". Apesar de ter sobrevivido, ele sofreu danos cerebrais graves, como paralisia parcial e problemas de fala, colocando uma pedra em sua carreira no auge do sucesso.

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3 músicas consideradas 'amaldiçoadas'

Imagem de Como o leite de égua foi a 'arma secreta' na dieta dos mongóis? no megacurioso

A organização dos mongóis começava na alimentação. Povo controlou mais de 31 milhões de quilômetros quadrados em território

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115172-acampamento-perdido-de-genghis-khan-e-identificado-na-mongolia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Império Mongol</a> deixou de existir há 655 anos e, mesmo assim, seus feitos no campo de batalhas seriam difíceis, se não impossíveis, para exércitos modernos replicarem — afinal de contas, eles não teriam um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120629-o-reinado-de-genghis-khan-foi-uma-verdadeira-onda-de-morte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Genghis Khan</a> como líder.Os exércitos mongóis sempre estiveram em desvantagem de todas as maneiras, seja em quantidade, seja em porte físico — o inimigo do soldado mongol era geralmente maior e mais forte, e sempre foi considerado melhor armado para o combate.&nbsp;A ameaça potencial de ser enfrentado por um inimigo numericamente superior foi a razão pela qual os mongóis precisaram usar quatro princípios básicos para o sucesso em combate: iniciativa, intensidade, agilidade e sincronização – além, é claro, de leite de égua, a arma secreta dos mongóis.<h2>Abastecidos para o combate</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02110330852111.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)O Império Mongol, liderado por Genghis Khan, foi uma das forças militares mais dominantes da história do mundo, chegando a controlar mais de 31 milhões de quilômetros quadrados em território, indo da China até a Europa Oriental e tendo em posse um quarto da população mundial.Além dos conceitos básicos de guerrilha que eram essenciais para vencerem os combates, o exército era sustentado com airag, o resultado da fermentação do leite das éguas que viajavam com os soldados. A bebida tinha alto valor nutricional e também possuía um teor alcoólico de cerca de 2%. Dessa forma, os guerreiros não só fortaleceram o corpo, mas também a "mente" durante as guerras brutais.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02110402882112.jpg" alt="Genghis Khan. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Genghis Khan. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Os mongóis ordenhavam as éguas e guardavam o leite em uma bolsa de couro pendurada na porta de suas cabanas, denominadas "yurts". Quem entrava ou saía precisava mexer o líquido para ajudar no processo de fermentação, que levava cerca de dois dias e, depois que o leite se solidificava, eles o diluíam um pouco com mais leite para bebê-lo.A invenção e inclusão do airag na dieta mongol dá uma ideia da desenvoltura e autossuficiência do seu exército, que se tornou especialista em fazer uso completo de todos os recursos que tinham à disposição, por se tratar de um povo nômade que não possuía a agricultura a seu favor.<h2>Para sempre na cultura</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/06/02/02110441793113.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Uma vez que dependiam totalmente dos cavalos, os mongóis procuraram extrair todo o potencial deles mesmo fora da batalha e do transporte. Acredita-se que foi assim que descobriram esse método de fermentação que levou ao airag. Afinal, o leite de égua nunca foi muito popular entre os humanos, não apenas pela dificuldade na ordenha, mas também pela crueza do leite, considerado um laxante muito forte.A fermentação foi a maneira que os mongóis encontraram de neutralizar o poder laxante do leite de égua, tendo o teor alcoólico como um bônus.O airag acabou se mantendo na cultura mesmo após o fim do Império Mongol. Atualmente, na Ásia Central, o leite de égua é despejado em uma panela, batido com força e fervido para então fermentar. Eles fazem isso até que vire uma espécie de manteiga, que causa uma pungência na boca e deixa um leve gosto de leite de amêndoas.Essa versão modernizada do airag ganhou o nome de "kumis" para ser comercializada.</body>

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Como o leite de égua foi a 'arma secreta' na dieta dos mongóis?

Imagem de "Grande Incêndio do Whisky": quando pessoas morreram de tanto beber no megacurioso

Sim, as pessoas literalmente morreram de tanto beber durante um dos incêndios mais devastadores de Dublin

<head></head><body>Durante o século XVIII, na Europa, eram muito comuns as mortes causadas por doenças que ainda não tinham cura e por incêndios, cuja frequência aumentou muito nesse período. Em uma época em que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124391-a-historia-perturbadora-das-amputacoes-ao-longo-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">medicina&nbsp;</a>ainda era muito limitada, não havia salvação para combater doenças mortais, como cólera, escarlatina, febre tifoide e varíola. Com isso, a expectativa de vida das mulheres era de 42 anos e a dos homens, no máximo 40 anos.A <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125017-tosher-os-homens-que-viviam-dos-objetos-perdidos-nos-esgotos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Revolução Industrial</a> tornou os incêndios pela Europa, sobretudo em Londres, um problema diário. Para afastar as baixas temperaturas, a queima domiciliar não regulamentada de carvão contribuiu para a poluição do ar da metrópole em desenvolvimento e também resultou em queimadas em larga escala devido à falta de traquejo com as chaminés e os restos de carvão.Mas houve uma vez em que pessoas morreram durante incêndios de grande proporção, mas não por causa de fogo, e sim de whiskey. Esse foi o caso do Grande Incêndio do Whisky em Dublin.<h2>Beber até morrer</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30115715443120.jpg" alt="(Fonte: Firecall/Reprodução)">(Fonte: Firecall/Reprodução)Tudo aconteceu em 18 de junho de 1875, quando um incêndio, cuja causa permanece desconhecida, começou no Malone’s, uma maltaria localizada na Chamber Street, uma região conhecida como The Liberties, em Dublin. Naquele tempo, a área era bastante povoada e abarrotada de casas geminadas que abrigavam famílias muito pobres.O depósito do Malone’s continha mais de 5 mil barris de whisky que ainda seria diluído antes do consumo para se tornar mais palatável. Ou seja, tratava-se quase de álcool etílico puro. Quando os barris estouraram, seu conteúdo inflamável foi derramado pelas portas e janelas do depósito, inundando as ruas estreitas e íngremes da Chamber Street antes de, eventualmente, pegar fogo.Apesar de uma coluna de fogo de quase 10 metros de altura lamber tudo pelo caminho, cerca de 13 pessoas morreram não por queimaduras ou inalação de fumaça, mas por envenenamento por álcool. Os dublinenses sedentos bebiam whisky do solo sujo, morrendo devido à concentração industrial do produto.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30115814163121.jpg" alt="(Fonte: Gruene Insel/Reprodução)">(Fonte: Gruene Insel/Reprodução)Enquanto os cidadãos tombavam mortos pelas calçadas, a cena pavorosa piorava com diversos animais, como burros, cabras e vacas, correndo em chamas. Inclusive, uma vez que o incêndio aconteceu de madrugada, se não fosse pelos guinchos altos e agonizantes dos porcos sendo queimados vivos, acredita-se que mais pessoas teriam perecido na tragédia.A obsessão pela bebida alcoólica foi tamanha para alguns que, mesmo durante o trabalho dos bombeiros, que levavam pedras de pavimentação para que pudesse assentar o fluxo do whisky, juntando pilhas de areia e esterco de cavalo para parar o fogo, os bêbados enfrentavam as chamas para beber um último gole ou coletar o líquido para vender.<h2>A nova Dublin</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/30/30120315090124.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Após o incêndio, uma arrecadação foi feita para ajudar as vítimas e também foi aberto um debate sobre a aceitação de padrões de segurança contra incêndio. Foi assim que novas leis e normas de segurança foram implementadas para Dublin e a indústria irlandesa de whisky.Antes da fatalidade, havia resistência até mesmo à ideia de manter uma brigada de incêndio na cidade, porque as pessoas acreditavam que o custo do serviço não era distribuído de forma justa entre a população. O incêndio mostrou para as pessoas a importância de um corpo de bombeiros treinado e a postos. Inclusive, as destilarias de whisky chegaram a investir na criação das próprias unidades de combate a incêndio.Muito embora tenha sido um horror o Grande Incêndio do Whisky, o legado do acontecimento foi visto por muitos quase como uma piada, reforçando estereótipos negativos sobre os irlandeses, a classe trabalhadora e seu desespero por uma "bebidinha".A Dublin da modernidade, no entanto, apesar de seu envolvimento cultural com a bebida, mudou drasticamente sua relação com ela. Em muito isso se deve à crise no custo de vida e o foco no autocuidado.</body>

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'Grande Incêndio do Whisky': quando pessoas morreram de tanto beber

Imagem de Afonso XIII da Espanha: o rei mais pornográfico da História no megacurioso

E também o único a ter um catálogo de filmes pornôs associados ao seu nome na internet

<head></head><body>O filho da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123023-rainha-vitoria-a-maior-traficante-de-drogas-da-historia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rainha Vitória</a> foi um problema desde cedo. A monarca esperava que ele puxasse mais ao pai, o príncipe Albert, um homem de moral firme, mas não foi o que aconteceu.&nbsp;Tal qual <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120732-apetite-voraz-do-rei-luis-xiv-foi-a-sua-ruina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Luís XIV</a> e <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/124263-esporo-o-escravo-que-nero-transformou-em-sua-esposa-morta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Nero</a>, o rei <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/124734-a-misteriosa-cadeira-do-amor-usada-pelo-rei-eduardo-vii.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Eduardo VII&nbsp;</a>foi um homem conhecido por seu apetite sexual descontrolado, mas não conseguiu chegar aos pés de Afonso XIII da Espanha, o rei mais pornográfico de todos os tempos —&nbsp;e o único com um catálogo de filmes pornôs associado ao seu nome.<h2>Um homem incontrolável</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/26/26000438371049.jpg" alt="Afonso XIII da Espanha. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Afonso XIII da Espanha. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Nenhum rei foi mais pervertido que Afonso XIII da Espanha, que se tornou a primeira pessoa da realeza a ser indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Muito diferente de Eduardo VII da Inglaterra, que atravessava o país até Paris apenas para se saciar sexualmente, Afonso fazia tudo isso onde estivesse, sem pudor e medo algum.Membro da Casa de Bourbon, ele teve uma infância considerada incomum, pois seu pai morreu logo após sua concepção e ele ainda fazia parte de uma infame <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/124933-familia-whittaker-o-caso-incestuoso-mais-infame-da-modernidade.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">linhagem consanguínea</a>. Além disso, o rei gerou seu primeiro filho ilegítimo aos 19 anos, fruto de um relacionamento com Mélanie Gaufridy de Dortan.<img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/26/26000520476050.jpg" alt="Rainha Vitória. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Rainha Vitória. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Isso aconteceu quando Afonso planejava seu casamento com Victoria Eugenie de Battenberg, neta da rainha Vitória da Inglaterra. Maria Cristina da Áustria, sua mãe, não aprovava muito a união porque Battenberg vinha de uma família de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120708-a-doenca-que-a-rainha-vitoria-espalhou-pelas-familias-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">hemofílicos</a>. Ou seja, havia 50% de chance de ela transmitir a doença genética aos filhos como sua avó havia feito de maneira indiscriminada por toda Europa. Ironicamente, o casamento foi interrompido por uma bomba lançada contra um salão do palácio, matando 30 civis.Entre 1907 e 1914, Afonso teve sete filhos legítimos com sua esposa e pelo menos outros cinco fora do casamento com companheiras diversas. Dois de seus filhos legítimos herdaram a doença temida por sua mãe.<h2>A vida noturna</h2><img src="https://mega.ibxk.com.br/2023/05/26/26000605110051.jpg" alt="(Fonte: GettyImageas/Reprodução)">(Fonte: GettyImageas/Reprodução)Séculos antes de revistas ou vídeos de conteúdo adulto serem populares, para se saciar, o rei Afonso encomendava pornografia para consumo privado. Ele fez isso mesmo sabendo que a associação com esse tipo de conteúdo poderia prejudicar sua imagem. Sendo assim, para não ser pego, usou o Conde de Romanones como seu bode expiatório.Romanones era o responsável por negociar com a produtora de filmes Barcelona Royal Films, criada em 1915 especificamente para fornecer de maneira discreta os filmes pornográficos a membros da corte e da realeza. Afonso sugeria ideias para enredos dos filmes e chegava a descrever cenas inteiras de como queria.Os filmes foram exibidos a ele e, às vezes, a grupos de amigos. Foram feitos pelo menos 70 filmes, muitos dos quais foram destruídos ou se perderam no tempo. Apenas três longas sobreviveram: O Confessor, O Escritório das Damas&nbsp;e O Ministro. Mantidos na Filmoteca de Valência, todos filmes se baseiam nas relações de poder entre homens e mulheres – o maior fetiche do rei.</body>

Julio Cezar de Araujo