Planta venenosa poderá mudar tratamentos de doenças de pele

26/09/2016 às 06:001 min de leitura

Uma das maiores amarguras na vida de campistas e exploradores é ela: a hera venenosa! Basta sua pele ter o desprazer de encontrar com esta planta para que uma reação alérgica nada agradável aconteça, causando intensa coceira e muitas bolhas.

A resposta para tanta dor e sofrimento está na proteína CD1a, que só agora foi realmente compreendida pelos cientistas.

O problema por trás dos estudos anteriores é que, para estudar doenças de pele, os pesquisadores costumam usar animais, como ratos – que não produzem CD1a. Porém, no nosso corpo ela é abundante e tem papel fundamental nas desordens inflamatórias.

Hera Venenosa

Os cientistas então mudaram geneticamente alguns indivíduos dessas espécies, fazendo com que eles produzissem tal proteína. Dessa forma, foi possível descobrir que a CD1a desencadeia uma reação alérgica na pele quando em contato com urushiol, um óleo vegetal encontrado em plantas da família Anacardiaceae e que estápresente na hera venenosa, por exemplo.

Quando o urushiol interage com as células da pele, as proteínas CD1a ativam as células T do sistema imunológico, que, por consequência, produzem duas proteínas: interleucina 17 e interleucina 22 – responsáveis pela inflamação e pela coceira.

Apesar de os cientistas conhecerem os problemas com o urushiol há algum tempo, eles não tinham consciência do restante da reação, já que estudavam sempre em ratos.

Irritação causada pelo contato com a planta

O cenário só ficou mais claro quando Florian Winau, microbiologista da Universidade de Harvard, passou estudar a estrutura química desse composto das plantas. Assim, ele notou que a forma molecular do alérgeno poderia ter ligação com a CD1a, o que o fez testar tal hipótese em laboratório.

A descoberta vai possibilitar novos estudos sobre o tratamento e a prevenção de doenças inflamatórias da pele, gerando benefícios em diferentes casos.

"Pesquisas futuras poderiam levar ao desenvolvimento de novos tratamentos para combater pequenas irritações da pele, bem como doenças de pele inflamatórias crônicas como psoríase, eczema e rosácea", diz Tang Yongqing, da Universidade de Monash.

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