Após viajar 2 anos pelo cosmos, sonda da NASA finalmente chega a Bennu

04/12/2018 às 14:002 min de leitura

Nós do Mega Curioso já falamos a respeito da sonda espacial OSIRIS-REx, da NASA, por aqui — um equipamento que tem como missão pousar na superfície do asteroide 101955 Bennu, um pedregulho espacial de quase 500 metros de diâmetro e que apresenta um pequeno risco de colidir com o nosso planeta no futuro e causar um tremendo de um estrago por aqui.

Asteroide Bennu(Inverse)

Viajante

A pequena nave não tripulada foi lançada em 2016, e percorreu absurdos 2 bilhões de quilômetros para chegar até o asteroide. E, ontem, dia 3 de dezembro, ela finalmente chegou ao seu destino e concluiu a primeira fase de sua missão. Mas a sonda não pousou sobre Bennu ainda!

Sonda espacial(New Atlas/NASA)

Na realidade, a OSIRIS-REx passará cerca de 1,5 ano em órbita ao redor do astro — sobrevoando o asteroide a distâncias entre os 7 e 19 km — para obter todo tipo de informação sobre ele e determinar quais serão os melhores pontos para o pouso. Assim, o equipamento só deverá tocar a superfície da rocha espacial em 2021, se tudo correr como planejado, obviamente.

Então, após se instalar na superfície do asteroide, a sonda deverá coletar diversas amostras de Bennu e, depois, levantar voo e retornar à Terra — com sua chegada programada para acontecer em 2023. Mas, por que os cientistas resolveram escolher esse pedregulho especificamente como alvo da missão? Não tinha um mais perto do nosso planeta, não?

Candidato ilustre

Bennu consiste em um asteroide carbonáceo, ou seja, composto principalmente por carbono — elemento que, por sua vez, é indispensável para a vida na Terra, uma vez que ele serve como uma espécie de “pilar químico” ao qual outras moléculas podem se ligar para formar compostos. Sendo assim, o asteroide pode ser formado por uma variedade de moléculas orgânicas que os cientistas querem conferir.

Asteroide Bennu(Wikimedia Commons/NASA/Goddard/Universidade do Arizona)

E o interessante é que os pesquisadores acreditam que Bennu se formou logo depois do nascimento do Sistema Solar, há mais ou menos 4,6 bilhões de anos, e que, de lá para cá, ele não sofreu muita erosão ou grandes alterações em sua estrutura. Isso significa que as amostras coletadas permitirão que os cientistas tenham acesso a uma verdadeira cápsula do tempo cósmica — com alto conteúdo de carbono de bilhões de anos atrás.

E isso não é tudo: saber mais sobre a composição do asteroide pode ser útil para missões espaciais futuras. Como? Os pesquisadores pensam que nas superfícies de asteroides carbonáceos existem materiais que podem se ligar ao oxigênio e ao hidrogênio e, quando aquecidos, é possível obter água — e, a partir dela, produzir combustível. Mas esse é um assunto para depois de as análises das amostras serem concluídas, né?

Já sobre aquele papo de risco de colisão — a gente sabe que você ficou interessado... Pode confessar! —, Bennu consta na “lista negra” da NASA de rochas espacial potencialmente perigosas e, conforme calcularam os astrônomos, ele passará entre a Terra e a Lua em 2135. Entretanto, existe o perigo que a sua trajetória seja alterada e, se isso acontecer, pode ser que ele entre em rota de colisão conosco. E quais são as chances de que isso ocorra? Sim, caro, leitor, já calcularam, e é de 1 em 3 mil, isto é, o risco é baixo. Além disso, quem garante que a humanidade ainda estará por aqui?

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