Artes/cultura
14/09/2020 às 13:00•2 min de leitura
No último dia 10 de agosto, o observatório de Arecibo, segundo maior radiotelescópio do mundo, sofreu um desastre em seu gigantesco prato refletor quando um cabo de metal que sustenta uma estrutura se partiu e provocou um corte de 30 metros. A instalação é famosa por rastrear asteroides e buscar sinais de vidas alienígenas (SETI).
Num comunicado divulgado na última quinta-feira (10), exatamente um mês após o ocorrido, a UCF (Universidade da Flórida Central), que administra a instalação, admitiu que seus funcionários ainda não conseguiram determinar o que causou o rompimento do cabo naquela noite.
Segundo os representantes da universidade, os esforços para recuperação do local estão em andamento, e as autoridades darão início “a uma investigação forense completa” tão logo a National Science Foundation (NSF), proprietária do equipamento, implemente um plano para estabilizar os elementos estruturais críticos.
No comunicado, o diretor do Observatório de Arecibo, Francisco Córdova, reconheceu que “o processo está demorando muito e estamos ansiosos para começar os reparos". No entanto, antes que possam remover os pedaços quebrados e começar a trabalhar, eles necessitam de um plano de segurança.
Fonte: Planet Labs/Reprodução
Já está em andamento uma modelagem por computador para elaborar um plano estrutural. O objetivo é determinar a causa da falha do cabo e também se outras áreas estão em risco como consequência do rompimento. A modelagem servirá de base para mensurar os reparos, os custos e o cronograma.
Assim que concluída, a análise estrutural será submetida à NSF para a elaboração do plano de segurança. Este documento irá orientar a proteção do pessoal que fará o trabalho nas torres e na plataforma.
Quando a segurança das pessoas puder ser garantida, uma equipe de reparos removerá o cabo rompido e o seu soquete que serão submetidos a uma perícia forense.
LIDAR (Fonte: NAIC/Reprodução)
Enquanto o grande prato está off-line, dois projetos não ligados à antena principal continuam a funcionar segundo a UFC: o LIDAR, sistema utilizado para fazer mapas em alta resolução, e o ROF, uma instalação óptica remota instalada na pequena ilha de Culebra em Porto Rico.
Cientistas que usam o LIDAR em Arecibo continuam conduzindo uma variedade de projetos de pesquisa, incluindo estudos de composição de meteoros. Os equipamentos ópticos e de rádio passivos do ROF operam normalmente.