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De onde vem e para que serve o canto das cigarras?

01/03/2021 às 12:032 min de leitura

Um som muito marcante há algumas décadas, quando as cidades não eram tão barulhentas como hoje, o canto das cigarras, alto, contínuo e melódico, pode ser incômodo para muitos, mas permanece como um tipo de memória afetiva de um ritual de acasalamento que se anuncia de forma estridente.

As cigarras, que no Brasil têm o nome científico de Carineta fasciculata, são conhecidas principalmente pelo seu zumbido. Elas também são conhecidas por serem meio ninjas, pois desaparecem por um tempo, para ressurgir quando menos se espera. Embora existam mais de 3 mil espécies de cigarras, nem todas emitem esse tipo de som.

Fonte: Meta Empreendimentos/Pinterest/Reprodução
Fonte: Meta Empreendimentos/Pinterest/Reprodução

Se o aparecimento é do tipo ninja, o nascimento da cigarra mais se assemelha a um filme de ficção científica: chamado de hemimetabolismo, o inseto faz transição ovo-ninfa-adulto de forma traumática. A eclosão ocorre com o inseto adulto escorregando devagar e rasgando uma fenda nas costas da ninfa, como um bebê gigante.

As ninfas de cigarra vivem embaixo da terra por longos períodos, que podem chegar a 17 anos, alimentando-se da seiva de raízes de plantas. Um determinado dia, elas cavam túneis, sobem nas árvores e, para não serem presas fáceis de predadores, passam pela estranha metamorfose antes de acasalar.

E de onde vem o som das cigarras?

O canto das cigarras começa após o inseto chegar à forma adulta, e é utilizado pelos machos para atrair as fêmeas e realizar a cópula. Em entrevista à revista Superinteressante, o agrônomo Sinval Silveira Neto, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba (SP), explica que “o canto das cigarras é produzido por um órgão na base do abdômen”.

Chamado de címbalo, o órgão sonoro é uma especie de caixa acústica com membranas vibráteis conectadas aos músculos. Estes, por sua vez, realizam movimentos de contração e relaxamento sucessivos deformando as membranas em uma frequência que pode variar entre 120 e 600 repetições por segundo. Ouçam.

Mas, para amplificar o som e atrair mais fêmeas, o macho conta com sacos de ar presentes no abdômen, além de outras estruturas: os sacos aéreos e os opérculos. Após acionar todo esse aparato, os insetos vão para o alto de uma planta quando amanhece, ou ao entardecer, para atrair fêmeas que se ligam em uma balada.

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