Por que as pessoas se suicidam?

06/04/2021 às 08:003 min de leitura

Cerca de 800 mil pessoas morrem por ano vítimas de suicídio, é o que indica os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, estima-se que 12 mil pessoas se suicidam todos os anos, o que coloca o país sul-americano em segundo lugar no ranking de nações com o maior número de casos — ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Porém, o que leva uma pessoa a se suicidar? Na visão de pesquisadores da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, os problemas específicos que tornam uma pessoa suicida são tão diversos quanto a escala de DNA dos seres humanos. Apesar da depressão aparecer como um fator importante, nem todas as pessoas que sofrem com a doença se tornam suicidas.

Motivações suicidas

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

O termo suicídio é utilizado para se referir ao ato de tirar a própria vida intencionalmente. É bastante comum que as pessoas usem a frase "cometer suicídio" para se referir ao ato de se suicidar. No entanto, a palavra “cometer” implica em criminalidade, o que pode reforçar o estigma prejudicial aos problemas vividos por esses indivíduos.

Apesar de existirem diversos motivos para uma pessoa considerar o suicídio, a ação costuma ser o resultado das dificuldades de se lidar com sentimentos, pensamentos e experiências traumáticas até chegar em um ponto onde a pessoa acredita ser impraticável continuar vivendo.

Muitos fatores podem contribuir para que uma pessoa se sinta assim, devido aos acontecimentos que passam em suas vidas. Para ajudar com a compreensão desse cenário, a instituição britânica de caridade Mind elaborou uma lista com possíveis motivações que fazem uma pessoa considerar o suicídio:

  • A perda de um ente querido;
  • Bullying, discriminação ou abuso;
  • Término de um relacionamento;
  • Divórcio, desemprego ou qualquer mudança drástica na vida;
  • Problemas financeiros;
  • Problemas de aceitação, etc.

Entretanto, isso não significa que uma pessoa que passou por uma ou mais dessas situações pensará em tirar a própria vida, já que cada pessoa lida com a adversidade de maneira diferente.

Fatores de risco

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)

Além das motivações em potencial, alguns grupo de pessoas são consideradas mais propensas ao suicídio do que outras. De acordo com o Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) dos Estados Unidos, os homens estão mais propensos a morrer de suicídio do que as mulheres. Por outro lado, elas costumam tentar se suicidar mais vezes do que eles.

Além disso, a maior taxa de suicídios ocorre entre esses grupos:

  • Jovens entre 15 e 24 anos;
  • Pessoas acima dos 60 anos;
  • Histórico de problema psicológicos ou abuso de substâncias;
  • Histórico de problema psicológicos ou abuso de substâncias na família;
  • Histórico de suicídio na família;
  • Prisioneiros;
  • Indivíduos com quadros de doenças crônicas ou severas;
  • Indivíduos com acesso a armas ou outras ferramentas letais

Suicídio e saúde mental

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

As condições de saúde mental de uma pessoa são um fator de risco significativo para o suicídio. Segundo os dados apresentados pela Suicide Awareness Voices of Education (SAVE), 90% dos casos de suicídios ocorrem com pessoas que apresentaram algum tipo de desordem psicológica recente.

Depressão, bipolaridade, ansiedade, dependência química ou psicose são todos exemplos de condições que podem alimentar pensamentos suicidas. Entretanto, vale ressaltar que esses são problemas bastante comuns na sociedade e precisam ser tratados com devido respeito.

O isolamento social, a falta de suporte e o descaso com a saúde mental servem apenas como colaboradores para um aumento no caso de suicídios. Sendo assim, o essencial é sempre buscar por acompanhamento médico psicológico ou psiquiátrico para tratar desses problemas com seriedade e atenção.

Sinais de alerta

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Os esforços para diminuir os números de casos de suicídio no mundo devem passar por um trabalho colaborativo de todos. Sendo assim, é sempre importante estar atento aos sinais de alerta que uma pessoa pensando em se suicidar pode transmitir para alguém próximo. 

Os principais são esses:

  • Falar sobre querer se matar;
  • Falar sobre se sentir sem esperança, preso ou vivenciado uma dor enorme;
  • Falar sobre ser um peso na vida dos outros;
  • Sinais de automutilação ou planejando formas de se ferir;
  • Afastamento de família e amigos;
  • Uso frequente de drogas e álcool;
  • Dormindo ou comendo mais ou menos do que o normal;
  • Apresentando mudanças drásticas de humor

A melhor maneira para ajudar alguém com esses sintomas é perguntar sobre seus sentimentos e motivações, além de recomendar uma fonte direta para tratar o problema.

Buscando ajuda

(Fonte: Unsplash)(Fonte: Unsplash)


Apesar de ser um grande tabu na sociedade, falar sobre suicídio não faz com que mais pessoas queiram se matar. Na realidade, ter um canal aberto de comunicação sobre o tema é importante para que as pessoas que sofrem com pensamentos suicidas possam escoar seus pensamentos e se aliviar da dor.

Além disso, existem diversos recursos que podem auxiliar uma pessoa a escapar dessa situação. Por exemplo, o Centro de Valorização da Vida (CVV) presta um serviço voluntário de apoio emocional e prevenção ao suicídio sob total sigilo e anonimato no Brasil.

Os contatos com o CVV podem ser feitos através da linha telefônica 188, em 120 postos físicos espalhados pelo país ou pelas plataformas virtuais da associação. Os canais de comunicação permanecem abertos 24 horas por dia.

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