Estilo de vida
16/04/2021 às 14:00•2 min de leitura
Um estudo divulgado na Earth & Planetary Science afirma que a Terra é atingida por cerca de cinco mil toneladas de poeira cósmica todos os anos. O valor é bem maior do que as dez toneladas de meteoros e meteoritos que costumam cair em nosso oceano.
Fonte: Jasper Garratt/Unsplash
Este pó é composto por minúsculas partículas, originadas principalmente de cometas e asteroides que passam próximo ao nosso planeta. Formado por fragmentos de carbono ou silicatos, a poeira cósmica é muito pequena, podendo ser observada apenas com o uso de um microscópio.
Apesar das que chegam na Terra terem como principal fonte os cometas e asteroides, a poeira cósmica está presente em todo o universo. Ela pode ser definida como parte da matéria e radiação que ocupa as lacunas do espaço interestelar.
Fonte: Cottonbro/Pexels
Boa parte do pó que chega ao nosso planeta é varrido pela chuva ou se mistura à nossa própria poeira. Para que os pesquisadores pudessem estudar esse fenômeno de perto, eles precisavam encontrar um lugar com pouca terra e o céu mais limpo possível. Sendo assim, o local escolhido foi a Antártica.
O estudo foi conduzido em Terre Adélie, a porção francesa do continente. Durante 20 anos, seis expedições foram feitas ao local para recolher as partículas.
Para medir a quantidade de poeira cósmica, os cientistas analisaram a neve do local. Ela era coletada e derretida na base de pesquisa para que se pudesse extrair dela o pó que os pesquisadores estavam procurando. As partículas mediam entre 30 e 200 micrômetros de diâmetros, mais ou menos a espessura de um fio de cabelo.
Determinando a quantidade de poeira cósmica que cai na Antártica todos os anos, os cientistas conseguiram calcular a média que toda a Terra deve receber.
Fonte: Kjpargeter/FreePik
Segundo o estudo, 80% da poeira cósmica deve vir de cometas da família Júpiter e os outros 20% de asteroides. Os pesquisadores também concluíram que apenas um terço de todo o pó que chega na atmosfera vai até o chão. Muitos dos meteoros se esfarelam ao se chocar com a nossa camada protetora e são puxados pela gravidade, voltando para o espaço ao invés de descerem até a superfície.