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Teste do pezinho: como funciona e para que serve?

17/06/2021 às 08:003 min de leitura

As famílias com bebês recém-nascidos devem se habituar com o termo "teste do pezinho". Pertencente ao que conhecemos como triagem neonatal, o teste do pezinho é um exame preventivo que ajuda na investigação de diversas doenças e pode ser realizado gratuitamente por todo bebê nascido em território brasileiro.

Apesar de muitas pessoas nem notarem, os exames de triagem cumprem um importante papel de prevenção de doenças que podem ser metabólicas, congênitas ou infecciosas. Nesses casos, o diagnóstico precoce pode ajudar a aumentar as possibilidades de tratamento dessas enfermidades.

O que é o teste do pezinho?

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

O teste do pezinho é caracterizado pela coleta de algumas gotas de sangue do calcanhar dos recém-nascidos entre o segundo e quinto dia após o nascimento da criança. A amostra sanguínea é colocada em papel filtro especial e entrega resultados rápidos.

A coleta sanguínea é feita nessa parte do corpo pois é um local com grande presença de vasos sanguíneos, o que facilita o acesso ao sangue. Como citado anteriormente, o teste do pezinho ajuda a identificar a presença de doenças metabólicas, congênitas ou infecciosas capazes de afetar o desenvolvimento neuropsicomotor dos recém-nascidos.

Em geral, essas doenças não apresentam quaisquer tipos de sintomas detectáveis e dependem da análise sanguínea para serem descobertas. Como estão protegidos pela placenta antes do parto, a maioria dos fetos não apresenta doenças metabólicas antes do nascimento por não terem contato com metabólitos tóxicos. Isso faz com que vários problemas fiquem "mascarados" e só possam ser identificados nos primeiros dias pós-parto.

Como funciona o teste do pezinho?

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Por mais que as crianças recém-nascidas não possuam histórico familiar de qualquer tipo de doença, o teste do pezinho segue sendo um exame de triagem fundamental para qualquer bebê. Mesmo no caso de crianças saudáveis durante o nascimento, os primeiros sintomas dessas enfermidades podem demorar meses ou anos para se manifestarem.

Portanto, recomenda-se que as famílias peçam pela realização do teste do pezinho entre o segundo e quinto dia de vida da criança. Fora desse período, o exame não é completamente invalidado, mas possui eficácia de análise reduzida consideravelmente. 

Outro dado importante que muitas mães não sabem é que é importante amamentar o bebê antes da realização do teste. Isso faz com que o diagnóstico ocorra mais fácil e venha com resultados mais precisos. O teste do pezinho, além de ser extremamente rápido, é pouquíssimo invasivo e não causa qualquer risco à saúde das crianças.

Por fim, a triagem pode ser feita até mesmo em bebês prematuros. Porém, esses casos possuem recomendações um pouco diferentes. Para crianças que nasceram antes do tempo normal de gravidez, mais coletas deverão ser feitas 120 dias após a data de nascimento e, em caso de transfusão de sangue, mais uma 120 dias depois da última transfusão.

Quais doenças podem ser detectadas pelo teste do pezinho?

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Por ser um exame preliminar, a aparição de suspeitas de alguma doença durante o teste do pezinho pode gerar necessidade de investigações mais aprofundadas sobre cada caso. O exame é obrigatório e gratuito no Brasil desde 1992 e possui três versões disponíveis: uma básica e duas ampliadas.

A versão básica é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também pela rede privada de atendimento médico-hospitalar. Essa triagem é capaz de identificar seis tipos de doença. São elas:

  • Fenilcetonúria: doença genética caracterizada pela incapacidade do organismo de produzir o aminoácido tirosina, o que pode acarretar em deficiência intelectual.
  • Fibrose cística: doença genética que compromete o funcionamento das glândulas exócrinas, responsáveis por produzir muco, suor e enzimas pancreáticas.
  • Hiperplasia adrenal congênita: conjunto de alterações congênitas que reduzem a produção de hormônios nas glândulas adrenais e afetam o crescimento normal da criança. 
  • Hipotireoidismo congênito: doença congênita que impede a glândula da tireoide de produzir a quantidade adequada de hormônios e deixa os processos metabólicos mais lentos.
  • Deficiência de biotinidase: deficiência que impede o organismo de aproveitar a vitamina biotina presente nos alimentos. Essa condição interfere diretamente no desenvolvimento intelectual das crianças.
  • Anemia falciforme: doença causada por uma alteração na estrutura da molécula de hemoglobina. Compromete o transporte de oxigênio no sangue e provoca graves prejuízos a diferentes tecidos e órgãos. 

Qual a vantagem do teste ampliado?

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

Por ser um teste obrigatório no Brasil, é determinado que a própria equipe médica oriente os pais sobre a importância da realização do teste do pezinho após o parto. Apesar da versão básica do exame cumprir um importante papel e ajudar na previsão de diversas doenças, ela não detecta todos os tipos de enfermidade.

Para isso, algumas instituições privadas oferecem versões mais amplas do exame, com a possibilidade de um maior número de diagnósticos. Outras doenças que também podem ser encontradas por meio do teste ampliado são:

  • Galactosemia
  • Toxoplasmose congênita
  • Deficiência de G6PD
  • Rubéola congênita
  • Doença de Chagas
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