Ciência
30/11/2021 às 02:00•2 min de leitura
Publicadas pela primeira vez em 1687, as três Leis de Newton foram responsáveis por fundamentar os conceitos da Mecânica Clássica, deixando um enorme legado para o campo científico. A obra do físico inglês, Isaac Newton (1643-1727), foi apresentada em três volumes intitulados Princípios Matemáticos da Filosofia Natural, e até hoje tem enorme relevância.
Essa também foi a primeira vez que a física se mostrou capaz de criar equações matemáticas para explicar fenômenos naturais, como a trajetória de asteroides e a movimentação das marés. Juntas, as três Leis de Newton são usadas para descrever a dinâmica dos corpos ou as causas que alteram seu estado de movimento. Então, vamos entender um pouco mais sobre cada uma delas e saber como elas podem ser aplicadas no nosso cotidiano.
(Fonte: Shutterstock)
A primeira Lei de Newton, também conhecida como Lei da Inércia, pode ser explicada pelo seu enunciado original: “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele”, escreveu Isaac Newton.
Isso quer dizer que, a menos que exista uma força resultante não nula sendo aplicada sobre um corpo, ele deverá ser mantido em repouso ou continuar na sua movimentação original em velocidade constante.
Um exemplo claro disso é quando estamos dentro de um carro e o motorista pisa no acelerador. Embora o veículo esteja acelerando, sentimos o nosso corpo sendo comprimido contra o banco. Isso nada mais é do que a expressão da inércia, visto que nós temos a tendência de permanecer em uma velocidade constante enquanto o carro muda sua trajetória.
Porém, vale ressaltar que a Lei da Inércia nem sempre é intuitiva. Por exemplo, quando arremessamos uma bola, ela deveria continuar rolando na mesma direção eternamente até encontrar uma barreira, certo? O que acontece, entretanto, é que a bola está sujeita à força do atrito de qualquer superfície ou do vento, o que desacelera o objeto continuamente.
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A segunda Lei de Newton tem inúmeros nomes, como Lei da Superposição de Forças ou Princípio Fundamental da Dinâmica. Segundo Newton, “a mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida e é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é aplicada”.
Isso significa que um objeto só apresentará aceleração e movimento caso o resultado das forças aplicadas em seu corpo seja diferente de nulo, além do fato de que a movimentação sempre se dará para o mesmo lado do vetor da força resultante — determinada por qual lado “empurra com mais intensidade”.
É por isso que, quando empurramos uma parede ou um carro com freio de mão puxado, não conseguimos movê-los, dado que nem toda força consegue produzir movimento.
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A terceira Lei de Newton acaba sendo uma das mais famosas criadas pelo físico e deu origem a diversos ditados populares, como “você colhe o que plantou” ou “aqui se faz, aqui se paga”. Mas o que isso tem a ver com a física? De acordo com Newton, toda ação produzida resultará em uma reação de mesma direção e mesmo valor no sentido oposto.
Portanto, quando empurramos um objeto, podemos sentir que ele também está nos empurrando na mesma proporção, fazendo com que a movimentação dependa principalmente da massa das duas forças. Sendo assim, você é quem vai se movimentar caso tente empurrar algo mais pesado que a força aplicada pelo seu corpo.