Artes/cultura
08/02/2022 às 12:00•2 min de leitura
Os sóis dos buracos negros são conhecidos pela ciência como uma quase-estrela que, diferente das estrelas modernas, mantidas pela fusão nuclear em seus núcleos, a energia delas vêm de um material dragado por um buraco negro central.
Estima-se que elas tenham sido formadas nos primórdios do Universo, quando a matéria estava densamente compactada e a maior parte do material da galáxia era o hidrogênio e o hélio — visto que outro material seria um problema para sua existência —, portanto, nunca mais poderiam existir porque o Universo continua a se expandir, e o que veríamos seria apenas seus cadáveres viajando a anos-luz.
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(Fonte: Jornal GGN/Reprodução)
Ainda que a ideia de existência de quase-estrelas seja considerada altamente teórica, há um motivo para ela existir. Elas são normalmente confundidas com os quasares — objetos luminosos e energéticos existentes nos confins do Universo, criados pela atividade de um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia. Eles são núcleos ativos maiores do que uma estrela existente, mas menores do que o mínimo para serem considerados uma galáxia.
Os quasares são os centros das galáxias com um núcleo ativo, enquanto as quase-estrelas são apenas estrelas que, muito embora sejam massivas, ainda são muito pequenas para rivalizarem com uma galáxia em tamanho, apesar de carregarem a mesma quantidade de massa que uma galáxia pequena.
(Fonte: Daily Express/Reprodução)
Estima-se que o tamanho de uma quase-estrela poderia alcançar até 10 bilhões de quilômetros, o equivalente a 67 UA (Unidade Astronômica: a distância da Terra com relação ao Sol). Plutão, por exemplo, está a cerca de 40 UA do Sol, e a sonda New Horizons levou 10 anos para ir do nosso planeta até Plutão, o que levaria mais cerca de 5 anos para chegar perto deu uma quase-estrela.
Apesar disso, a quase-estrela não é maior que o Sistema Solar, mesmo que nem a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) tenha esse tipo de resposta de maneira definitiva, e isso considerando sua distância com a heliopausa, a fronteira mais extrema do nosso sistema.
(Fonte: Medium/Reprodução)
Acredita-se que uma quase-estrela teria sido formada no momento em que uma grande protoestrela (uma candidata a se tornar estrela) teria se desmoronado sobre si mesma com seu núcleo de grandes dimensões, se tornando um buraco negro no processo devido as suas camadas mais externas serem massivas o bastante para absorverem a implosão de energia sem serem repelidas — como acontece com as atuais supernovas quando chegam ao fim de suas vidas.
É por isso que foi atribuído às quase-estrelas uma das explicações para a origem do buraco negro supermassivo, os centros de muitas galáxias. A outra hipótese é de que seria uma estrela supermassiva, que teria 17 vezes a massa do Sol, com uma temperatura média de cerca de 29,7 mil graus Celsius. Esse tipo de estrela também não existe mais.