Sistema de defesa planetária registra novas — e incríveis — fotos da Lua

16/01/2023 às 06:302 min de leitura

Durante a 241ª reunião da American Astronomical Society (AAS) em Seattle, Estados Unidos, cientistas apresentaram imagens surpreendentes da Lua capturadas por um protótipo de sistema de radar utilizado para defesa planetária. As fotos, definidas em alta resolução, mostram detalhes nunca vistos do satélite natural e destacam o local de pouso da Apollo 15 em 1971, primeira missão do programa planejada para uma estadia mais duradoura. 

O equipamento foi desenvolvido em parceria entre o National Radio Astronomy Observatory (NRAO), o Green Bank Observatory (GBO) e a Raytheon Intelligence & Space (RIS). Até o momento, o projeto se encontra em estágios intermediários de desenvolvimento, mas já conta com um sistema de estudo de corpos celestes de última geração e com um transmissor de 700 watts de potência. Dessa forma, foi possível registrar uma foto com resolução de 5m da Cratera Tycho — a imagem da Lua com maior qualidade já tirada da Terra.

Segundo os pesquisadores, as imagens foram realizadas por meio do Green Bank Telescope (GBT) em West Virginia. Com 100 metros de diâmetro, o maior radiotelescópio orientável do planeta disparou ondas de rádio que serviram como uma espécie de flash para o satélite e que favoreceram a identificação de quatro radiotelescópios de 25 metros de largura no Very Long Baseline Array em Hilo, Havaí. Confira abaixo as imagens:

(Fonte: NRAO / Reprodução)(Fonte: NRAO / Reprodução)

(Fonte: NRAO / Reprodução)(Fonte: NRAO / Reprodução)

(Fonte: NRAO / Reprodução)(Fonte: NRAO / Reprodução)

GBT é o novo Arecibo?

Além de fotografar a Lua, o GBT também foi capaz de capturar dados sobre um asteroide de aproximadamente 1km de diâmetro que passou próximo da Terra, a uma distância cinco vezes maior que o trecho entre o planeta e o satélite. Através dessa análise, foi detectado que a rocha seria potencialmente perigosa, mas não com a possibilidade de gerar danos na Terra ou de resultar em um impacto em larga escala.

Segundo Patrick Taylor, chefe da divisão de radar do Green Bank Observatory e do National Radio Astronomy Observatory (NRAO), o instrumento poderia transmitir informações com uma potência até 700 vezes maior que a do protótipo, caso houvesse um desenvolvimento mais avançado. Assim, os cientistas o utilizariam não apenas para medir características de asteroides ou identificar a composição de ondas de luz, mas também preparar estudos geológicos da Lua e caçar detritos espaciais com alta eficiência.

Caso esse objetivo de longo prazo ocorresse, o GBT poderia substituir o famoso Observatório de Arecibo em Porto Rico, considerado o maior radiotelescópio do planeta antes de seu colapso em 2020. "Com o sistema de alta potência, poderíamos estudar mais objetos muito mais longe", conclui Patrick. "Quando se trata de desenvolver estratégias para possíveis impactos, ter mais tempo de alerta é tudo."

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