Ciência
12/03/2023 às 11:00•2 min de leitura
Teorias pseudocientíficas são ideias apresentadas como ciência, mas que não possuem comprovação empírica, nem fundamentação teórica adequada. Apesar de não serem verdadeiras, muitas delas possuem um apelo baseado em crenças e preconceitos que as pessoas já possuíam, então acabam se tornando populares. Listamos aqui 6 teorias pseudocientíficas que merecem ser exterminadas para sempre
Frenologia foi a base do racismo científico. (Fonte: Getty Images)
Popular no século XIX, essa teoria afirmava ser possível determinar a personalidade e o comportamento humano através da medição e análise das formas do crânio. No entanto, não há nenhuma evidência científica que a sustente. A frenologia foi amplamente criticada por sua falta de rigor científico, por promover estereótipos e ser a base do racismo científico.
Teoria é baseada em estudo repleto de falhas. (Fonte: Getty Images)
Dentre as pseudociências mais perigosas está a teoria de que vacinas causam autismo. Ela foi popularizada pelo médico Andrew Wakefield em 1998, quando publicou um estudo na revista The Lancet que associava a vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) ao autismo. No entanto, o estudo foi amplamente criticado por sua metodologia falha e conflitos de interesse financeiros de Wakefield. Vários estudos subsequentes realizados por instituições médicas confiáveis não encontraram nenhuma evidência de uma conexão entre vacinas e autismo.
Racismo está na base dessa teoria. (Fonte: Getty Images)
Apesar de parecer inofensiva, essa teoria esconde uma boa dose de racismo. Baseada na ideia de que as grandes realizações da civilização humana, como as pirâmides egípcias e as ruínas maias, foram criadas com a ajuda de seres extraterrestres avançados, essa teoria se baseia na ideia de que povos não europeus não teriam inteligência ou capacidade técnica para realizar tais feitos. Obviamente, não há nenhuma evidência que corrobore tais afirmações.
Interpretação de emoções é algo subjetivo. (Fonte: Getty Images)
A teoria das microexpressões faciais sugere que é possível identificar emoções ocultas por meio de expressões faciais muito sutis e rápidas. No entanto, essa teoria não é considerada científica pela comunidade acadêmica, já que há poucas evidências empíricas que comprovem sua eficácia. Além disso, esse tipo de interpretação é altamente subjetiva, dependendo da experiência pessoal do observador. Portanto, apesar de ser popular, ela é considerada pseudocientífica e não deve ser utilizada em contextos científicos ou jurídicos.
Teste de polígrafo é manipulável. (Fonte: Getty Images)
O polígrafo, também conhecido como detector de mentiras, é um aparelho baseado em uma teoria que afirma ser possível detectar se alguém está mentindo através da análise de suas reações fisiológicas. No entanto, essa não é uma ferramenta confiável já que pode ser manipulada. É por isso que os resultados do polígrafo não são aceitos como evidência em tribunais.
Pensamento mágico e positividade tóxica se encontram nessa teoria. (Fonte: Getty Images)
A ideia desse tipo de teoria é que, ao pensar positivamente e visualizar a cura de uma doença, é possível alterar a realidade em um "nível quântico" e, portanto, curar o enfermo. No entanto, não há evidências de que a mente humana seja capaz de afetar o mundo físico. Além disso, o termo "quântico" é frequentemente usado de maneira errônea e fora de contexto. Em última análise, a teoria da cura quântica é uma forma de "pensamento mágico" que não tem nenhum fundamento científico sólido.