Artes/cultura
18/07/2023 às 08:00•2 min de leitura
Se hoje as ameaças nucleares são o maior medo da humanidade para uma potencial Terceira Guerra Mundial, toda essa história precisou nascer em algum lugar. O responsável pelo início do movimento nuclear foi J. Robert Oppenheimer, o físico teórico americano responsável por liderar o desenvolvimento da primeira bomba atômica do mundo.
No entanto, engana-se quem pensa que a vida de Oppenheimer foi apenas conduzir testes em laboratório e trabalhar infinitamente com números. Na realidade, o cientista possuía uma vida bastante agitada e com feitos completamente intrigantes. Conheça cinco históricas marcantes sobre a vida de Robert Oppenheimer!
(Fonte: GettyImages)
Oppenheimer era um pesquisador incansável e sempre gostou de levar sua mente até o limite de onde sua curiosidade podia levá-la. Depois de ter sido apresentado à astrofísica, o cientista passou a publicar artigos sobre objetos cósmicos teorizados e que ainda não haviam sido descobertos.
Uma das previsões astrofísicas mais intrigantes do pesquisador talvez tenha ocorrido em 1939, quando ele coescreveu "On Continued Gravitational Contraction". O artigo previa que, nas profundezas do espaço, deveria existir estrelas cuja atração gravitacional excedia sua produção de energia. Sendo assim, foi uma das primeiras pessoas a pensar na existência de buracos negros.
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Embora fosse considerado um gênio científico, Oppenheimer era uma pessoa de imaturidade emocional e ingenuidade política. Talvez por esses motivos, ele acabou entrando em um desentendimento com Albert Einstein. Depois de esbarrar com o gênio da relatividade no Instituto de Estudos Avançados de Princeton, ele falou com seu colega sobre os crescentes esforços para revogar sua credencial de segurança.
Einstein rapidamente o aconselhou a não se submeter a uma exaustiva investigação pela Comissão de Energia Atômica, mas Oppenheimer decidiu ignorá-lo. Então, Einstein teria caminhado até seu escritório, onde chamou o teórico norte-americano de "tolo".
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Oppenheimer poderia até ser uma pessoa persuasiva em ambientes descontraídos, mas sempre cedia sob pressão. Dois meses após o lançamento das bombas atômicas que destruíram Hiroshima e Nagasaki, ele foi convidado para uma reunião com o presidente Harry S. Truman na Casa Branca para discutir suas preocupações sobre uma possível guerra nuclear com a União Soviética.
Truman ignorou as falar de Oppenheimer, garantindo ao físico que os soviéticos nunca seriam capazes de desenvolver uma bomba atômica. O pesquisador prontamente respondeu que sentia "ter sangue em suas mãos", o que incomodou o líder norte-americano. Nos bastidores, Truman chamava o cientista de "bebê chorão".
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Visto como um físico verbal por temperamento, Oppenheimer nunca dependeu da matemática para entender o mundo. Sempre procurando maneiras úteis de descrever seus sentimentos com palavras, tornou-se um orador cativante e erudito em tópicos que iam muito além da física.
Ele era tão talentoso em criar frases marcantes que sempre acabou cativando seus alunos em sala de aula. Alguns desses estudantes ficaram tão impressionados por seu professor que começaram a se vestir e agir como ele. O grupo de seguidores ficou conhecido como "nim nim boys".
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Em 1936, Robert Oppenheimer se apaixonou por Jean Tatlock, um amor que continuou mesmo que ele estivesse casado com Katherine Puening. No entanto, o romance acabou com a morte de Tatlock em 1944 — aparentemente por conta de uma overdose de drogas.
Tatlock, durante sua vida, havia apresentado os poemas de John Donne para o pesquisador. Oppenheimer, então, extraiu de um desses poemas o codinome "Trinity" utilizado no primeiro teste de uma bomba atômica no mundo.