99% do ouro existente na Terra está no núcleo do planeta

03/09/2023 às 12:002 min de leitura

Se o seu plano é ficar milionário, saiba que nesse momento você está exatamente sobre uma mina de ouro das grandes. Contudo, alcançar essa quantidade de dinheiro pode ser impossível. O motivo? Segundo um novo estudo, há tanto ouro em nosso planeta que seria possível cobrir cada pedaço de terra no mundo até uma profundidade de 50 centímetros usando somente esse metal precioso.

Então, por que consideramos o ouro algo tão precioso assim? De acordo com os pesquisadores, essa quantidade absurda de ouro afundou no núcleo do planeta, permanecendo fora do alcance até mesmo dos mineradores mais ambiciosos que já existiram. Entenda mais sobre esse assunto nos próximos parágrafos!

Composição nuclear

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

O núcleo da Terra é composto principalmente por ferro e níquel, algo que foi estabelecido pela ciência a partir da forma como as ondas sísmicas dos terremotos passam por lá. Contudo, existem "impurezas" no núcleo, tornando a sua presença conhecida pela alteração na densidade — mas muito raras para serem identificadas.

Exemplos disso são urânio e tório, os quais são tão radioativos que contribuem para as altas temperaturas no centro da Terra. Sendo assim, a quantidade dessas impurezas, incluindo metais preciosos, permaneceu um mistério para pesquisadores por muitos anos. No entanto, um estudo feito em 2006 decidiu encontrar uma forma de estimá-la. 

O grupo de pesquisadores indicou que certos asteroides provavelmente têm uma composição de núcleo bastante parecida à Terra como um todo, uma vez que se formaram na mesma parte do disco protoplanetário. Logo, ao medir a composição dos meteoritos condritos carbonáceos, que vêm desses asteroides, deveríamos ser capazes de calcular quanto de cada elemento existe no nosso mundo.

Se subtrairmos as concentrações na crosta e no mando do planeta, das quais temos conhecimento direto, seria então possível encontrar esses números. Embora esses dados sejam uma mera suposição, eles conseguem nos dar uma noção do que pode estar rolando abaixo de nós.

Ouro para todo lado

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Um estudo liderado pelo professor Bernard Wood, da Universidade Macquarie, criou um modelo capaz de verificar a disponibilidade de elementos no mundo. Para isso, a equipe de pesquisa observou que os elementos que não se dissolvem no ferro líquido não seriam incorporados ao núcleo.

Consequentemente, esses elementos tendem a ser muito mais abundantes na crosta terrestre do que esperaríamos se o planeta fosse homogêneo. Mas vamos ao que interessa: onde está o ouro? Se o ouro é tão raro aqui na superfície, no núcleo de nosso mundo ele é muito mais abundante do que poderíamos imaginar.

"Podemos afirmar que mais de 99% de todo o ouro da Terra está em seu núcleo", declarou Wood em entrevista à ABC. A mesma lógica indica que asteroides sobreviventes, particularmente aqueles que se pensa representarem os núcleos de planetas como o nosso, provavelmente retêm grandes quantidades destes elementos em seus próprios núcleos.

Sendo assim, podemos dizer que o ouro nem é um metal tão precioso e raro assim, existindo em abundância por aí. O problema, no entanto, é que ele está muito longe de nosso alcance. 

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