Nobel 2013: confira a lista dos laureados com o prêmio

15/10/2013 às 07:093 min de leitura

E pensar que o Prêmio Nobel provavelmente deve sua origem a um engano jornalístico. Ao ler o obituário de um jornal francês que tratava da morte de seu irmão como se fosse a sua, Alfred Nobel — famoso pela invenção da dinamite — ficou chocado ao encontrar o epíteto “mercador da morte” associado ao seu nome.

Disso surgiu um desejo expresso em testamento: uma parte substancial da sua fortuna deveria ser direcionada para a criação de uma instituição que laureasse os seres humanos que mais contribuíssem para o avanço da humanidade em diversas áreas, independentemente de sua nacionalidade, gênero ou etnia.

 />Alfred Nobel deixa 94% de sua fortuna para a instituição do Prêmio Nobel. Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Há mais de um século

Dessa forma, desde 1901, data da criação da Fundação Nobel, nomes como Albert Einstein, Marie Curie, Alexander Fleming e Anjezë Gonxhe Bojaxhiu (a Madre Teresa de Calcutá) têm figurado em uma lista que, apesar das críticas, oferece o devido reconhecimento a figuras notáveis por sua contribuição para a física, química, fisiologia e medicina, literatura, paz e economia — prêmio este que, na verdade, não faz parte do projeto inicial de Nobel e nem diz respeito à instituição à qual o cientista empresta seu nome.

 />Alfred Nobel: uma surpresa ingrata ao ler um obituário Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Mas e edição de 2013 do prêmio pode ser considerada particularmente notável. Incluiu-se dessa vez, por exemplo, os nomes de Peter Higgs e Francois Englert, por conta da descoberta da famosa “partícula de Deus”, o Bóson de Higgs. A ocasião também marca o retorno de um laureado canadense para a literatura, algo que não ocorria desde 1976. De fato, Alice Munro é considerada por alguns como o “Chekhov” do seu tempo.

Confira a lista completa dos premiados abaixo.

Medicina

 />Fonte da imagem: Reprodução/NobelPrize

James Rothman, Randy Schekman e Thomas Südhof foram laureados pela descoberta do que se poderia chamar “guardiões celulares”. Trata-se das estruturas responsáveis por regular os processos de troca a célula e o meio externo. Sheckman identificou os genes responsáveis pelo controle de entradas e saídas; Rothman descobriu as proteínas que transferem as cargas para as vesículas; e Südhof identificou os sinais que mediam o transporte vesicular.

Física

 />Fonte da imagem: Reprodução/NobelPrize

O Bóson de Higgs — a “partícula de Deus” — surpreendeu tanto a comunidade científica quanto grande parte dos leigos (aquela que consegue amarrar os sapatos, pelo menos) em março deste ano, considerou-se, para fins de premiação, que ainda era “muito cedo”. Bem, já não é mais. Neste anos o Nobel premiou Peter Higgs e François Englert pelo feito.

 />Grande Colisor de Hádrons, no CERN Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

A partícula foi prevista por Higgs em 1965, permanecendo até recentemente como uma estrutura teórica capaz de explicar como teria sido possível passar da “sopa” indistinta do Big Bang para a sistematicidade encontrada em estrelas e planetas. O Bóson de Higgs foi obtido na prática em março deste ano por meio do Grande Colisor de Hádrons do CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear).

Química

 />Fonte da imagem: Reprodução/NobelPrize

Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel foram laureados com o Nobel pelo desenvolvimento de um programa de computador capaz de estabelecer uma ponte entre a ciência teórica e os experimentos de laboratório. Antes do software, os cientistas precisavam optar entre reações baseadas nos modelos newtonianos ou na física quântica — e jamais ambas.

 />Software pode ajudar a descobrir novos remédios. Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

O programa permite simular reações químicas de quaisquer complexidades, com ajustes de parâmetros. A ferramenta pode tanto servir para criar novas drogas quanto para lecionar química básica.

Literatura

 />Fonte da imagem: Reprodução/NobelPrize

O Nobel não premiava um escritor canadense desde 1976, algo que se quebrou este ano. Alice Munro foi premiada por seus contos e por sua habilidade de “capturar as nuances da alma humana” e capacidades afins. “A complexidade das coisas - coisas dentro de coisas - simplesmente parece sem fim. Quero dizer, nada é fácil, nada é simples”, disse a ganhadora em determinada ocasião.

Paz

 />Fonte da imagem: Reprodução/NobelPrize

Eis o prêmio-mor da filantropia e do politicamente correto — o qual já agraciou a própria Madre Teresa de Calcutá. O prêmio de 2013 foi para a Organização de Proibição de Armamentos Químicos (OPCW, na sigla em inglês), por conta de seus esforços para, bem, reduzir armamentos químicos.

 />Diretor geral da OPCW, Ahmet Üzümcü, em discurso por ocasião do Nobel. Fonte da imagem: Reprodução/OPCW

Recentemente, a OPCW marcou presença na Síria por conta dos ataques utilizando o gás sarin ocorridos em agosto. Trata-se, além de reconhecer os esforços da organização, de chamar a atenção para que mesmo as nações mais desenvolvidas deem um fim às suas reservas de armas químicas.

Ciências econômicas

 />Fonte da imagem: Reprodução/NobelPrize

Conforme dito anteriormente, a nominação em economia não está diretamente associado à Fundação Nobel. Na verdade, o nome “correto” do laurel em questão é “Prêmio do Banco Central da Suécia de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel”.

 />Fonte da imagem: Reprodução/Wikimedia Commons

Em 2013, foram laureados três professores estadunidenses: Eugena Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller, por sua descoberta relacionada à previsibilidade da flutuação de ações no longo prazo.

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