Estilo de vida
20/03/2024 às 16:15•2 min de leituraAtualizado em 21/03/2024 às 15:36
Nesta quarta-feira, 20 de março, iniciou a partir das 0h06 da madrugada, o equinócio de outono de 2024, aqui no Hemisfério Sul do planeta. Na mesma hora, teve também início, no Hemisfério Norte, o equinócio da primavera. Derivado das palavras latinas aequus (igual) e nox (noite), o evento astronômico se caracteriza por um momento de transição e equilíbrio entre luz e escuridão.
Durante os dois equinócios, a duração dos dias e das noites é, pelo menos teoricamente, a mesma. Dessa forma, a Terra deveria receber, durante esse período, 12 horas de luz solar e 12 horas de escuridão em todos os lugares do planeta. Na prática, no entanto, isso depende de alguns fatores, como refração atmosférica (que às vezes faz o Sol parecer mais alto), a localização geográfica e a inclinação da eclíptica (trajetória aparente do Sol).
Apesar de representarem momentos de equilíbrio entre dias e noites, os equinócios têm impactos climáticos e implicações simbólicas diferentes. No caso do Brasil, é um momento marcado por redução nas temperaturas, quedas das folhas das árvores (geralmente no meio do outono), redução das chuvas e colheita de legumes, verduras e, principalmente, frutas.
As estações do ano são fenômenos cíclicos causados pela inclinação do eixo central da Terra, que faz um ângulo de 23,5° em relação ao seu plano orbital ao redor do Sol. Isso faz com que a luz solar atinja regiões diferentes do planeta, com intensidades desiguais ao longo do ano. Ou seja, enquanto um hemisfério da Terra se inclina em direção ao Sol, o outro se inclina para mais longe.
Para descobrimos a data e a hora exata do início e fim das estações do ano, os astrônomos realizam um cálculo matemático preciso, que permite que saibamos com antecedência a ocorrência dos equinócios, e também dos solstícios, com vários anos de antecedência. O mesmo não ocorre com o clima que, embora sinalizado pela estação, nem sempre chega em determinadas regiões.
As datas também ocorrem em dias variados, pois são fixadas por cálculos dos astrônomos a partir de posições específicas que a Terra ocupa em seu movimento de rotação em volta do Sol. Esse tempo dura cerca de 365,24 dias, o equivalente a 365 dias, 5 horas e 45 minutos. E é essa pequena diferença, zerada nos anos bissextos, como o atual, que causa as diferenças no começo/fim das estações de um ano para outro.
Se os equinócios representam a manutenção do equilíbrio do eixo da Terra, os solstícios assinalam os pontos onde a inclinação do eixo planetário em relação ao Sol é maior. No solstício de inverno, que ocorrerá no dia 20 de junho no Brasil, o hemisfério sul irá receber uma menor quantidade de luz solar, enquanto no hemisfério norte estará ocorrendo o solstício de verão, com direito a muito sol, férias e comemorações.
Atualmente irrelevante para marcação do clima no planeta, que segue às vezes uma lógica própria, a divisão do ano em estações, com equinócios e solstícios, continua sendo um fenômeno importante para os humanos. Compreender a lógica própria das estações permite que cada um se prepare para receber os recursos naturais oferecidos, na busca por uma melhor qualidade de vida.
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