Artes/cultura
16/09/2022 às 12:30•2 min de leitura
Muitas vezes a física sofre ao ser condensada ou resumida para ser explicada de maneira mais simples. Embora isso facilite a sua compreensão, em alguns casos pode levar as pessoas a interpretarem certos conceitos de maneira equivocada. Abaixo, listamos quatro interpretações erradas que muitas vezes acontecem ao se falar de física.
(Fonte: Gettyimages)
Quem já viu imagens de astronautas na Estação Espacial Internacional (ISS), deve ter reparado que eles costumam flutuar de um canto para o outro. E muitas pessoas acreditam que isso acontece devido à ausência de gravidade por lá. Porém, o que acontece é algo bastante diferente.
A ISS está em órbita ao redor da Terra. Isso significa que ela se mantém com uma velocidade constante no espaço. Essa velocidade é um ponto de equilíbrio: se diminuir um pouco, ela será atraída de volta para o planeta; se acelerar, ela pode escapar da força da gravidade e ficar vagando pelo espaço. Isso faz com que os astronautas fiquem nesta condição de órbita com a estação. Ou seja, eles estão em queda livre no espaço, o que cria a falsa sensação de gravidade zero.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A história que explica como o físico Isaac Newton descreveu a gravidade é amplamente conhecida. Ele estava descansando sob a sombra de uma macieira, quando uma maçã teria caído em sua cabeça. Ele teria, então, começado a se questionar sobre o que fez a fruta cair e por que todos os objetos caem em direção à Terra.
Embora o questionamento tenha realmente acontecido, a história foi um pouco diferente. Newton realmente estava descansando em uma macieira quando começou a reparar nas frutas caindo de outras árvores. Foi assim que ele se perguntou por que a maçã sempre caia perpendicularmente ao chão, e não flutuavam para os lados ou para cima. Além disso, embora a história costume associar o evento a uma conclusão imediata, foram necessárias duas décadas, até que Newton publicasse o livro The Mathematical Principles of Natural Philosophy. É nele que o físico descreve suas três leis do movimento.
(Fonte: Gettyimages)
A imagem de elétrons circulando um átomo é bastante conhecida, mesmo por pessoas que não entendem muito de física ou química. Ela mostra elétrons viajando ao redor do núcleo de um átomo de maneira semelhante a um planeta que viaja ao redor do sol. Mas, novamente, a realidade é um tanto distante disso.
Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr propôs um modelo no qual prótons carregados positivamente e nêutrons não carregados são mantidos juntos no núcleo do átomo. Além disso, existem elétrons carregados negativamente circulando o núcleo em órbitas concêntricas. O problema é que a física quântica acabou mostrando que os elétrons não existem desta maneira.
Em vez de se moverem em círculos perfeitos, eles permanecem ao redor do núcleo como ondas, chamadas orbitais. Essas ondas vibram em diferentes frequências e não têm trajetórias definidas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Não é raro ver a construção da bomba atômica ser relacionada ao físico alemão Albert Einstein. Isso acontece porque o seu estudo que demonstra a equivalência de massa e energia — resumida na equação E=mc² — foi usado para desenvolver armas atômicas. Em 1939, os químicos alemães Otto Hahn e Fritz Strassman e a física austríaca Lise Meitner anunciaram haverem alcançado a fissão nuclear.
Einstein foi alertado que as forças alemãs poderiam utilizar urânio encontrado em colônias belgas na África para construir armas atômicas. Ele assinou uma carta encaminhada à rainha belga pedindo para que o material não fosse entregue aos alemães e sim para os Estados Unidos. A carta foi entregue também ao presidente Franklin Roosevelt e a assinatura de Einstein sem dúvida ajudou a transmitir a importância do assunto. O presidente acabou aprovando a pesquisa e o financiamento para lançar o que foi essencialmente o antecessor do Projeto Manhattan, embora Einstein nunca tenha participado dele.