
Estilo de vida
15/09/2023 às 06:30•2 min de leitura
Algum dia alguém já disse que você tem um chulé, bafo, ou até mesmo o famoso CC, mas que você nunca conseguiu sentir por conta própria? Em geral, os seres humanos são programados para ter essa espécie de "cegueira nasal", nos impossibilitando de conseguir sentir o próprio cheiro tão bem quanto o das outras pessoas.
E qual é o motivo disso acontecer? Apesar do olfato humano ser relativamente potente — mesmo que nem de perto tão fantástico quanto o de outros animais —, nós podemos ficar insensíveis a um cheiro específico. Esse fenômeno é chamado de "fadiga por odor", que acontece quando os nossos sentidos já estão exaustos por odores familiares.
(Fonte: Getty Images)
Em 2014, um estudo revelou que os humanos são capazes de discriminar mais de um trilhão de cheiros. Entre eles estão os nossos próprios odores corporais, o cheiro do perfume que usamos cotidianamente, o odor produzido pelos produtos de higiene que usamos na hora do banho, odores comuns das nossas residências e por aí vai.
No entanto, se ficássemos detectando esses mesmos cheiros 24 horas por dia, estaríamos simplesmente desperdiçando nosso olfato. Por esse motivo, nosso cérebro decide ignorar os odores mais comuns na nossa vida. Ao fim do dia, esse sentido está completamente exausto por todos os cheiros familiares — ao ponto de decidir parar de detectá-los. É por isso que o fenômeno chama-se fadiga por odor.
No passado, algumas pesquisas colocaram purificadores de ar no quarto de voluntários para determinar qual efeito o aparelho causaria. O estudo concluiu que, após o período de testes, as pessoas pararam de sentir o cheiro da brisa tropical do verão — que estava sendo emulada pelo purificador de ar.
“O que parece acontecer na adaptação a longo prazo é que os receptores que normalmente responderiam a esses cheiros quase se desligam depois de serem bombardeados por algumas semanas”, disse a psicóloga do Monell Chemical Senses Center, Pamela Dalton, ao Washington Post.
(Fonte: Getty Images)
Naquela época, Dalton ressaltou que fenômenos semelhantes à fadiga por odor não acontecem em outros sentidos, como visão ou audição. Um ser humano pode até se adaptar a um som ou visão, mas geralmente esses sistemas se recuperam muito rapidamente após uma falha. O olfato, por sua vez, pode levar de duas a três semanas para recuperar sua sensibilidade.
Até existem casos em que as pessoas conseguem cheirar a si mesmas, sobretudo quando estamos tão sintonizados com nosso odor corporal único que qualquer alteração no nosso cheiro pode soar como um tapa na cara. Por exemplo, se você passou por um dia excepcionalmente quente e suou bastante, talvez a mudança no seu cheiro seja tão rápida que você conseguirá senti-la.
Porém, é preciso ter cuidado: se você está conseguindo perceber que está cheirando mal, é bem provável que as pessoas ao seu redor estejam sofrendo ainda mais com essa situação.
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