Ciência
17/12/2020 às 04:00•4 min de leitura
Conhecida como a “casa mais solitária do mundo”, uma misteriosa edificação horizontal branca é o único indício da ação humana na ilha remota de Elliðaey, localizada na costa sul da Islândia, e vem chamando a atenção de diversas pessoas nas redes sociais após suas imagens viralizarem.
A ilha de Elliðaey é uma pequena região de apenas 0,44 km² e faz parte do arquipélago vulcânico de Vestmannaeyjar, que compreende 14 ilhas, 30 ilhéus e cerca de 30 grandes rochedos emergindo do mar. Possuindo uma paisagem incrível, especialmente para os fãs de fotografia e de cartões-postais de áreas banhadas pelo oceano, o local é a escolha perfeita para quem deseja viver em isolamento total. E aparentemente foi isso que os construtores da solitária casa pensaram.
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Por ser abrigo de petréis e diversas outras espécies de aves marinhas, a ilha é considerada uma importante reserva natural e área de proteção ambiental, mas sua localização não contribui para impedir a caça predatória, altamente praticada por grupos que visitam Elliðaey periodicamente.
Com o passar dos anos, muitos entusiastas passaram a criar teorias da conspiração, que afirmam que a casa seria um abrigo para um possível apocalipse zumbi e até mesmo propriedade de um fanático religioso, relacionando-a, inclusive, à cantora islandesa Björk, que supostamente teria entrado em negociações para comprar Elliðaey. Por fim, todas as lendas foram constatadas como falsas.
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Até o início da década de 1930, a casa foi habitada por diversas famílias que a mantiveram em boas condições. Porém, as pessoas passaram a deixar constantemente o local para crescer profissional e socialmente, já que o território não oferece as melhores condições para o enriquecimento, inserção no mercado de trabalho ou convívio com outros habitantes.
Os antigos moradores retornavam constantemente para resgatar os maiores tesouros registrados na área: as espécies animais. Com isso, historiadores acreditam que o processo pendular entre a cidade e a ilha deu início às atividades predatórias, atraindo cada vez mais caçadores e, posteriormente, fundando a Associação de Caça de Elliðaey, em 1950.
Atualmente, não há registros de moradores na região ou de energia elétrica, apenas de um sistema de coleta de água da chuva que está em funcionamento.