7 perigos da pílula anticoncepcional

14/08/2017 às 02:003 min de leitura

No final da década de 1950, a descoberta de um efeito colateral no remédio Enovid deu início a uma verdadeira revolução. Mulheres passaram a usar a medicação, que causava a suspensão temporária da fertilidade.

Não demorou muito para que o primeiro anticoncepcional de via oral, a famosa pílula, ganhasse o mercado, prometendo controle da natalidade e liberdade sexual.

Com a popularidade, também vieram diversos relatos de problemas e até mesmo mortes causadas pelo medicamento. Em virtude da praticidade e da facilidade em adquirir as pílulas anticoncepcionais, muitas mulheres se esquecem de fazer exames e nem imaginam os riscos que podem correr.

Pílula: controle da natalidade e liberdade sexual

Como a pílula funciona

A cada vez que você ingere aquele pequeno comprido, está jogando no seu corpo uma combinação de hormônios que vão inibir a sua ovulação: o estrogênio e a progesterona – lembrando que cada pílula tem uma composição diferente, há até opções sem estrogênio.

O estrogênio é responsável pelas chamadas “características femininas”, tais como seios e outras curvas, além de preparar o útero para a reprodução.

A progesterona também tem um papel fundamental na gravidez: ela prepara a base na qual o óvulo fecundado vai passar com segurança, fazendo com que ele seja implantado no útero.

Qual é o seu tipo de pílula?

Mas vamos ao que interessa: como eles evitam a gravidez? Através da ingestão, esses comprimidos feitos sinteticamente (em laboratório) alteram as taxas hormonais no organismo e mandam o seguinte recado para o cérebro: “Olha só, já temos estrógeno e progesterona de montão aqui, então não precisa mandar a hipófise liberar o FSH e o LH”.

Caso você não se lembre das aulas de biologia, sem esses dois hormônios, o FSH (hormônio folículo-estimulante) e o LH (hormônio luteinizante), o desenvolvimento dos folículos ovarianos é interrompido, e a ovulação não ocorre! Ou seja, nada de bebês.

Quais são os problemas que a pílula pode causar?

1. Glaucoma

Pesquisas mostraram que usar a pílula por mais de 3 anos dobra o risco de desenvolver glaucoma, que danifica o nervo ótico e é uma das principais causas de cegueira irreversível. O estudo foi feito por cientistas da University of California (EUA), da Duke University School of Medicine (EUA) e da Third Affiliated Hospital of Nanchang University (China).

Através da análise de dados de mais de 3 mil mulheres, os pesquisadores notaram que os baixos níveis de estrogênio em uma idade avançada podem causar glaucoma em mulheres. Assim, com o uso prolongado da pílula e a consequente redução de estrogênio no organismo, as chances de ter a doença aumentam.

Glaucoma danifica o nervo ótico e é uma das principais causas de cegueira irreversível

 2. Trombose

Esse problema ocorre quando há a formação de um coágulo sanguíneo que bloqueia o fluxo de sangue em uma ou mais veias. O coágulo pode ficar parado em um lugar, causando inchaço e dor, ou se movimentar e causar uma embolia.

A trombose cerebral, que é um tipo de acidente vascular cerebral (AVC), pode levar à morte ou causar diversas sequelas graves, como paralisia, cegueira e dificuldades na fala.

Como a pílula favorece a formação de coágulos, mulheres que sofrem com o problema ou têm casos na família devem evitar o uso do medicamento.

Coágulo sanguíneo bloqueia o fluxo de sangue

3. Câncer

Alguns cânceres têm receptores hormonais, ou seja, podem ser desenvolvidos de acordo com os níveis hormonais. Assim, o uso da pílula pode agravar esse quadro.

4. Doenças cardiovasculares

Se você faz uso de pílula anticoncepcional e é fumante, é preciso estar atenta: as substâncias do cigarro favorecem o acúmulo de placas de gordura nas artérias, e a pílula pode causar a coagulação do sangue. Essa perigosa combinação pode ser a responsável por trombose, AVC ou infarto.

AVC pode provocar sintomas como dificuldade de andar ou falar, além de paralisia

5. Hipertensão

Hipertensão e pílula podem não ser uma boa combinação: se você sofre com essa doença, é preciso procurar auxílio médico e fazer exames antes de usar o medicamento. Os riscos são similares aos do tópico anterior: AVC, trombose e outros problemas relacionados aos vasos sanguíneos.

6. Doenças hepáticas

Quem sofre com doenças no fígado, como hepatite e cirrose, precisa deixar a pílula de lado, já que o medicamento será processado no órgão, podendo causar sobrecarga.

As lesões causadas pela cirrose são irreversíveis

7. Varizes

Se as varizes são causadas pela má circulação sanguínea, não é de se estranhar que associar o problema com a pílula não é uma boa opção.

Devo evitar a pílula?

De maneira geral, mulheres fumantes, que possuam casos de trombose na família, sofram de diabetes, enxaqueca ou sejam obesas devem ter cuidado na administração desse tipo de remédio. A melhor alternativa é sempre consultar um médico e fazer os exames necessários.

*Publicado em 16/08/2016

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