Ciência
27/03/2024 às 14:00•2 min de leituraAtualizado em 27/03/2024 às 14:00
O tempo dedicado por crianças e adolescentes a atividades recreativas e esportivas é crucial para seu desenvolvimento, mas também apresenta riscos, sendo responsável por metade das lesões oculares nessa faixa etária. Nesse contexto, a Dra. Claudia Faria, oftalmologista do Hospital Albert Einstein, elaborou um guia para orientar os pais e responsáveis a lidar com os três principais tipos de lesões nos olhos infantis.
Quando um objeto pontiagudo, como um lápis ou anzol, penetra no olho de uma criança, a ação imediata é crucial. Dra. Claudia enfatiza a importância de não tentar remover o objeto por conta própria. Em vez disso, é recomendável levar a criança ao pronto-socorro o mais rápido possível, evitando danos adicionais e garantindo uma intervenção adequada.
Além disso, a oftalmologista destaca que a rapidez no atendimento é fundamental para minimizar os riscos de complicações. A espera pode agravar a situação, tornando imperativo buscar assistência médica especializada diante de lesões causadas por objetos pontiagudos nos olhos.
Lesões contusas, como pancadas ou socos, e cortantes, como cortes na pálpebra, demandam uma avaliação criteriosa por parte de um oftalmologista. A natureza séria dessas lesões pode não ser imediatamente evidente, reforçando a importância de uma análise especializada. A médica explica que, em casos de traumas oculares, a busca por atendimento oftalmológico é crucial para identificar e tratar danos que podem não ser aparentes inicialmente.
A especialista também enfatiza a necessidade de examinar não apenas a superfície do olho, mas também as estruturas adjacentes, garantindo um diagnóstico abrangente e adequado diante de lesões oculares decorrentes de pancadas ou cortes.
Em situações em que os olhos de uma criança entram em contato com produtos químicos, como água sanitária, desinfetante e álcool, a ação imediata é crucial. A especialista orienta a enxaguar abundantemente a superfície do olho com água corrente por pelo menos 10 minutos. Essa medida ajuda a minimizar os efeitos nocivos dos produtos químicos e proporciona um alívio imediato à criança.
A oftalmologista ressalta que a lavagem deve ser mantida até a chegada do atendimento médico, assegurando uma descontaminação adequada e evitando potenciais complicações decorrentes do contato com substâncias químicas.
Diante da frequência de lesões oculares em crianças durante atividades recreativas e esportivas, é vital que os responsáveis estejam familiarizados com as medidas apropriadas a serem adotadas. As orientações fornecidas para lidar com situações envolvendo objetos pontiagudos, pancadas e produtos químicos visam preservar a saúde visual e o bem-estar dos pequenos.
Ao seguir essas recomendações, os cuidadores podem agir prontamente e de maneira eficaz, minimizando os riscos e garantindo uma recuperação adequada em casos de lesões oculares.