
Estilo de vida
14/05/2024 às 16:00•2 min de leituraAtualizado em 14/05/2024 às 16:00
Dizem que há mistérios que a ciência é incapaz de explicar, e quando refletimos sobre os muitos casos relatados de aparente recuperação súbita de pacientes pouco antes da morte, temos um exemplo que chama muito a atenção.
Isso porque, dentre as pessoas que apresentam demência, há episódios relatados em hospitais que são comparados a esse fenômeno súbito: pouco antes de morrer, apesar de todas as restrições que a condição neurológica impõe na memória e no raciocínio, o paciente volta a se lembrar de muitos fatos e pessoas que conheceu em diferentes momentos da vida.
Nos diálogos travados, a lucidez do enfermo se apresenta vívida, com conversas sobre fatos ocorridos muitos anos atrás. O que intriga é que mesmo nos cenários em que a comunicação também é prejudicada pelo agravamento da demência, a limitação parece desaparecer completamente. Casos como estes são relatados há mais de 200 anos.
Naturalmente, essa mudança acaba sendo encarada como um sinal de regresso da doença mental. No entanto, muitos casos são precedidos pela morte súbita do paciente, contrariando as expectativas dos familiares da pessoa hospitalizada, e até mesmo dos médicos, caracterizando a chamada lucidez terminal.
Inclusive, pacientes com doença de Alzheimer, esquizofrenia e tumores cerebrais também aparecem relatados em artigos que abordam esse tipo de episódio. Isso alimenta muitas dúvidas sobre a natureza dos processos neurológicos que ocorrem nesse último estágio da vida, que pode se estender ao longo de horas ou dias.
Um artigo de pesquisa, publicado na Alzheimer's & Dementia, destaca outro ponto importante: há ocorrência de episódios lúcidos que não sinalizam a morte iminente. Mas, em geral, esse retorno da memória e da lucidez é tido como um fenômeno temporário e que não reverte a condição apresentada pelo paciente.
Fato é que ainda não se sabe exatamente o que está por trás da ocorrência da lucidez terminal, já que, se por um lado há situações que parecem trazer algumas memórias à tona, como a fala de um parente querido, há casos que se manifestam sem a presença de qualquer incentivo para tal.
Ao menos por ora, o entendimento é que esses episódios de lucidez podem não apenas se apresentar de formas variadas, mas também serem resultantes de reações químicas pouco conhecidas do nosso organismo. Importante destacar que o retorno da memória diz respeito a um evento bastante impactante, tanto para o paciente, quanto para as pessoas próximas a ele.
E isso constantemente leva pesquisadores a observarem como o fator ético exerce bastante peso na condução de investigações mais abrangentes, limitando a realização delas. De certa forma, é o que justifica a existência desse campo de estudo tão complexo, capaz de levantar tantos questionamentos pertinentes, e que, ao mesmo tempo, é tão pouco explorado.
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