Ciência
12/06/2018 às 10:53•2 min de leitura
Sabe quando ocorrem as superluas, eclipses e outros eventos astronômicos em que o nosso satélite fica em evidência e circulam imagens em que ele parece absurdamente gigante? Muita gente atribui o resultado a uma bela dose de “Photoshop” — e, muitas vezes, esse realmente é o caso! Mas, conforme você vai ver a seguir, nem sempre o deslumbrante efeito é obtido por meio de editores!
O vídeo que você vai ver a seguir foi capturado por um astrônomo chamado Daniel López no final de maio deste ano e mostra a Lua com um tamanho colossal — em uma vista esplêndida que todo mundo gostaria de ter um dia. A sequência mostra o satélite “passando” pertinho do Monte Teide, um vulcão que existe nas Ilhas canárias, na Espanha, e inclusive é possível ver uma porção de pessoinhas minúsculas na cena. Assista:
Apesar de o belíssimo vídeo acima parecer mostrar algo criado por computador, o tamanho descomunal da Lua é resultado da forma como a imagem foi capturada. Aliás, de acordo com o pessoal do site Science Alert, as pessoas que podem ser vistas na sequência sequer estavam olhando para o satélite, mas sim assistindo ao nascer do sol da cratera do vulcão, e Daniel, o astrônomo, se encontrava a 16 quilômetros de distância dessa galera.
Olhe isso! (Daniel López/APOD Videos )
Ademais, para o povo observando o alvorecer, a Lua não pareceria nada de especial, muito menos maior do que o habitual. Além disso, apesar de existir um fenômeno óptico envolvendo o nosso satélite conhecido como “Efeito de Ebbinghaus” — que explica a razão de termos a impressão de a Lua ser maior ou menor em determinados momentos —, não foi isso o que causou o que vemos no vídeo.
A "lentinha" usada por Daniel (Science Alert/APOD/Daniel López)
Na verdade, segundo a NASA — que compartilhou o vídeo também! —, o aumento do tamanho da Lua se deve ao equipamento que Daniel empregou para capturar as imagens: uma lente telescópica. Outra curiosidade interessante de se mencionar é que a rapidez com a qual vemos o satélite se movendo não é a velocidade dele, mas sim a da rotação da Terra. Mais um detalhe: o clipe não é um time-lapse, isto é, essa era a velocidade real com a qual a Lua estava “desaparecendo” atrás do vulcão conforme o vídeo foi gravado. Espetacular, né?
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