Ciência
06/07/2021 às 06:30•2 min de leitura
Arqueólogos encontraram sete tumbas vikings na cidade de Sigtuna, na Suécia, contendo esqueletos bem preservados que têm aproximadamente 1 mil anos de idade. A descoberta, acontecida em abril, só foi revelada agora, após a conclusão parcial dos estudos do material.
Descobertos durante as escavações para a construção de um imóvel residencial, os restos mortais que estavam nos túmulos pertenciam a oito pessoas (quatro adultos e quatro crianças). Segundo o gerente de projeto da Uppdrag arkeologi Johan Runer, que liderou a pesquisa, os esqueletos provavelmente eram de vikings convertidos ao cristianismo.
Em oposição às crenças tradicionais vikings desta região do país naquela época, que pregavam a cremação dos mortos, os esqueletos recém-achados estavam enterrados de costas. Alguns dos caixões também apresentavam sinais de queima, sugerindo a realização de rituais de fogo em pelo menos quatro dos funerais.
(Fonte: Live Science/Reprodução)
Outro detalhe que chamou a atenção foi a presença de montes de pedras em cima de quatro tumbas. De acordo com Runer, essas características eram comuns nos enterros do período cristão viking, mas ainda não haviam sido observadas em Sigtuna, cidade fundada no século X por Eric, o Vitorioso.
As curiosidades relacionadas às tumbas vikings encontradas na Suécia não param por aí, pois um dos caixões continha dois pequenos esqueletos, aparentemente de bebês da mesma idade. Para os arqueólogos, a sepultura representa o “trágico resultado de um aborto tardio de gêmeos”.
Eles encontraram ainda, nas escavações, alguns artefatos com os quais os antigos vikings cristãos foram enterrados. Um dos indivíduos tinha moedas de prata na boca e trazia um cinto de couro carregado com acessórios de ferro e liga de cobre dourado, enquanto outro esqueleto estava acompanhado de um pente de osso.
(Fonte: Live Science/Reprodução)
Runer afirmou ao Live Science que enterrar pessoas com uma moeda na boca era uma prática comum nos “sepultamentos cristãos do período viking na Suécia”. Dessa forma, este é outro indicativo de que os restos mortais pertenciam a um grupo convertido ao cristianismo — as tradições pagãs imperavam nos países nórdicos, mas aos poucos a região foi dominada pela fé cristã.
Os esqueletos encontrados continuam sendo estudados e em breve serão analisados por especialistas em osteologia, que poderão fornecer maiores informações sobre os restos mortais.