Ciência
28/10/2022 às 04:00•3 min de leitura
Alguns mitos e lendas, por mais absurdos que possam soar, persistem há décadas, alguns há séculos, não importando muito que diferentes cientistas e pesquisadores tenham explicado minuciosamente que eles não existem. Quer exemplos? Todos os integrantes desta lista são fruto da imaginação (e da história oral) de suas sociedades.
Eles não possuem nenhuma comprovação científica e, mesmo antigos, persistem no imaginário coletivo – alguns volta e meia retornam às páginas de jornais e revistas. Fato curioso é que sempre precisam ser desmistificados. Confira alguns dos monstros e lendas mais antigos que a humanidade conhece.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Poucas lendas são tão queridas em todo o mundo como o monstro do Lago Ness – que até ganhou o carinhoso apelido de Nessie. Ele seria uma criatura misteriosa que, segundo a lenda, habitaria o lago escocês de Ness. Ao longo dos mais de 1500 anos de avistamentos, o monstro já foi descrito como um plesiossauro, réptil marinho pré-histórico, como uma enguia e até um peixe-gato gigante.
O auge da lenda está na década de 1930, quando uma série de relatos sugeria que o monstro havia sido avistado no Lago Ness, sendo grande responsável por sua fama mundial. E pensar que tudo isso começou no século VI, quando São Columba viu algo na água que o assustou.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Do fundo do mar surge a lenda do kraken, um gigante monstro marinho semelhante a uma lula, que aterrorizaria os marinheiros desde o distante século XII. A primeira citação ao ser lendário foi feita pelo rei norueguês Sverre, em 1180. Por séculos, permaneceu como uma espécie de alerta a quem se aventurasse nos mares.
Apesar de antigo, não há mais relatos a seu respeito desde o século XIX, quando o navio Ville de Paris naufragou e os barcos que partiram em seu socorro acabaram desaparecendo. Seja como for, o kraken entrou para a cultura popular, sendo tema de filme, jogos e até nome de bebida alcoólica.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Ainda que tenha quem confunda o yeti com o pé-grande, é importante deixar claro que se tratam de dois seres diferentes. O yeti, também conhecido como abominável homem das neves, seria uma criatura milenar que habitaria o Himalaia, entre o Nepal e o Tibete, na China. Seria grande, peludo, uma mistura entre humano, macaco e urso.
O primeiro registro de seu aparecimento é de 1832, feito pelo explorador britânico BH Hodgson. Supostas evidências de sua existência surgiram ao longo do século XX, o que ajudou a perpetuar o mito de que fosse real. Porém, nunca ninguém capturou ou matou um yeti.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O pé-grande, segundo as lendas que persistem até os dias atuais, habitaria as florestas ao noroeste do Pacífico, na América do Norte. O consenso sobre sua aparência versa que é uma criatura grande, peluda e semelhante a um macaco.
Os primeiros relatos a seu respeito datam do século XIX, mas cresceram exponencialmente a partir da década de 1950. Curiosamente, apesar de inúmeras histórias sobre avistamentos, um pé-grande nunca chegou perto de ser capturado ou morto, evidenciando seu caráter lendário.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Quem tem mais de 30 anos deve se lembrar que o chupa-cabra foi personagem de muitos episódios do Programa do Ratinho, no SBT. As vezes que o apresentador debatia o tema faziam o canal atingir picos de audiência. No entanto, a criatura nada mais é do que uma lenda – e nem surgiu em território nacional.
Há diferentes relatos que dão conta do chupa-cabra em diferentes países da América do Sul, mas também em Porto Rico e no México, até no sudoeste norte-americano. O primeiro documento de sua aparição é de 1995, em Porto Rico. Porém, no folclore das nações andinas, uma criatura semelhante existe desde antes dos europeus chegarem ao continente.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Mokele-mbembe é uma criatura que, dizem, teria habitado a região que compreende o território do Congo, na África. É descrito como um ser muito grande, cuja aparência se assemelha à de um elefante, porém com pescoço e cauda longos. É apontado como um criptideo, isto é, um ser cuja existência não possui termos científicos para comprovação.
Há sobre o mokele-mbembe um debate muito intenso na comunidade científica, pois pesquisadores acreditam que a tentativa de torná-lo real seja parte de esforços de criacionistas para questionar a teoria da evolução. Teria sido visto pela primeira vez em 1909, vivido cerca de 100 anos e morrido.