Os 5 traidores mais famosos da história da humanidade

18/12/2022 às 13:003 min de leitura

Poucas coisas são consideradas piores do que traição, e não estamos falando de chifre em relacionamentos (ainda que isso também seja ruim). Em muitas legislações, a traição cometida contra o Estado configura um dos mais altos crimes, com punições que podem, até mesmo, levar à pena de morte.

Quando olhamos para o passado, encontramos muitos casos de traidores, que agiram contra suas próprias nações. Com diferentes motivações, os nomes que integram essa lista certamente fazem parte dos mais famosos da história, e a depender de quem analisa, os mais sacanas. Conheça quem são e quais foram suas traições.

1. Lorde George Gordon

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Apesar do nome parecido, não confundir o autor George Gordon Byron, o Lord Byron, com o traidor George Gordon. De origem escocesa, o nobre Gordon foi membro da Câmara dos Comuns no Reino Unido. No fim do século XVIII, foi acusado de traição por incitar os motins de Londres de 1780.

O que George Gordon fez foi mentir aos colegas da Associação Protestante, da qual ele fazia parte, que lutaria pela revogação da Lei dos Papistas, de 1778, que havia restaurado direitos civis aos católicos que jurassem lealdade ao rei.

Acontece que uma multidão ficou insatisfeita com a lentidão do processo e, por seis dias, saqueou a capital britânica. Acusado de traição, até conseguiu convencer o júri a não condená-lo, mas foi relegado ao ostracismo.

2. Hong Yoon-Hee

(Fonte: New York Times/Reprodução)(Fonte: New York Times/Reprodução)

Hong Yoon-Hee é um caso famoso de um traidor que, na verdade, acabou sendo perdoado posteriormente, já que notaram que sua condenação era um erro. Durante a Guerra da Coreia, Hong, então sargento do exército sul-coreano, acabou afastado de suas tropas quando a ponte que ligava os territórios em conflito foi destruída. 

Para não morrer, fingiu ser parente de um político da Coreia do Norte, juntando-se ao exército adversário. Após receber ordens de matar compatriotas em uma ofensiva, ele desertou, atravessou o território até a Coreia do Sul e contou tudo que sabia. Naquela época, foi tortura, julgado e condenado à morte por traição.

Por sorte, seu advogado conseguiu converter sua condenação para prisão perpétua. Anos depois, um documento do exército norte-americano provou que tudo que Hong dizia era verdade, sendo sua condenação anulada.

3. Pervez Musharraf

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Último governante militar do Paquistão, Pervez Musharraf ficou 9 anos no poder após dar um golpe. Quando foi destituído do poder, um sentimento de justiçamento tomou conta de parcela da população e do poder judiciário.

Musharraf foi condenado por traição e sua sentença dizia que ele deveria ser arrastado pelas ruas da capital paquistanesa. A sorte do antigo presidente é que ele conseguiu fugir a tempo para os Emirados Árabes Unidos, onde reside até hoje enquanto tenta reverter sua condenação.

4. Aaron Burr

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Aaron Burr foi militar e político de relativo prestígio no início dos Estados Unidos enquanto país independente. No entanto, sua carreira chegou ao fim após uma acusação de traição. Em 1807, quando era vice-presidente, Burr foi acusado pelo general James Wilkinson de tentar obter ajuda do Reino Unido e da Espanha para criar um novo país que compreendesse os territórios do México e de parte do sudoeste dos Estados Unidos.

O evento, que ficou conhecido como Conspiração de Burr, levou o político à prisão, sendo salvo da morte porque o presidente do tribunal considerou faltarem provas para sua condenação. No entanto, sua vida política foi destroçada. Morreu em decorrência de problemas causados por um derrame.

5. Rudolf Augstein

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Além de político, o alemão Rudolf Augstein foi jornalista e editor de uma das mais prestigiosas publicações de seu país, a Der Spiegel. Em 1962, foi preso sob suspeita de traição, acusado de publicar um artigo com possíveis fraquezas militares alemãs. O acontecimento ficou conhecido como Caso Spiegel, e foi um verdadeiro escândalo.

Foram presos e acusados de traição Augstein, o jornalista autor da reportagem, Conrad Ahlers, e o coronel Alfred Martin, membro do Ministério da Defesa, supostamente a fonte da matéria. No entanto, uma decisão da alta corte do país fez com que nunca fossem julgados.

O Ministro da Defesa alemão, Franz Josef Strauss, foi acusado de abuso de poder, porém não foi condenado. A justificativa da corte é que ele foi "levado a pensar que estava agindo legalmente".

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