Ciência
18/08/2023 às 03:00•2 min de leitura
Alguns símbolos religiosos antigos podem até parecer misteriosos hoje. Mas, na época em que foram criados, eles serviram para condensar conceitos e ideologias espirituais de maneira muito eficiente. Olhar para eles vai muito além de contemplar uma imagem: estes ícones nos revelam todo um lado desconhecido da história da humanidade.
Confira o sentido por trás de 5 símbolos religiosos antigos surgidos de tradições culturais variadas.
(Fonte: GettyImages)
Muitas vezes associado à estética gótica, o ankh é uma imagem criada no antigo Egito para simbolizar a vida e a imortalidade. Ele mostra uma forma semelhante a uma cruz com um laço no topo. Esta chave seria usada para abrir as portas da vida após a morte, e foi representada nas mãos de divindades e faraós.
Uma vez que os egípcios sempre foram ligados à morte, era difícil que alguém não quisesse ornar o próprio túmulo ou de um parente querido com uma cruz ankh. O símbolo aparecia em rituais, oferendas e em várias partes dos templos para atrair a prosperidade, a saúde e, claro, a vida eterna.
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O pentagrama é um símbolo que mostra uma estrela de cinco pontas dentro de um círculo, e que tem um significado forte dentro da tradição wicca e em outras formas de religiosidade pagã. Ele foi criado há mais de 8 mil anos, e representa os quatro elementos (terra, ar, fogo e água) junto de um quinto (o espírito). O símbolo serve para garantir a proteção e a conexão com tudo o que existe dentro da natureza.
O círculo em volta do pentagrama também tem um valor simbólico: ele teria a função de garantir a segurança psíquica a quem deseja adentrar os reinos místicos, funcionando como um amuleto protetor.
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O olho de Hórus é outro símbolo egípcio que ficou bem popular. Ele se associa ao deus Hórus, que teria a capacidade de ver tudo. A imagem faria com que o mal fosse afastado e atrairia a prosperidade.
A lenda do olho de Hórus é que ele teria sido arrancado do deus (que tinha a forma de um falcão) durante uma batalha contra o deus Set. Contudo, o olho foi depois magicamente restaurado, tornando-se um símbolo de proteção e cura. Os amuletos em forma deste símbolo passaram então a ser usados para proteger contra doenças e ferimentos, e para estimular uma conexão entre o homem e as entidades divinas.
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O tríscele é um símbolo celta, e representa um desenho com três espirais entrelaçadas. Ele apontaria para os três reinos (mar, terra e céu), mas também para os três estágios da existência: o passado, a existência e o futuro.
A ideia da tríade, portanto, é importante nesse símbolo. As espirais, na verdade, representam três pernas humanas que estão flexionadas, dando a ideia de uma simetria rotacional. Assim, o movimento apontado pela imagem estaria associado ao crescimento contínuo, à transformação e à eternidade da alma.
O tríscele tem mais de 3.500 anos e aparece em vários objetos das culturas celtas. Trata-se de um símbolo bastante usado até hoje.
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Um torii é um portão japonês comumente encontrado na entrada de um santuário xintoísta. Ele simboliza a passagem do mundo físico para o espiritual, e convida os fiéis a realizarem sua entrada de maneira respeitosa.
Além disso, acredita-se que esses portões resguardem os templos das más influências, purificando-os. Eles continuam sendo venerados até hoje e podem aparecer em vários objetos da cultura nipônica.