
Estilo de vida
10/11/2024 às 18:00•2 min de leituraAtualizado em 10/11/2024 às 18:00
O Vodu é uma religião surgida na África, mas que é praticada principalmente na África Ocidental e no Haiti. Ele guarda algumas semelhanças com o Candomblé, que é muito popular no Brasil, mas tem algumas particularidades.
Difundido por meio dos cultos feitos por pessoas escravizadas que foram levadas para a América e para a Europa, o Vodu segue até hoje alvo de preconceitos de interpretações erradas. Colabora para isso ainda o retrato que já foi feito por muitos filmes e séries sobre esta religião afro.
O Vodu é uma religião que envolve a louvação a seres espirituais por meio de celebrações com danças e sacrifícios de animais. Principalmente por conta disso, ele foi retratado em filmes (um exemplo clássico é A Maldição dos Mortos-Vivos, de 1988) como uma espécie de “magia negra”, relacionado exclusivamente a rituais malignos.
Só que esse retrato é equivocado, já que o foco dessa religião é estabelecer uma conexão profunda com o mundo espiritual. Isso é feito, sobretudo, pela invocação de espíritos chamados de Loá (ou Lwa, no original), que são muitos semelhantes aos santos cristãos. E embora o Vodu tenha sido muitas vezes com a figura do Diabo, a verdade é que essa figura mítica não aparece na cosmologia desta religião.
Há percepções de alguns teólogos que afirmam que o Vodu do Haiti pode ter sido parcialmente inspirado no Cristianismo e na sua combinação com algumas religiões da África Ocidental. Por conta dessa associação com povos escravizados entre os séculos 16 e 19, a religião teria chegado também nessa época aos Estados Unidos, onde angariou muitos adeptos. Chegando lá, foi especialmente na Louisiana que o Vodu se instalou e se difundiu.
Portanto, a versão mais conhecida do Vodu é a que foi cultivada e difundida pelos imigrantes haitianos. Historiadores apontam que isso começou a ocorrer no século 16, justamente pelos povos escravizados que chegaram ao continente americano, e que também foram catequizados por missionários católicos. Outra parte desse grupo foi colonizada por europeus, e também sofreu doutrinação.
Mesmo assim, suas raízes permaneceram vivas. O termo Vodu, aliás, surgiu no reino africano do Daomé (atual Benin), e pode ser traduzido como "espírito" ou "divindade". O que as pessoas escravizadas no Ocidente fizeram foi misturar o seu conhecimento religioso africano com aquele recebido por influência colonial.
Para o Vodu, todos os seres humanos são espíritos que habitam o mundo visível, embora haja muitas almas que estão além desse plano. Entre eles, estão Lwa (espíritos), mysté (mistérios), anvizib (os invisíveis) e zanj (anjos), e todos coexistem ao lado dos espíritos que já morreram.
Com o tempo, o Vodu foi se tornando uma cultura muito importante para a população migrante da África, conectando-se com o seu desejo pela liberdade e os ajudando a superar as dificuldades. E isso permanece até hoje, entre os seus descendentes — mesmo que muitos deles precisem manter a sua crença em segredo.
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