Arqueólogos encontram reservatório fenício para 5 mil litros de vinho

16/09/2020 às 13:002 min de leitura

Nas aulas de História, no colégio, certamente você estudou sobre a importância dos fenícios para a humanidade. Eles estabeleceram rotas de comércios marítimos e permitiram, com isso, inúmeras trocas culturais. Os fenícios habitavam uma localização privilegiada, no Mar Mediterrâneo, em um território que hoje pertence ao Líbano – e foi lá que arqueólogos encontraram mais evidências de que esse povo foi o responsável pela popularização do vinho no mundo.

Um enorme lagar, o local onde as uvas eram pisoteadas, foi encontrado no Sítio Arqueológico de Tell el-Burak, localizado cerca de 8 km ao sul da cidade de Sidon. Ele teria sido construído pelos fenícios há 2,6 mil anos, utilizando uma mistura de gesso e fragmentos triturados de cerâmica. As plantações de uva provavelmente ficavam nos arredores do assentamento.

O lagar em questão possuía duas repartições: uma na qual as uvas eram pisoteadas e outra na qual o suco era armazenado. Esse reservatório tinha capacidade para nada menos do 4,5 mil litros de bebida. Ela posteriormente era levada a panelas, junto com caules e cascas, para começar o processo de fermentação que dá origem ao vinho. 

Detalhes do lagar encontrado no Sítio Arquológico Tell el-Burak, no LíbanoDetalhes do lagar encontrado no Sítio Arquológico Tell el-Burak, no Líbano

“Partimos do princípio de que ali se produziu vinho em grande escala durante vários séculos”, explicaram os pesquisadores da Universidade de Cambridge, que publicaram o estudo no começo desta semana. Eles também lembram que a bebida alcoólica também era importante em alguns rituais religiosos dos fenícios.

Além do lagar, foram encontradas estruturas de 4 casas de tijolos de barro, que provavelmente seriam dos vinicultores. Pelo tamanho da estrutura e pela baixa quantidade de moradias, os arqueólogos deduzem que o vinho produzido ali não era apenas para consumo próprio, mas também para comercialização. As vendas também cruzavam os mares, levando a tradição e o gosto pelos vinhos a diversas regiões do planeta, como o Norte da África e a Europa.

Uma descoberta anterior sustenta essa hipótese: no mesmo sítio arqueológico, foram encontradas várias ânforas, que costumeiramente eram utilizadas para armazenar e para transportar o vinho. “A cidade de Sidon fazia parte das rotas comerciais marítimas do Mediterrâneo oriental. Os fenícios desempenharam um papel importante na difusão do vinho”, finalizaram os pesquisadores.

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