Urso pré-histórico é descoberto com órgãos, pelo e focinho intactos

18/09/2020 às 03:002 min de leitura

Caçadores de renas da Sibéria descobriram um exemplar muito bem preservado de um animal extinto na era do gelo: um urso-das-cavernas (Ursus spelaeus). Os restos mortais do animal, encontrado nas ilhas Lyakhvsky, no extremo norte da Rússia, ainda tinham tecidos moles intactos, o pelo e até mesmo o seu focinho preto.

Analisado por cientistas da Universidade Federal NEFU em Yakutsk, o espécime teve sua idade situada entre 22 mil e 39,5 mil anos. Além disso, segundo a paleontóloga Lena Grigorieva, trata-se de uma descoberta única, “totalmente preservado, com todos os órgãos internos no lugar”.

O urso-das-cavernas

Fonte: NEFU/ReproduçãoFonte: NEFU/Reprodução

O urso-das-cavernas foi uma espécie pré-histórica que habitou a Eurásia durante o Pleistoceno Médio, entre 10 mil a 82 mil anos atrás. Baseados em descobertas anteriores, os historiadores estimam que a espécie deve ter sido extinta há cerca de 15 mil anos.

Diferente dos ursos modernos, que são onívoros, os ursos-das-cavernas provavelmente não comiam carne, exceto talvez pela eliminação de animais da própria espécie mortos. Na maior parte do tempo, porém, esses plantígrados eram verdadeiras máquinas comedoras de vegetação.

A dieta parece ter sido muito boa para os ursos da época, porque eles eram enormes, chegando a 3,5 metros de altura quando empinados nas patas traseiras segundo o site Ars Technica. Embora o peso médio dos ursos-das-cavernas ficasse em torno dos 500 quilos, alguns espécimes chegavam a atingir 1,5 tonelada.

A extinção

Fonte: NEFU/ReproduçãoFonte: NEFU/Reprodução

Após viver na Eurásia há pelo menos 300 mil anos, os ursos-das-cavernas foram extintos de forma misteriosa entre 25 mil a 20 mil anos atrás, durante o chamado Último Máximo Glacial, período correspondente à maior extensão de mantos de gelo.  

À medida que o aquecimento global acelera o derretimento do permafrost na Sibéria, mais desses animais mumificados da era do gelo serão revelados. No entanto, enquanto alguns desses espécimes são descobertos, preservados e estudados, a maioria pode simplesmente não ser detectada e apodrecer rapidamente.

Numa entrevista concedida anteriormente ao site Live Science, o curador do Museu de Paleontologia da Universidade de Michigan, que não esteve envolvido na descoberta do urso-das-cavernas, declarou que "para cada um que eles recuperam, há 10, senão 20 perdidos".

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