As chuvas alienígenas são diferentes das chuvas terrestres?

13/04/2021 às 14:002 min de leitura

Um novo estudo publicado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, trouxe novidades sobre as chuvas em outros planetas, afirmando que o comportamento das precipitações extraterrestres não é muito diferente da forma como as gotículas de água caem do céu na Terra.

Compreender a dinâmica das chuvas em ambientes planetários distintos vem sendo um verdadeiro desafio para pesquisadores, que tentam entender de que maneira as nuvens em modelos atmosféricos alternativos à Terra participam dos sistemas de precipitações. Dada a complexidade, especialistas de Harvard optaram por estudar individualmente a gota em vez do fenômeno em si, e assim foram levados a conclusões interessantes sobre as atmosferas alienígenas.

Segundo Kaitlyn Loftus, principal autora do projeto, as gotas de chuva de outros planetas apresentam semelhanças com as da Terra, mesmo que sejam formadas por materiais diferentes. Dessa forma, lagos e rios de Titã — a enorme lua de Saturno —, que são formados pela queda de hidrocarbonetos líquidos; os glóbulos de ácido sulfúrico, que caem sobre Vênus; e o hélio líquido que compõe as chuvas de Júpiter não são eventos completamente estranhos se comparados aos terrestres.

(Fonte: M. Kornmesser - ESO / Reprodução)(Fonte: M. Kornmesser - ESO / Reprodução)

"Há uma gama bastante pequena de tamanhos estáveis que essas gotas de chuva de composições diferentes podem ter; todos eles estão fundamentalmente limitados a estar em torno do mesmo tamanho máximo", disse Loftus. Em sua abordagem, o "nascimento" da gotícula foi negligenciado para que fossem aplicados cálculos a fim de obter informações mais claras sobre "a forma da queda da gota de chuva, velocidade terminal e taxa de evaporação em uma atmosfera genérica".

Mesma gota, atmosfera diferente

Utilizando o conceito da primeira lei da termodinâmica, Loftus e o coautor Robin Wordsworth conseguiram modelar a queda da chuva em planetas e luas com as mais variadas composições, descobrindo uma variação praticamente insignificante no tamanho máximo. Em Titã, por exemplo, as gotículas são cerca de três vezes maiores do que as da Terra, enquanto em planetas rochosos apenas gotas com raios próximos a 0,1 mm conseguem alcançar o solo.

"Os insights que tivemos pensando em gotas de chuva e nuvens em diversos ambientes são fundamentais para entender a habitabilidade de exoplanetas", disse Wordsworth. "A longo prazo, eles também podem nos ajudar a obter uma compreensão mais profunda do clima da própria Terra."

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