7 fatos estranhos, mas verdadeiros, sobre as aranhas

12/12/2021 às 06:003 min de leitura

Consideradas endêmicas em vários países, as aranhas são criaturas peculiares repletas de características únicas, servindo como inspiração para diversos estudos científicos e observações de entusiastas.

Com mais de 45 mil espécies registradas, esses animais surpreendem a cada descoberta e se provam seres imprevisíveis, adaptando-se ao meio constantemente e exibindo novidades muitas vezes estranhas, mas revolucionárias, para a natureza.

Conheça abaixo alguns fatos desconhecidos sobre as aranhas que provam o quão fascinantes essas pequenas — e assustadoras — criaturas podem ser.

1. Propósito de vida: ser refeição para fêmeas

(Fonte: Earth / Reprodução)(Fonte: Earth / Reprodução)

Diferentemente das viúvas-negras, as aranhas-vermelhas — da mesma família das viúvas — não seguem rigorosamente o protocolo de se alimentarem de machos após a cópula. Apesar de o propósito dos indivíduos masculinos ser, essencialmente, o compartilhamento de material genético e, consequentemente, sacrifício, as parentes das viúvas "cospem" seus parceiros caso os ingiram, fazendo que eles continuem "entregando" suas cabeças até que sejam comidos.

2. Mecanismo de defesa das tarântulas

(Fonte: Smithsonian / Reprodução)(Fonte: Smithsonian / Reprodução)

As tarântulas têm um mecanismo de defesa conhecido como "pelos urticantes", que consiste no arremesso de pequenas quantidades de pelos em direção a seus inimigos. Para isso, elas esfregam as patas traseiras contra o abdome e lançam múltiplas — e finas — farpas que podem causar irritação nos olhos, na pele e nas vias respiratórias de qualquer criatura que ouse se aproximar o suficiente.

3. Os olhos das aranhas

(Fonte: National Geographic / Reprodução)(Fonte: National Geographic / Reprodução)

As aranhas costumam ter oito olhos, mas as da família Sicariidae, consideradas venenosas, têm apenas seis, enquanto as aranhas-saltadoras — capazes de enxergar luzes UVA e UVB — detêm 4, e espécies da família Caponiidae apresentam apenas um par. Não existem registros de espécimes com números ímpares de olhos.

4. Nem todas as aranhas fazem teias resistentes

(Fonte: Center of the West / Reprodução)(Fonte: Center of the West / Reprodução)

De acordo com estudo do Discover Wildlife, apenas 17 das 37 famílias de aranhas da Grã-Bretanha são capazes de construir teias resistentes com propriedades de se manterem em estruturas reforçadas e duradouras, assim conseguindo, simultaneamente, capturar presas. O restante das famílias constrói teias bem mais frágeis, com fios aderentes ineficazes e com uma resistência que pode ser afetada com ventos fracos. Assim, há a necessidade de reconstruir a seda diariamente.

5. A cegueira das caranguejeiras

As aranhas caranguejeiras têm cegueira parcial e se comunicam por meio de vibrações, simulando passos de dança com suas patas e gerando sons pela superfície. Os movimentos se assemelham à fala por gestos e indicam uma combinação de fatores, como padrões, força e sincronia, especialmente quando há tentativas de o macho provar sua compatibilidade com a fêmea. Confira abaixo um vídeo com um diálogo entre esses animais.

6. A dieta das aranhas

(Fonte: Shutterstock / Reprodução)(Fonte: Shutterstock / Reprodução)

Em um único dia, as aranhas podem capturar centenas de moscas pequenas, embrulhando-as em pequenos fios de seda e deixando os restos mortais presos às teias. Porém, da mesma forma que os aracnídeos têm preferência por inúmeros tipos de inseto, eles guardam aversão profunda aos animais com gosto desagradável, como é o caso das mariposas Burnett e Cinábrio, que são descartadas imediatamente pelos predadores.

7. Aranhas comem as próprias teias

(Fonte: Discover Wildlife / Reprodução)(Fonte: Discover Wildlife / Reprodução)

Em vez de simplesmente "mudarem de endereço", muitas aranhas acabam se alimentando das próprias teias para não desperdiçar os aminoácidos presentes no material. Além disso, outras espécies usam os fios para embrulhar a bolsa de ovos, especialmente se a seda for fabricada por indivíduos com maior potencial proteico, como no caso da endêmica Caerostris darwini, de Madagascar, conhecida por construir a teia mais resistente do mundo.

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