Saúde/bem-estar
15/11/2022 às 13:00•3 min de leitura
Cosmo: Uma Viagem Pessoal foi uma série de TV dos anos 1980 muito marcante, especialmente por conta de seu apresentador, o cientista e astrônomo norte-americano Carl Sagan. Nome inconteste e incontornável do estudo sobre o universo, publicou uma série de livros que contribuíram para a formação de uma geração de pessoas fascinada pelo cosmos.
Uma de suas citações mais conhecidas revela em grande parte sua linha de pensamento: "Se não existe vida fora da Terra, então, o Universo é um grande desperdício de espaço". Venha conhecer mais a respeito desse nome ímpar da astronomia.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Histórias como essa são mais comuns do que imaginamos, mas seguem espantando a nós, comuns mortais. Carl Sagan atuou por cinco anos como professor assistente em Harvard, uma das mais conceituadas universidades do mundo. Em 1967, surgiu a oportunidade de ter um cargo fixo como professor principal, mas não foi isso o que aconteceu.
À época, Sagan seguia produzindo como pesquisador, tendo um de seus mentores na Universidade de Chicago ridicularizado publicamente um de seus trabalhos, chamando-o de prolixo e sem sentido. Harvard, então, achou melhor não lhe oferecer o posto, fazendo com que Sagan fosse trabalhar em Cornell, onde permaneceu até sua morte.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em especial ao longo dos anos 1980, o governo norte-americano intensificou seu programa espacial, planejando o lançamento de muitas naves para orbitação espacial. Carl Sagan foi um feroz crítico da iniciativa.
Segundo defendia o astrônomo, enviar astronautas para o espaço com o único objetivo de ficar dando voltas em torno da Terra era, além de desperdício de tempo, um gasto enorme e sem fundamento.
Sagan defendia que os esforços fossem direcionados à exploração espacial, com a tentativa de ir a lugares mais distantes do espaço, quem sabe até encontrando vida inteligente em outros planetas.
(Fonte: Pexels)
É claro que ativistas como Greta Thunberg são importantíssimos para pensarmos um futuro viável ao planeta. Mas antes de virar modinha defender que o mundo enfrentava sérias mudanças climáticas, Carl Sagan fez isso em sua tese de pós-doutorado, em 1960.
Analisando a atmosfera de Vênus, o cientista criou um modelo teórico que mostrou como as temperaturas extremamente altas da superfície do planeta tinham relação com o efeito estufa de uma atmosfera cheia de dióxido de carbono e vapor de água. O homem foi um verdadeiro pioneiro.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Estivesse vivo, Carl Sagan participaria de uma Marcha da Maconha. Em 1969, utilizando o pseudônimo de "Sr. X", o cientista elaborou um ensaio, publicado na revista Time, em que defendia os benefícios pessoais do uso da planta.
Em seu relato, afirmava que a maconha havia potencializado seu apreço por arte e música, sinalizando que sua ilegalidade era ultrajante, tratando-se de uma droga que "ajuda a produzir serenidade, sensibilidade e companheirismo".
(Fonte: Wikimedia Commons)
Os nerds dos anos 1970 e 1980 tinham em Jornada nas Estrelas um lugar de conforto, onde podiam assistir em formato de entretenimento aquilo que muitos deles estudavam na vida real. Carl Sagan, porém, levava o programa muito a sério, e já naquela época defendia que Jornada nas Estrelas fosse mais inclusivo.
Em um artigo para o The New York Times, escreveu: "Em uma sociedade global de séculos no futuro, os oficiais são exageradamente muito anglo-americanos". Realmente, um defensor da igualdade à frente do seu tempo.
(Fonte: Pexels)
Contato, romance escrito por Carl Sagan, foi o projeto de algo muito maior. A ideia original do cientista eram que o material que produzia fosse o roteiro para a criação de um jogo para videogame.
Não seria um jogo de ação tipo Alien. Na realidade, a proposta era que os jogadores controlassem um alienígena que viria à Terra trazendo uma mensagem de paz, ajudando os humanos a evitar catástrofes. Talvez não fosse um sucesso comercial, mas, sem dúvida, foi bastante imaginativo.